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Legends of Tomorrow – 1×10 Progeny

Por: em 9 de abril de 2016

Legends of Tomorrow – 1×10 Progeny

Por: em

Esse lance de viagem no tempo é algo que gera muita dúvida nas nossas cabeças, né não?

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Toda vez que a equipe de Legends of Tomorrow intervem de alguma maneira na linha temporal e não consegue atingir os resultados esperados (porque isso é a coisas que Gideon mais fala, coitada), a sensação que fica é que, além de não conseguirem o que queriam, eles acabaram por influenciar aquelas pessoas a trilhar exatamente o caminho que lhes era esperado. “Progeny” é um claro exemplo disso. Ao chegarmos a 2147 vemos uma Terra que, apesar de futurista, utiliza métodos bastante retrógrados de controle civil, muito próximo de ditaduras extremistas que vimos ao redor do mundo com o passar do tempo. Lá, o problema está concentrado na existência de Per Degaton, um garoto que seria tão extraordinário quanto ameaçador no futuro, e que está sendo tutorado por ninguém menos que Vandal Savage.

E tudo que podia derivar dessa introdução interessante, acabou caindo no lugar comum. Com um plano claramente confuso e sem propósito, já que todos nós sabíamos que ele não seria capaz de matar um “inocente”, Rip colocou mais uma vez toda a equipe em risco e se expôs diante de Savage. Nos coloquemos no lugar do vilão: ele sempre consegue se dar bem, sempre derrota a equipe de Rip e sempre está a uns 10 passos a frente – por que ele deveria se preocupar, não é mesmo? E aí que mora o perigo para a série, que já caminha para seus 6 episódios finais e a sensação que fica é de que uma resolução apressada vai ser o que encontraremos em nosso caminho. O desenvolvimento do vilão vem a passos lentos e fica muito difícil de acreditar que Kendra será capaz em um futuro (ou passado) breve de derrotar Savage. Em meio a episódios fillers e pedaços da trama principal, está mais do que na hora do roteiro começar a traçar seu caminho para uma conclusão: porque eu realmente não quero acreditar que a gente vai ter Savage por mais uma temporada – odeio a falta de carisma desse cara.

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Os problemas na equipe seguem na mesma pegada que viemos observando até aqui, sendo a relação mais traumática a de Snart com Mick. Estava claro que esse reencontro renderia alguns momentos de tensão, principalmente pelos “desfechos” que foram dados no passado, mas o confronto dos minutos finais do episódio acabaram por comprovar que até mesmo uma mente corrompida como a do Onda Térmica é capaz de perceber quando o caminho parece sem saída. Os mestres do tempo colocaram um alvo sobre cada um dos membros da equipe de Hunter, incluindo ele. Perceber que era somente um marionete para executar o plano alheio, acabou impedindo que matasse aquele que foi seu melhor “amigo”, se assim podemos dizer, e até alertasse a todos do perigo iminente que estão sofrendo – um perigo muito mais convincente que as ameaças de Savage, por exemplo.

Tivemos tempo também para explorar um pouco mais do relacionamento de Palmer e Kendra, este ainda bastante controverso na opinião da audiência geral (e na minha também). O grande problema talvez more na tentativa que o roteiro faz de tornar isso relevante para nós. Se os dois decidissem por se pegar, serem felizinhos juntos e tal, eu estaria bem. Mas a cada passo que dão juntos, temos Ray relembrando que Carter era o amor de todas as vidas de Kendra, o que ela responde com frases prontas e cafoníssimas como “Carter é o meu passado, você é o meu futuro“. Tipo, não explorem isso, não está legal. A gente quer ver heróis lutando para defender a linha temporal, deixa o amorzinho só como pano de fundo. Quando pensei que Palmer teria um desenvolvimento legal pelo lance de ser o pioneiro da robótica no futuro, os caras colocam o irmão dele como protagonista (irmão que a gente nunca viu mais gordo). Kendra também teve suas lembranças de uma vida passada, que fizeram pouquíssimo sentido com o contexto que estávamos inseridos nessa semana. Ou seja, vamos buscar um pouquinho mais de coerência né turminha do Berlanti?

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O que eu sei é que a gente tá precisando dar uma pisada no acelerador para ver se acontece alguma coisa de fato na série. Parece que estamos dando voltas e voltas (no tempo) e nada mudou, porque a linha temporal sempre tenta prevalecer no que já está escrito. E se eles não são capazes de nada mudar, qual o propósito dessa caçada sem fim por alguém que parece triunfar sempre? Queremos mais respostas e menos tempo desperdiçado. Faltam só seis episódios, chega de enrolação.

Algumas outras viajadas:

  • Eu gosto demais das cenas que envolvem a equipe inteira lutando. Acho que a série tem seus melhores momentos em cima disso.
  • Aos aficionados em HQ’s, Per Degaton é um grande vilão da DC e já teve inúmeros embates com a Liga da Justiça. E ele é nazista nas revistas.
  • Coast City sendo citada mais uma vez e nada do nosso Hal Jordan dar as caras. Teve referência ao STAR Labs também!
  • E Ray Palmer se passando por Hannibal Lecter? Gostei da referência.
  • O filho de Kendra e Carter (ou seja lá quem eles eram nos flashbacks) é o professor que conhecemos nos primeiros episódios da temporada.

Dá uma espiada no vídeo promocional de “The Magnificent Eight“:

E claro, não deixa de comentar o que achou do episódio dessa semana!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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