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Legends of Tomorrow – 1×12 Last Refuge

Por: em 23 de abril de 2016

Legends of Tomorrow – 1×12 Last Refuge

Por: em

A possibilidade de mudar o futuro através de você mesmo.

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Depois da chegada de Peregrina, uma ameaça direta a equipe de Legends of Tomorrow, vimos nossos personagens direcionarem seus esforços para tentar evitar que seus “eu” do passado fossem assassinados, o que acarretaria no desaparecimento completo deles na linha temporal presente (ou futura). E, o que podia ser muito interessante para o desenvolvimento das tramas, acabou se firmando como mais um filler rumo a uma história que nunca tem desdobramentos reais. Tudo leva a Vandal Savage, só que mesmo assim, a equipe tá sempre distraída com outros problemas. Talvez o grande problema da série esteja na sua extrema falta de foco com a história que vem contando.

Com encontros murchos, “Last Refuge” não empolgou como esses momentos empolgaram outrora – talvez a única relevância seja para Mick e Rip, que tiveram alguns momentos bacanas com suas versões do passado. O que gostei foi que o roteiro não abriu muito espaço para questionamentos, sendo quase didático ao explicar o motivo da Peregrina só poder atacá-los em um ponto da linha temporal e o porquê de Rip ou Kendra serem os últimos procurados em sua lista. E já que tocamos no assunto Peregrina, quanta falta de carisma para uma personagem só, não é mesmo? Com cenas bem emblemáticas, ela teve toda a chance de brilhar, mas acabou sendo só uma coadjuvante que serviu para atrasar o andamento da trama como um todo. Seu melhor momento acontece na luta final contra toda a equipe, quando é tolamente enganada por um Rip mais novo e com uma personalidade bem diferente do que poderíamos imaginar (aquela cena deles todos paralisados no tempo foi animal!).

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Mick e sua versão jovem chamam atenção pela redenção, o entendimento de que as coisas nem sempre são tão preto no branco quanto a gente quer ou espera. Onda Térmica passou uma vida inteira culpando seu eu jovem por ser o culpado do que tinha acontecido com sua família, do que tinha acontecido com ele mesmo – para entender que, no final, não existia um culpado. Mick era fruto do seu meio, da sua criação – uma teoria humanística que teimamos em não acreditar, mas que sempre acaba sendo comprovada. E foi bem bonito ver que ele se permitiu perdoar e tentar fazer uma nova história para si mesmo – o que a gente sabe ser muito difícil, já que o tempo sempre tenta voltar as coisas para o lugar que estavam. Jax também teve alguns momentos marcantes com seu pai, só que bem menos interessantes por culpa da falta de entrega do próprio ator – que parece estar sempre sentindo a mesma coisa e fazendo a mesma cara. Aqui, outra tentativa de mudar o futuro, também muito difícil de se efetivar: evitar a morte do pai, mudaria completamente o curso da vida de Jax, talvez tirando ele daquele momento – então o tempo deve fazer algo para equilibrar a balança.

A maior ameaça ficou em cima da Ray, que sustentou uma trama boba, mais uma vez. A desconstrução do personagem é tanta que chega a incomodar. Nunca mais vimos sua genialidade. Ele se resume a um cara de humor tonto e amor incompreendido. Sua relação com Kendra não poderia ser mais disfuncional. Ao passo que acredita ser possível refazer sua própria história, Kendra lembra constantemente do aviso de uma de suas vidas passadas, tornando sua relação com Ray insustentável. Foi de uma bobeira terrível criarem um noivado em cima da situação de vida e morte que o cara estava vivendo, só para depois fazer com que os seus sentimentos fossem completamente desprezados pela Mulher Gavião. Espero que o roteiro tenha um pouco mais de cuidado com o que está fazendo com esses dois personagens, porque esse caminho pode ser tão sem volta a ponto da gente não querer mais ouvir de nenhum dos dois (e dos dentes de Kendra, que sempre me incomodam bastante).

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Agora que coisa mais bizarra é aquele orfanato para crianças tiradas da sua linha temporal. Imaginem só os diferentes tipos ali criados e como tudo isso acaba influenciando na história que buscarão ao sair de lá. É um encontro bizarro entre passado, presente e futuro de uma maneira bem inesperada – e saber que Rip veio disso, nos faz compreender mais do seu zelo pela equipe e dos seus medos com o futuro. Hunter é um dos mais interessantes e sua história precisa ser contada, mesmo que aos pedaços e de maneira descuidada como nesse episódio. Aos poucos, vamos tendo peças suficientes de um quebra-cabeças que tem tudo para ser incrível, mas ainda não é. Enquanto Legends luta para se firmar, temos pouco tempo para que as coisas aconteçam. Foram 12 episódios até aqui com constantes lembretes de que temos que derrotar Vandal Savage, mas nunca chegamos nem perto disso. Com mais 4 episódios para seu encerramento, está na hora dessa primeira temporada decidir para onde está caminhando.

 


Confira o vídeo promocional do próximo episódio:

E comenta comigo o que achou dos 40 minutos que tivemos nessa semana!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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