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Legends of Tomorrow – 1×06 Star City 2046

Por: em 27 de fevereiro de 2016

Legends of Tomorrow – 1×06 Star City 2046

Por: em

O futuro falhou completamente com Star City.

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Depois de todo o buzz que foi criado em cima do sexto episódio de Legends of Tomorrow, a régua de todos os espectadores foi lá para cima, todos cheios de expectativas, inclusive eu. Visto “Star City 2046“, posso dizer que o sentimento que fica é um tanto agridoce. Esperava o drama da cidade em primeiro plano, mostrando os motivos da queda de Oliver Queen e, como consequência, todo aquele caos. Só que aqui o Arqueiro Verde e toda a sua história só serviram como pano de fundo para levantar questões internas da equipe de heróis que estamos acompanhando há 6 semanas – e claro que isso foi um tanto frustrante. Rip Hunter assume, mais uma vez, uma papel bem egoísta diante de todos, colocando a sua missão em primeiro lugar – quando na verdade, seria sua missão tão diferente da proposta por Sara para salvar seu único amigo no futuro?

Os impactos da estadia em Star City também surtiram efeito na parceria entre Mick e Snart. Desde a aparição dos dois em The Flash, sabemos que a dupla é extremamente funcional quando falamos dos roubos que encaram como profissão na vida. Também sabemos que Snart sempre fora o responsável pela estratégia, enquanto Mick entrava com a força. Só que o que fica claro agora é que, por mais que tente esconder, muitas vezes até de si mesmo, Snart não vê o caos como paraíso, enquanto seu parceiro sim. Como a conversa dos dois pontua, Mick quer ver o mundo em chamas, talvez por não acreditar em redenção. Ainda não sabemos como isso pode reverberar dentro da equipe em si – ao que me parece, a falta de confiança de Mick nas pessoas pode ser um grande catalisador para uma explosão interna difícil de controlar (para quem assistir o vídeo promocional no final desse texto, virá a certeza de que essa trama será explorada com mais destaque no próximo episódio).

Também tivemos um exacerbado destaque para os flertes que cercavam Kendra. Não sei qual foi a intenção do roteiro em propor um plot desses em meio a um episódio importante como o dessa semana – só que funcionou muito pouco. Talvez a pegada fosse criar um alívio cômico para a atmosfera pesada de destruição de Star City, porém acabou sendo forçado e bem sem graça – principalmente pelo pouco carisma de Jax quando comparado a Ray. E vejam bem, a trama é tão sem propósito que basta pensar 10 segundos para notar que ela não levaria aquilo para lugar nenhum, com nenhum deles. Kendra acabou de descobrir que tem o espírito de uma deusa egípcia dentro de si e perdeu o cara que deveria ser o amor de vidas e vidas. Se isso não fosse muito a processar, adicione a equação a caçada temporal a Vandal Savage, da qual ela tem um papel mais que fundamental: ser aquela que dará fim a tudo isso. Ou seja, vamos deixar essa babaquice de triângulo de lado, por favor.

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Agora que os pontos sobre o episódio em si já foram esclarecidos, vamos invadir um pouco a mitologia de Arrow (de longe, a melhor parte para mim). Quando conhecemos Connor Hawke no último episódio, era difícil saber sua origem. Nos quadrinhos, o personagem é filho de Oliver Queen e aquele que dá sequência ao legado do pai. Aqui, as coisas são um pouco diferentes. Depois de perder o pai, John Diggle Jr. assume sua nova identidade, já que não consegue carregar o nome do pai sabendo que não conseguiu salvá-lo. Bacana aliarem a história de Diggle aqui, colocando mais uma vez que a amizade entre ele e Oliver é um dos pontos mais importantes da série. E o aparecimento de um novo Arqueiro Verde levanta imediatamente a questão: onde está Oliver Queen? Sem um braço, derrotado e com muito mais anos nas costas, nosso Arqueiro preferido acabou sozinho depois do Levante do novo Exterminador.

Grant Wilson vem para seguir os passos de Slade – aqui não vimos a volta do Exterminador oficial já que o ator está comprometido com as gravações de The Shannara Chronicles, série da MTV. Um reinado que dura tempo suficiente para derurbar completamente a cidade, mas não o bastante para superar a força de uma equipe com propósito. A sequência final envolvendo a luta que culminaria na derrocada de Grant foi bem bacana, exatamente por nos proporcionar Oliver Queen lutando mais uma vez com seu uniforme (com direito a braço biônico e um arco awesome). E não sei se vocês notaram, mas o começo dessa batalha inclui o Arqueiro, a Canário e o filho de Diggle, num sentimento quase nostálgico que remete ao começo da equipe que Oliver formou em 2014. Vale lembrar que esse não é um futuro definido, então se veremos isso um dia acontecendo de fato, ficará para sempre a dúvida em nossas cabeças – obrigado Berlanti por nos proporcionar esses momentos, de longe os melhores dessa série até aqui (sim, sou fan boy do Arqueiro Verde mesmo).

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Algumas outras passagens interessantes:

  • Smoak dona da porra toda. Claro que Smoak fica melhor como nome da empresa. Claro.
  • Essa versão do Exterminador não foi uma invenção da série. Nos quadrinhos, o filho de Slade se associa a COLMEIA e tem um visual bem parecido com o que vimos em tela.
  • Assim, só queria dizer que até velho, Oliver Queen dá umas boas porradas.
  • Que esse futuro nunca se concretize. Amém.
  • A aparição de Stephen Amell na série fez os números de audiência darem uma subida. Boa Arqueiro!

 


Confira o vídeo promocional de “Marooned“:

E agora aproveita o espaço e conta o que achou do episódio dessa semana!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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