Depois do final de Out of Time, esperávamos ansiosamente pelo desenrolar do encontro entre as Lendas e a Sociedade da Justiça da América. Se a estreia deste segundo ano nos trouxe grande alívio, Justice Society of America elevou as expectativas dos fãs. Com ótimas cenas de luta, um roteiro excelente e personagens bem desenvolvidos, o segundo episódio mostra a evolução pela qual toda a equipe da série passou, sendo possível afirmar que Legends of Tomorrow encontra-se em um lugar seguro nesta segunda temporada, além de deixar seus fãs ansiosos pelos próximos episódios.
O encontro entre as duas equipes foi um grande choque de realidade para as Lendas. Enquanto a SJA comandada por Rex Tyler mostrou-se sincronizada, bem preparada e com ótimas estratégias, nossos heróis sequer tinham um líder definido após o sumiço de Rip Hunter. A equipe veterana subestimou os viajantes do tempo, considerando os despreparados e irresponsáveis. Ou seja: no início, foi difícil para a SJA e para as Lendas enxergarem-se como aliados e não inimigos. Mas o episódio cumpriu bem o seu papel de mostrar a diferença entre as gerações de heróis, firmando uma boa parceria entre as equipes no final. Em sua luta contra o Barão Krieger, os heróis tomam conhecimento de que o Amuleto Askaran será transportado pelo vilão. Apesar de ainda não ser revelado qual o interesse do Flash Reverso pelo item, sabemos que este amuleto é responsável por dar os poderes da anti-heroína Isis, noiva do Adão Negro. Um amuleto tão poderoso e desejado por um dos membros da Legião do Mal, significa mais problemas aos heróis.
Entre os destaques desta semana, estão Nate Heywood e seu legado. Nick Zano soube dar vida ao personagem de forma impressionante, evidenciando toda a emoção do historiador ao conhecer seu grande ídolo e avô, o Comandante Aço. Ao longo do episódio, vimos Nate ser quase expulso da equipe das lendas, exatamente pela sua “fragilidade”, algo que ele revelou sempre lutar contra. O que um historiador poderia fazer ao lado de nossos heróis? Ao mesmo tempo, sua aproximação com o Comandante não parecia algo possível. Mas o historiador mostrou seu lugar no grupo ao se arriscar diversas vezes para ajudar as equipes em sua missão contra os nazistas e de quebra, conquistou a admiração do avô. Ray desiste de ter super-poderes para salva-lo, o que nos leva a crer que o lugar de Heywood está mesmo garantido na equipe. No próximo episódio nós já teremos a introdução do Cidadão de Aço. Falando no Ray, a cena mais divertida do episódio foi definitivamente dele, em seu dilema entre saudar Hittler ou estragar seu disfarce, após a cantoria de Stein, que estava disfarçado como o cantor Max Lorenz. A introdução leve de um possível romance entre o Eléktron e Amaya foi tão sutil, que não há o que criticar- ainda bem que eles aprenderam com o erro gigante que foi forçar Palmer/Kendra goela abaixo. Maisie Richardson Sellers foi surpreendente como Vixen, que já sabemos ser uma das adições desta temporada as Lendas – e uma personagem mil vezes mais carismática que a Mulher Gavião.
O outro destaque do episódio foi a liderança, protagonizado pela Canário Branco e pelo Professor. Stein assume a função de capitão da equipe, mas logo percebeu que liderar as Lendas não era uma tarefa para o qual estava apto, passando a função para Sara. Essa mudança foi muito bem trabalhada ao longo do episódio, mostrando o quanto apesar da boa vontade do professor, equipe exigia mais do que ele poderia oferecer. Ao mesmo tempo, a Canário parecia liderar de forma natural, mas sem ultrapassar o comando dele. Isso foi essencial para que ele mesmo percebesse que ela seria uma capitã muito melhor. Além do seu treinamento com a Liga dos Assassinos, Lance sempre foi o braço direito de Rip Hunter e seus instintos sempre a tornaram a mais centrada integrante da equipe. Os produtores já disseram que o comando da Canário Branco ainda vai durar bastante e que a busca pelo Rip não será uma prioridade para ela, já que as Lendas já tem uma missão.
Apesar de Stargirl, Manto Negro, Obsidian e Dr. Meia-Noite não terem tido tanto destaque quando merecíamos, seria difícil em um único episódio, dar destaque a todos os heróis da SJA. É bem provável que a equipe veterana volte a aparecer nesta temporada, já que se trata de uma importante geração de heróis da DC. Além disso, como já falamos no O que Esperar desta temporada, além de Dan Payne, Lance Henriksen também dará a vida ao Manto Negro, em uma versão mais velha, o que confirma que ao menos um dos membros da Sociedade irá retornar. Ao passo que todo o episódio foi muito bem elaborado e elogiado, a transformação do Barão Krieger em uma versão do Hulk deixou muito a desejar no quesito efeitos especiais – teria sido muito mais fácil dar super força ao vilão do que transforma-lo naquele monstro estranho. No entanto, esse episódio foi a certeza de que a série está sim no caminho certo. Com Sara Lance como a nova líder (que inclusive já assumiu a narração do começo do episódio), o reforço do Cidadão de Aço e de Vixen, é certo afirmarmos que essa temporada já está deslanchando, sendo inclusive cotada como uma das melhores desta season da CW.
Por enquanto, só podemos torcer para quinta-feira chegar logo. Mas para matar sua curiosidade, fique com o trailer de Shogun:
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