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Legends of Tomorrow – 1×04 White Knights

Por: em 13 de fevereiro de 2016

Legends of Tomorrow – 1×04 White Knights

Por: em

Quando tudo parece comprometido, seguir em frente parece ser uma opção ousada, mas continua mais segura do que voltar atrás.

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Numa sequência de bons episódios, Legends of Tomorrow pousa sua nave espacial no anos 80, mais precisamente 1985/86, época em que o mundo estava prestes a encarar uma guerra civil entre duas potencias mundiais: EUA e a URSS. Mais uma vez, vemos Vandal Savage se relacionando com fatos da História Mundial, muitas vezes no papel de catalisador de grandes momentos, o que nos faz levantar o questionamento: será que mudar parte da trajetória da humanidade, não pode ser tão catastrófico quanto os feitos de Savage? Enquanto a resposta para isso não chega, tivemos a equipe trabalhando em frentes distintas (o que parece ser uma constante na série) e apostando em interações diferentes para manter a variabilidade do que vemos em tela.

A principal delas ficou por conta de Snart e Ray (mais uma vez), que foram buscar informações com a misteriosa Valentina Vostok. O bacana é que mesmo apostando em tramas substancialmente sérias, o roteiro não deixa de brincar com piadas envolvendo “frio” nas cenas de Snart ou Ray tendo que aceitar que seu charme não foi o suficiente para conquistar Valentina. Apesar da intenção inicial ser de obter informações sobre os planos futuros de Savage, a missão de Ray e Snart acabou tomando maiores proporções quando eles descobrem as intenções russas de fazer um Firestorm próprio, como uma espécie de soldado. E no resgate do tal núcleo atômico, a missão acaba indo por água abaixo, fazendo com que as forças russas ganhassem tudo que precisavam: os conhecimentos de Stein – cara que, basicamente, criou o Firestorm.

Interessante também ver que num momento crítico, Snart titubeou em deixar sua equipe para trás, o que mostra um senso de ética um tanto inesperado para alguém sem pudores como o personagem. Nesse tempo, também tivemos chance de ver mais um embate caloroso entre Stein e Jax, sobre toda a questão de quem está no comando. Vamos ser bem claros: Stein é arrogante. Apesar de apontar Jax como um jovem nariz em pé, geralmente a postura inadequada vem da cabeça do mais velho, que por acreditar no seu conhecimento, acha ser capaz de ditar todos os passos. O que eles precisam é encontrar um ponto de equilíbrio nessa relação, fato bem complicado com Stein (lembrem que também não foi muito fácil ele lidando com Ronnie).

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Enquanto tentavam impedir a criação de um homem explosivo, parte da equipe lidava com problemas mais “existenciais”. Sara trouxe mais uma vez sua sede de sangue a tona, enquanto Kendra se mostrou completamente descontrolada com o seu lado gavião. Sobre a primeira trama, acho que precisamos de um pouco de cuidado. Esse plot já foi bastante esgotado lá em Arrow (por sinal, foi ele que regeu os grandes acontecimentos dessa semana por lá) e não sei se é muito acertado apostar nisso mais uma vez, mesmo que seja abordado de outra maneira. Sara já encontrou com sua alma de novo e até compreensivo que o Poço ainda tenha efeitos sobre sua vontade de matar, mas não façamos disso um grande evento. Está tudo bem se ela só demonstrar um descontrole vez ou outra, mas chega de gritos fazendo ela parar, por favor.

Quanto a Kendra, temos uma situação mais delicada. Como a personagem mesmo faz questão de relembrar, há apenas dois meses ela era apenas uma garçonete, sem a menor noção de que tinha um deusa-gavião reprimida dentro de si. Quando estava desenvolvendo seus poderes, aquele que mais tinha competência em ensinar, perdeu a vida. Agora ela terá que caminhar em direção a isso sozinha (ou com ajudas pouco convencionais). Ao que me pareceu, os efeitos da Gavião só aparecem em momentos de extrema adrenalina, como a invasão do Pentágono (que sequência incrível) ou o treinamento com Sara. O que Kendra precisa agora é canalizar esse poder e não perder o controle, como aconteceu até agora. Sara é sim uma ótima opção para guiar, exatamente por ser forte e já ter passado pelo inferno na Terra, assim como Kendra pode ser o estopim para que a Canário consiga retomar sua humanidade, o mínimo que seja. Aposto bastante nessa interação e que o emponderamento dessas duas personagens femininas ganhe mais força a cada semana.

Já Rip Hunter teve algumas visitas inesperadas. Encontrando com um mestre importante na sua história (eu ia falar passado, mas não ia fazer sentido algum por conta das loucas viagens no tempo), ele teve a oportunidade de recuar e deixar toda a sua missão de lado. Apesar de ser uma opção sedutora, Rip teve seus olhos abertos pela sagacidade malandra de Mick, que logo o alertou que aquilo era só uma maneira de acabar com os problemas de uma vez por todas – matando-os, é claro. Acabou que o Onda Térmica estava certo e de boa intenção o inferno está cheio. Mesmo sem grandes prejuízos, descobrir que poderia ser enganado por um dos seus, pareceu abalar Rip de uma maneira discreta – mas não o suficiente para que comprometesse sua equipe na recuperação do núcleo atômico. Alguns podem até achar controversa a decisão dele de deixar alguns integrantes para trás, mas analisando friamente, era a única opção para um bem maior.

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Agora que Valentina tem Stein como refém, Ray e Mick como objetos de barganha, fica bem difícil de acreditar que não vá conseguir concluir seus planos – ainda mais quando consideramos o personagem de Mikhail Arkadin, aquele soldado que aparece prendendo o professor. Esse cara é conhecido nas HQ’s como Pozhar, a versão russa do Firestorm. Acho que tá bem claro o que vai acontecer, não é mesmo?

Outros pensamentos aleatórios:

– Viram aquela roupa azul e preta que Sara estava usando no treinamento? Essa era a vestimenta da Canário nos anos 90!

– Muito massa a aparelhagem que indica “anomalias temporais”.

– Gideon, que em The Flash tinha a voz de Morena Bacarin (sim, essa mulher faz tudo), trocou de voz aqui para Amy Pemberton, conhecida por seu papel em Game of Thrones.

– Me parece bastante adequado pensar que: se os personagens estão em uma espécie de prisão de segurança máxima russa, não tem ninguém melhor para um plano de fuga de que Michael Scofield… opa, Leonard Snart!

 


Aproveita e dá uma olhada no vídeo promocional do próximo episódio:

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Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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