Não sei se por causa do horário – já é mais de uma da manhã – ou pelo fim das minhas férias, mas achei o episódio dessa semana de How To Get Away With Murder um pouco abaixo do esperado. Tenho quase certeza que o problema talvez tenha sido a quantidade de expectativa criada desde o último e por estarmos a apenas uma semana da grande revelação. O que vi na verdade foi um episódio mais lento, se comparado aos anteriores. Ok, de repente a ideia era justamente essa. Preparar-nos para o que está por vir, para a enxurrada de emoções que promete para o capítulo da winter finalle de HTGAWM.
As informações entregues até agora começam a necessitar de conclusão, e se você, assim como eu, pensou que iriam sofrer com o sequestro de Oliver, os roteiristas mostraram que a ideia é manter o foco sobre o grande plot desta primeira parte da temporada. Mais que isso, talvez seja o momento ideal para começarmos a trabalhar um pouco mais as relações criadas entre os personagens. E é claro que mais uma vez Annalise rouba a cena. Juro que a única coisa que fui capaz de pensar ao vê-la mandando mensagem para sua mãe – não, não foi o fato de ela ser gente como a gente se arrumando pra selfie rs – foi que as coisas realmente iam mal e Keating havia chegado ao limite. Afinal de contas, a presença da mãe na primeira temporada representou justamente o esgotamento emocional de Annalise.
Ao nos situar quanto às consequências da exposição de Bonnie, algo em mim fez com que a assistente fosse tirada da lista da minha lista de suspeitos. Já que o próprio discurso de Frank deixou claro que se existe algo em que Annalise realmente é boa, seria em conhecer e controlar aqueles que estão sob sua proteção – motivo pelo qual ela tem dado espaço à Bonnie. Reforçando que a morte de Sinclair tenha sido – mais uma vez – uma forma deturpada da assistente proteger AK. Um motivo para vermos Emily na mansão dos Hapstall? Ficou claro que após a última investida da promotora, ela também chegou ao seu limite emocional e a partir de agora vale tudo para derrubar Annalise – ir além dos meios legais já sabemos que ela é capaz. E o que dizer dos olhares de Miss Keating para Sinclair, ao ver que a promotora tinha mobilizado a polícia em busca de provas falsas? S-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l!
A reaproximação de Nate era evidente, por isso nunca o coloquei na minha lista de suspeitos. No caso do policial, Annalise sempre representou algo similar ao efeito de uma droga, alternando entre a euforia e a degradação. Tanto, que o primeiro sinal de perigo foi suficiente para que Lahey aceitasse ajudar Keating a provar a versão da história contada por Philip. Alterando provas, incriminando Jessup. O que coloca Nate no mesmo patamar de Frank e Bonnie. A diferença é que talvez ele seja o que tem maiores chances de conhecer o lado mais humano de Annalise. A construção do diálogo tenso e bem trabalhado ao vermos Nate bêbado na porta da advogada, deixa isso claro. Respondendo à minha suspeita de que o plano falado por Nate, possa sim ter sido tramado por Keating.
“Nate – I said get over here! You need to decide whether you want to forgive me.
I said I was sorry, and I meant it. But I’m not gonna spread my legs as some sort of payment.” – Annalise
I’m Philip apresenta finalmente o real responsável pela morte dos Hapstall e da tia/mãe racista. A presença do rapaz em poucos minutos foi suficiente para que pudéssemos sentir que ali estava o foco do problema. Introspectivo e ao mesmo tempo parecendo se divertir ao deixar, por um momento, todos em suas mãos. Philip – nascido de fato de uma relação incestuosa – aparece com a função de reaproximar Nate do grupo principal, e claro, mostrar que – meu palpite estava certo rs – Catherine está envolvida com os assassinatos. Esta informação explica alguns pontos como: o porquê de Michaela estar protegendo Caleb, tirando-o da mansão e o mantendo em outro lugar; a explicação para terem dado ênfase nas cenas em que Catherine pintava os quadros – confesso que no primeiro episódio fiquei tão abalado que achava que ela pintava com sangue #shame; trazer Asher finalmente para perto do modus operandis de Annalise, aumentando minha crença em que a presença de Asher na delegacia tem muito mais a ver com o caso do lago do que com os próprios crimes ocorridos na mansão; o motivo de vermos Frank aparentemente recriando uma nova cena do crime, colocando Catherine desacordada – o que não me surpreenderia caso eles resolvam mostrar que ela na verdade foi manipulada por Philip; e claro, colocar mais uma vez Wes como destaque na trama ao resolver a peça que faltava no quebra-cabeça.
A escolha de Laurel para substituir Bonnie temporariamente, reafirma o que já havia tido. Que de todos os K5 ela é uma das poucas capazes de um dia se tornar Annalise. O plot envolvendo Laurel e Frank, foram leves e garantiram bons momentos do episódio, seja nas discussões entre eles ou na ironia emanada por Connor. Mas como eu disse, senti falta de um episódio mais tenso, ágil, e que me causasse aquele quê de agonia que HTGAWM consegue deixar na maioria das vezes. O fato de que muitas coisas ainda não foram respondidas me preocupa um pouco. Por exemplo, ao que Bonnie se referia no começo do episódio ao dizer que todos estavam ali por causa de Connor. Teriam eles ido escondidos para a mansão? E qual seria o motivo? Por que toda a culpa seria de Annalise? A verdade é que mesmo tendo sido um episódio menos intenso que os anteriores, a minha espera pela próxima quinta se mantém inabalável.
Falta apenas uma semana para sabermos finalmente o que aconteceu na mansão do Hapstall e se o revólver encontrado por Michaela é realmente a arma do crime! E aís, quais são suas teorias?
