Aqui estamos para comentar mais um episódio da nossa “quase novela mexicana” favorita. Essa semana, no entanto, terei que ser mais crítica. Para começar já estou ficando incomodada com a repetição constante de informações. Eu sei que a trama é confusa, mas basta um pouco de atenção para tudo ser compreendido. Essa repetição exagerada é chata e subestima a inteligência do espectador. Além disso, achei esse episódio arrastado e com um humor forçado. Sou meio insuportável quando se trata de comédia e nesse Chapter Three senti falta daquele humor descontraído e leve que envolve a série. A impressão que tive é que as cenas tentavam ser engraçadas – especialmente a da igreja – mas como não esbocei sequer um sorriso o roteiro não foi bem sucedido.
O enredo do episódio girou em torno de dois acontecimentos básicos: a decisão de Jane de perder sua virgindade e a investigação da morte do Zaz. Em segundo plano havia a questão da paternidade de Jane, que Xiomara ainda insiste em esconder, e o relacionamento entre Luísa e a madrasta.
Sobre a questão da virgindade tudo começou quando Jane se deu conta que apesar de ter feito tudo certinho acabou na mesma situação da mãe: solteira e grávida. Uma vez que o pior já havia acontecido, ou seja estava grávida, e tinha certeza que Michael era o cara certo percebeu que não havia motivos para esperar e resolveu ter sua primeira vez. O problema é que durante o episódio os sentimentos da moça começaram a mudar e ela já não sabe o que sente por Rafael e se Michael é realmente o cara certo. Isso e alguns outros acontecimentos impediram a consumação da tão sonhada primeira vez. Acho que era meio óbvio que a garota não iria perder a virgindade tão cedo, então não foi surpresa para ninguém os noivos terem voltado ao plano inicial de esperar até o casamento. A surpresa foi adiantarem a data do casório, principalmente agora que Jane não tem mais certeza se quer se casar.
Sobre o triângulo amoroso acho que é óbvio que a Jane e Rafael ficarão juntos. Apesar do clichê, não é algo que me desagrada, os dois realmente têm química e funcionam muito bem em cena. O Michael é um fofo, mas estou prevendo que acabará se unindo a Petra e se tornando um daqueles vilõezinhos cheios de recalque.
Isso nos remete a investigação que é conduzida pelo moço. Petra é uma das suspeitas e Michael está fazendo de tudo para ajuda-la, afinal se Jane cogitar a hipótese de que a mulher é uma criminosa jamais lhes entregará a criança. Tenho certeza que isso o colocará em problemas com a polícia e a noiva, basta esperar para ver.
De um modo geral, não estou satisfeita com esse episódio. Jane, The Virgin pode fazer melhor e espero que a série pare de enrolar e explicar tudo o que acontece duzentas vezes, afinal isso torna tudo entediante e chato. Na semana que vem espero voltar a ver a série divertida e envolvente que conhecemos, porque nessa semana a sensação que fica é a de que faltou algo.
Observações:
— Rogelio De La Vega se acha, sim ou claro?
— Se eu fosse uma médica e tivesse cometido um erro gigante, fosse odiada pelo meu irmão, estivesse sendo processada e correndo o risco de ter meu registro profissional cassado, a última coisa que eu faria seria pegar a mulher do meu pai. Mas não estou te julgando Luísa, só acho que estaria preocupada com outras coisas e evitando o ódio de outros familiares.
— Rafael mostrou que de bobo só tem a cara e começou a suspeitar que a esposa era amante do amigo morto.
— Tem coisa mais fofa que a abuelita tentando bancar a durona, mas se derretendo ao charme de seu ídolo?