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Legends of Tomorrow – 1×09 Left Behind

Por: em 2 de abril de 2016

Legends of Tomorrow – 1×09 Left Behind

Por: em

Liga dos Assassinos, Ras Al Ghul e um pouco de nostalgia.

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Há muito eu venho tendo alguns problemas com as escolhas da produção de Legends of Tomorrow. Ora por rumos dos personagens, ora por tramas não muito atraentes, a série vem sofrendo um tanto para se estabelecer dentro da minha grade. Então foi com as expectativas bem baixas que encarei esse retorno e, aparentemente, funcionou. A visita a cenários como Nanda Parbat acabou por me entreter bastante, mesmo que o pano de fundo para isso não fosse dos mais interessantes. Os personagens também estiveram bem por quase todo o episódio e a grande virada, comentada por um leitor algum tempo atrás (desculpa, sou péssimo de memória), realmente aconteceu.

Enquanto Rip, Stein e Jax permaneciam perdidos na zona temporal, algo bastante assustador e com consequências imediatas não muito agradáveis, vimos o desenrolar da vida de Ray, Kendra e Sara no final dos anos 50. Juntos, eles passaram por algumas fases de aceitação, até que finalmente percebessem que era hora de seguir em frente e tentar viver da maneira que era possível. Aqui, o roteiro se aprofunda principalmente em Sara, que ao tentar andar para frente com sua vida, retrocede ao ponto de início. Sabemos há muito que a Lida dos Assassinos fora o lugar que a fez nascer, onde encontrou algumas partes de si que estavam perdidas – só que também vimos a Canário Branco mudando de lado e se convencendo de que poderia ser muito mais do que uma mercenária sem causa. O embate de Sara é um dos mais explorados, seja em Arrow ou aqui, e mereceu o seu destaque, até porque ela é uma das que mais chama atenção dentro da equipe.

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A aparição de Ras Al Ghul foi pequena, porém interessante – e nos lembrou o tempo em que ele era um vilão interessante na série do Arqueiro. Não entendi muito da sua atitude misericordiosa com Sara ao final do episódio, mas como a trama tem que andar, talvez a justificativa esteja no fato daquelas pessoas pertencerem ao futuro. Agora é importante falarmos que, de todas as maneiras possíveis, já vimos Sara lidando com seu “outro lado” – espero de verdade que esse tenha sido o ponto final numa trajetória de muitos vai-e-vem que ela teve desde que a conhecemos (porém, não acredito nisso). Enquanto Lance se entregava a escuridão, Ray e Kendra brincaram de casinha nos anos 50, o que acabou sendo muito mais importante para ele do que para ela. Ainda acho que são um casal bem insosso, mas até que funcionaram para esse momento. Todo o desenrolar com Ray querendo permanecer na linha temporal errada que se tornou um tanto cansativo, até porque é bastante incoerente para um cara que vivia da tecnologia – mas né, a gente sabe que a CW gosta de uma dose de romance em suas séries.

E para os que não gostam do casal, talvez vejamos muito mais dos dois ao longo dos próximos episódios, já que Kendra parece bastante decidida em permanecer nesse relacionamento que ela escolheu. Me incomoda a desconstrução de Ray que isso acaba causando. O cara que vinha numa ascendente bastante interessante com seu Eléktron, agora é dado como um paspalho com propósitos controversos. A grande surpresa do episódio foi a descoberta de que Chronos é Mick, famoso Onda Térmica. Trouxa como sempre, eu tinha acreditado na sua morte, então vê-lo debaixo daquele capacete foi uma surpresa e tanto – mas fez todo sentido quando a linha do tempo foi esclarecida (e também quando Snart foi o único sequestrado). É bacana a série se prestar a tentar uma redenção ao personagem, sua regeneração. Talvez não funcione, porque ele parece bem motivado a destruir todos ali, mas é uma tentativa válida e que serve como um lembrete a Sara, por exemplo, de que pode sim encontrar seu outro lado de uma vez por todas.

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Alguns outros comentários:

  • Acho que pela primeira vez vimos Talia, a filha mais velha de Ras Al Ghul, e foi massa demais. Para quem não sabe, ela aparece nos filmes do Batman como uma importante personagem.
  • Quão foda é Sara fazendo com que fosse encontrada no futuro? Achei demais.
  • Gostei bastante da luta entre Kendra e Sara, talvez uma das melhores que vimos na série até agora.
  • Quando o Snart cortou a mão, eu logo pensei: “Vish, mais um” – mas depois Rip deu um jeito de arrumar uma nova mão para ele (talvez Malcolm precise conhecer essa nave aí!).

 

Semana que vem embarcamos para o futuro novamente em “Progeny“, que você pode conferir o vídeo promocional abaixo:

Agora comenta aí o que achou do episódio dessa semana e até breve!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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