Famosa não só pela narrativa ágil em flashback e flashforwards, How to Get Away With Murder também é mestre na arte de prender nossa atenção nos minutos finais de cada episódio. O que dizer então da trilha sonora? Olha, não está sendo um ano fácil pra quem sofre de ansiedade. Juro!
Se para muitos a Season Premiere empolgou somente nos minutos finais, o mesmo não se pode dizer sobre o episódio desta semana de HTGAWM. São tantas perguntas sem respostas que fica impossível não se viciar. Afinal, quem atirou em Annelise? Por quê? Por que Wes estava mais uma vez na cena do crime? O que faziam na mansão dos Hapstall? Como assim a série vai acabar já nessa temporada rs? MELDELS!!
She’s Dying já instigava antes mesmo de ir ao ar. A tensão criada pela última cena do episódio de estreia da temporada já se mostrava motivo bom o suficiente para que aguardássemos a próxima quinta. O interessante na verdade é que mais uma vez a série conseguiu ir além da situação cena x crime. Levantou questões já presentes nas outras produções de Shondaland, como a AIDS e a bissexualidade. Mostrou diálogos densos, cenas bem construídas e ainda mais mistérios.
Mas, assim como na série, é preciso voltar um pouco aos últimos acontecimentos para tentar conseguir responder algumas das perguntas feias acima. Então vem comigo no flashback!
O novo julgamento de Nate, agora defendido por Jean Grey Eve, está finalmente acontecendo e Annalise Keating foi convocada pela Defensora Pública, Emily Sinclair, para testemunhar no caso. O que ela não sabia na verdade era de que a intenção de Sinclair era desmascará-la, a acusando de ter manipulado as evidências do caso, e ser a verdadeira mentora do assassinato de San.
O que se viu a partir daí foi um show de interpretação.
O tom acusatório de Sinclair conseguindo atingir Annalise trouxe à tona um lado mais agressivo da advogada, abalando a certeza de que todos os cenários haviam sidos avaliados e de que seu plano era desprovido de falhas. Mas a interpretação vai muito além desta cena. Tanto que foi impossível manter um mesmo sentimento pela personagem ao longo de todo o episódio. Essa tal “humanização” da figura BadAss de Annalise já proporcionou excelentes momentos na temporada passada – beijo, Emmy – e conseguiu o mesmo feito agora. Garantindo mais uma vez a tranquilidade de que estamos assistindo a uma trama inteligente, e muito bem escrita.
E se a conclusão do caso deixava evidente que a questão entre Sinclair e Annalise havia se tornado pessoal, levando Sinclair ao posto de principal suspeita a tentar matar Annalise, os roteiristas nos surpreenderam novamente ao mostrar (nos últimos segundos, claro!) que Sinclair está morta! Nos levando automaticamente até Nate, que teve a vida destruída por Annalise e que sem dúvida teria acesso fácil à arma do crime. O problema está justamente aí. Até onde se pode deixar levar em se tratando de HTGAWM?
Outro ponto levantado pelo episódio e que também merece destaque é a relação dos irmãos Hapstall na trama. E o que dizer então do aparecimento do misterioso Levi a.k.a. Eggs91? A grande questão na verdade é que como eu disse, HTGAWM é isso, um emaranhado de muitas perguntas e poucas respostas. O mais prudente da nossa parte portanto, é desconfiar, sempre, e claro, estar atento a todo e qualquer detalhe.
Ah, não se esqueçam de vir dividir aqui com a gente sua opinião e teorias sobre o que esperar para os próximos episódios de How to Get Away With Murder. E pra quem ainda não conseguiu terminar a primeira temporada, ela está disponível no Netflix.