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How To Get Away With Murder – 2×12 It´s a Trap

Por: em 29 de fevereiro de 2016

How To Get Away With Murder – 2×12 It´s a Trap

Por: em

As cartas foram apresentadas e quem antes comandava o jogo, passa agora a sofrer com as consequências. O que fazer quando na verdade não existe saída aparente no plano desenvolvido pela mente de Annalise Keating? Esta é a pergunta que precisará ser respondida nos próximos episódios de How To Get Away With Murder, que depois de um retorno lento, retoma seu habitual ritmo e entrega um dos melhores episódios da temporada.

O já anunciado retorno de Phillip imprimiu um novo gás à trama. E se os primeiros episódios de 2016 davam a impressão de que a ideia seria a de seguir por um ritmo mais lento e voltado – mais uma vez – para explicar a natureza do relacionamento entre Annalise e Wes. O roteiro provou que em se tratando de How To Get Away With Murder, nada é o que parece ser.

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Como esperado, um dos destaques do episódio desta semana foi Laurel – que como já disse aqui foi uma das personagens que mais cresceu desde a estreia desta nova temporada. Permitindo, pela primeira vez, que a personagem apresentasse algumas de suas fraquezas, medos e falasse um pouco mais sobre sua conturbada relação familiar. A ponto de não querer acreditar na confissão de Frank, o verdadeiro responsável pela morte de Lila. E se esta informação já era motivo suficiente para que os ânimos ficassem eriçados, imagine quando o próprio roteiro deixa claro uma das grandes dúvidas da série: o verdadeiro mandante teria sido Sam ou Annalise? O fato é que as cenas envolvendo o passado de Annalise e Frank nos faz crer que ele sempre esteve muito mais inclinado a seguir as ordens da advogada, que as do falecido marido. E o problema talvez seja justamente este, seguir os caminhos ditados pelas únicas peças mostradas até aqui.

O uso da referência sobre a figura mitológica de Argos não poderia ter sido mais acertada. E se no início vimos uma Annalise debochando por sobre o perfil psicológico de Phillip, o mesmo não pôde ser dito após o envio da filmagem envolvendo o jantar entre Keating e Nate. Sério! Um sopro bem humorado em meio a tanta tensão; a nova ameaça, representada pelos e-mails de Phillip foi suficiente para afetar Connor, Asher e Michaela. A ponto de termos visto indícios de que Walsh pode vir a ser o mais propenso a pular para fora do barco capitaneado por AK. Mais que isso, o evento serviu para mostrar como parte dos envolvidos tende a reagir quando sob pressão. O que explicaria a reação de Connor. Porém, um dos grandes acertos aqui foi ter usado disto para mostrar como Annalise enxerga sua relação com os Keating 5. Deixando claro seu papel de mentora no momento de resolver este impasse. O problema, no entanto, é que Keating na verdade é tão refém quanto seus próprios alunos. E se antes a solução de incriminar Philip parecia a mais óbvia e plausível, agora se torna uma das prováveis consequências rumo à queda de Annalise Keating. A questão agora passa a ser como reagir a estes atos. Deixando claro que ainda podem existir muitos materiais que para expondo os velhos esqueletos guardados de Keating e sua equipe. O desafio passa a ser como responder quando na verdade, a velocidade das provas é muito maior que a capacidade de produzir a própria defesa.

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Praticamente alheios a tudo o que acontecia no escritório de Annalise, Wes e Laurel seguiram para Ohio em busca de respostas que ajudassem de certa forma a relacionar três pontos: a morte da mãe de Wes, a relação desta com Annalise e o papel delas no caso Mahoney. Confesso que a aproximação entre Wes e Laurel é algo que não me agrada nem um pouco, mas seria imprudente da minha parte dizer que ela nunca existiu. Tanto, que Laurel ter assumido a autoria do tiro em Annalise deixava claros sinais de que algo mais complexo aconteceria entre os dois. Só espero que não façam disso um objetivo, já que o carisma de Wes é tão animador que chega a dar sono. O fato é que não havia outra pessoa senão Laurel para entregar o grande plot twist do episódio: o de que Wes pode vir a ser o verdadeiro responsável ela morte de sua mãe. Claro que ainda é cedo para tirarmos qualquer conclusão, até porque, as memórias retratando o passado de Annalise mostraram o quanto os Mahoney – e sua índole questionável – estavam dispostos a fazer diante de qualquer possibilidade que pudesse interferir da absolvição do filho acusado de assassinato. E mesmo que possa ter passado despercebido diante de tantos acontecimentos, um dos diálogos mais incômodos evolvendo – especificamente – Annalise e os Mahoney, esteve relacionado ao momento em que Keating sofre abertamente preconceito por ser negra e mulher. Demonstrando mais uma vez a natureza dos Mahoney, além de contextualizar parte dos desafios caminhos percorridos por Keating ao longo de sua carreira até se tornar a bem sucedida advogada criminalista.

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E aí, o que achou do episódio? Acredita que eles conseguirão sair impune dessa? E se tomo mundo for parar na cadeia? SEM OR alguém me ajuda!. São tantas perguntas que fca difícil esperar pelo episódio de quinta. Imagina então pra mim que ainda se recuperava desse tweet fatal.

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Marcel Sampar

Paulista que puxa o erre pra falar, PHD em Análise do Drama pelas novelas mexicanas reprisadas no SBT e designer de homens palito. Com sérios problemas em se definir por aqui - sim, esta já é minha terceira tentativa em menos de um mês - mas que um dia chega lá!

Rio Preto/SP

Série Favorita: Sex and the City

Não assiste de jeito nenhum: Teen Wolf

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