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Legends of Tomorrow – 1×11 The Magnificent Eight

Por: em 17 de abril de 2016

Legends of Tomorrow – 1×11 The Magnificent Eight

Por: em

Mais um filler em meio a construção perdida de uma temporada.

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Não dá para negar que o roteiro de Legends of Tomorrow não sabe o que está fazendo. Mesmo que a série consiga entreter como episódios como esse, é difícil notar alguma evolução na trama principal. Tínhamos Savage como vilão e grande arco motivador para todos os personagens nesse primeiro ano, mas isso acabou se tornando tão secundário quanto poderia ser. A adição constante de muitas ameaças a equipe tira completamente o foco e compromete a história que vinha sendo contada. Agora, estamos a 5 episódio do encerramento e a impressão que fica é que não saímos da estaca zero – tirando o entrosamento dos heróis, tudo parece estar exatamente como vimos no piloto.

O clima de faroeste veio como brecha para introduzir Jonah Hex, algo que vem sendo comentado há muito tempo. O grande problema é que, pelo menos para mim, ele não fez muita diferença. Seu papel foi ser um fantasma do passado de Hip, mais uma vez sendo contestado por suas ações ao longo do tempo. É interessante como a série se propõe a debater essa questão da influência nas linhas temporais, algumas vezes até de maneira demasiada. Soa como um teimoso alarme que cisma em nos lembrar que mexer com as coisas como estão pode significar danos absurdos para o futuro escrito – só que, ao mesmo tempo, levanta o questionamento de que: será que o futuro existe exatamente porque aquela pequena ação “diferente” foi realizada? É o maior paradoxo da série e, talvez, nunca tenhamos uma resposta concreta para tal.

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Toda a ambientação no passado também trouxe momentos interessantes como a ascensão de Ray Palmer a xerife da cidadela e a necessidade de Stein em ajudar o pequeno garoto tuberculoso. São nessas pequenas tramas que a gente acaba se envolvendo e esquecendo que a série não anda – porque sim, elas são muito divertidas. Imaginar Ray como o mandante dentro de uma cidade é algo surreal, ver isso acontecer então, melhor ainda. Gostei bastante de todas as referências jogadas pelo momento, além da empolgação do personagem, que claramente estava realizando um sonho de infância ao se introduzir naquele meio. Stein, por sua vez, faz parte de mais um dos paradoxos propostos pela série: ao curar o garoto, talvez tenha sido ele o responsável por fazer com que fosse possível (por engenharia reversa, sei lá) a criação de um remédio que exterminasse tal doença. Louco não? Ainda mais quando consideramos quem ele curou.

Porém, a trama que mais me chama atenção (e desde já realço que não necessariamente de maneira positiva) é a de Kendra. Mais uma vez vimos elementos do seu passado vindo a tona e, de novo, o lembrete de que estava destinada a ficar com Carter – já que qualquer coisa diferente disso resultaria em uma tragédia. Sinceramente, eu não sei o quanto isso pode ser importante para a derrocada de Savage. Talvez o lance do bracelete e tal, mas essa insistência do roteiro em colocar o amor dela e Ray como proibido me cheira realmente a tragédia no futuro. Não é possível que eles sejam tão repetitivos a toa. Ou isso serve para dramatizar o casal, ou serve para preparar o terreno do que está por vir – e eu rezo demais que seja a segunda opção, porque não quero acreditar que eles estão caindo num erro tão bobo como esse. Por favor Berlanti, arruma esse plot.

Com o protocolo Ômega liberado, a Peregrina está a solta. Vou falar para vocês que fiquei um tanto animado com a possibilidade de alguém caçando o eu do passado da equipe, então TALVEZ o próximo episódio no anime um tanto mais (pelo menos o vídeo promocional convenceu mais!). Mas é complicado ver uma série que você tinha tanta expectativa não sair do lugar comum. Eu sei que diverte, eu sei que tem personagens legais, mas parece que é só isso mesmo. Talvez eu que tenha que baixar um pouco a ansiedade, devo ter vindo com muita sede ao pote – mas fazer o que, Berlanti me acostumou mal.

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Algumas observações notáveis:

The Magnificent Seven é um dos filmes de faroeste mais amado de todos os tempos e serviu de inspiração para a ambientação e título do episódio;

– Salvation é o nome da cidade onde Jonah Hex está em 2006 nos quadrinhos da DC;

– H.G. Wells é o cara que escreveu um romance sobre viagem no tempo, super aclamado – o que é bastante intrigante, quando vemos quem o salvou da morte;

– Um monte de referências a produção de Legends em pequenos momentos do personagem.

 


Agora dá uma olhada no vídeo promocional da semana que vem:

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Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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