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Legends of Tomorrow – 1×07 Marooned

Por: em 6 de março de 2016

Legends of Tomorrow – 1×07 Marooned

Por: em

Quando a quebra de confiança acaba com um relacionamento.

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O ponto chave de “Marooned” foi trabalhar o relacionamento entre Snart e Rory, estremecido diante dos fatos do episódio passado. Descobrimos como a amizade nada convencional entre os dois começou no passado e acabou se transformando nessa relação de parceira bastante disfuncional. Se anos atrás Snart precisava da força de Mick para seguir em frente, isso hoje já não faz tanta falta, principalmente quando consegue se basear em relacionamentos mais sólidos e confiáveis. A verdade é que, diferente de Rory, Snart foi para o crime por falta de opção, tendo dentro de si a chama do heroísmo queimando, mesmo que fraca. Lá em The Flash, foram muitas as vezes em que ele poderia ter usado da sua posição como vantagem, mas ainda assim preferiu auxiliar o velocista escalarte. Olhando para o quadro geral, percebemos que era uma questão de tempo até o trágico final dessa “amizade” – se é que podemos chamar assim.

Muitos acharam surreal o que Snart fez, mas para mim pareceu bastante lógico. Ele representava um perigo real para a equipe tamanho seu descontrole; além disso, estava ali como um fardo pela escalação do Capitão Frio. Depois do trato fechado com os Piratas do Tempo, não tinha mais o que fazer (afinal, largar ele em qualquer período do tempo colocaria os membros das famílias dos integrantes da equipe em perigo). Assim temos o fim de Onda Térmica e mais uma baixa na equipe convocada por Rip Hunter – tudo isso na mesma semana em que descobrimos que os produtores pretendem manter uma rotatividade na escalação para possíveis próximas temporadas (a cotação de quem pode aparecer já conta com Vixen, John Constantine e Connor Hawke). Ainda sobre Snart, vale citar mais uma vez todo o seu envolvimento com Sara (que a gente tá shipando forte, sim!), em cenas mais do que fortes para o contexto do episódio – gostei muito deles compartilhando como seria o momento da morte e entendendo que precisariam se doar um ao outro para passar por aquilo.

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Outro relacionamento explorado foi o passado – que, na verdade, é no nosso futuro – de Rip Hunter. Finalmente compreendemos mais sobre os motivos de tamanha culpa que o personagem carrega nas costas: Rip conheceu sua esposa como Mestre do Tempo, só que esse tipo de trabalho exige que a pessoa não possua conexões afetivas ao longo do tempo, já que as mesmas acabam se tornando vulnerabilidades. Desistindo do seu sonho, Miranda preferiu deixar Rip seguir em frente, o que nos faz entender esse sadismo que ele tem em reviver o momento da morte da família. Ao assumir a carreira de Mestre do Tempo, ele deveria ter prevenido aquilo tudo, era função dele – só que nem mesmo os mestres da linha temporal parecem bons o suficiente para parar Vandal Savage. Achei bom que com este episódio tivemos mais um break na caçada pelo vilão, trama que torna a série bastante repetitiva em alguns momentos.

E se reclamamos do roteiro comédia romântica da semana passada, parece que a equipe de roteiristas anda bem satisfeita com a ideia de aproximar Kendra de Palmer. Apesar de ainda achar forçada, aqui as coisas correram um pouco mais soltas e diante do risco que o personagem de Ray se colocou, coube a dose de desespero da Mulher Gavião. O beijo é precipitado? Sim, mas temos que lidar com isso – a gente quer é beijo do Snart na Sara, Berlanti! Stein também teve a chance de mostrar um pouco do brilho da sua mente em momentos um tanto inesperados para um físico nuclear. Não fosse ele, tudo estaria bem perdido diante do sequestro da nave – plot esse bem desinteressante e um tanto previsível (alguém duvidou que a mocinha daria a atualização da Gideon no final das contas?).

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A verdade é dura, mas precisa ser falada: Legends of Tomorrow é uma série legal, mas só. O brilho dela versa nos personagens que já gostamos e queremos acompanhar, porque até aqui vem mostrando uma caçada sem fim a um vilão que ainda mostrou pouco a que veio. Talvez as viagens no tempo precisem ser melhor trabalhadas. Talvez seja uma questão de um embate com Savage ter um real significado. Realmente não sei, mas quero bastante que o negócio dê liga, porque eu sinto que o potencial está aqui. O jeito é esperar. Agora que a nave está arrumada, voltemos ao passado. Década de 50, aí vamos nós.

Algumas outras informações:

  • Muitas referências a Star Wars/Star Treek que eu jamais serei capaz de comentar.
  • Ray, sério mesmo que seu animal de estimação era uma cobra? Vamos ser mais normal né queridão!
  • Qual será o nome real de Rip Hunter?

 


Confira o vídeo promocional de Night of the Hawk:

E claro, não deixa de comentar comigo o que vem achando desse primeiro ano!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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