Eis a verdade: Life in Pieces não veio para ser tão engraçada como Modern Family (apesar da clara semelhança). Esta é uma série com histórias e piadas bem ingênuas, que nos ganha mais pela fofura master do que pelo fator comédia. Aliás, a palavra que define o segundo episódio é exatamente essa: fofura.
Matt precisa se mudar correndo da garagem dos pais, porque os dois simplesmente não conseguem manter seus corpos separados. É muito amor na terceira idade! E vivenciar isso é muita vergonha alheia para um filho. Quer dizer, não tem nada de errado, claro. Eu continuo achando que esse casal é a coisa mais doce da vida, do tipo que dá vontade de apertar as bochechas. Mas além de estar financeiramente quebrado, sem ter nem um carro funcionando, não dá também para dormir na garagem, debaixo do quarto dos pais, enquanto a cama deles range a noite toda (sacou, sacou?). Esse foi um alerta claro de que ele precisa de uma mudança, de uma guinada radical para cuidar da própria vida. E com certeza vamos ver, em algum momento, Matt se encontrar e ter sucesso: esta virada é clássica. Adoro acompanhar coisa assim em séries/filmes, porque, quando são bem escritas, acabam até nos servindo uns conselhos para a vida real.
Enquanto isso, Jen está tendo problemas para amamentar sua bebê, pois tem pouco leite. A idéia de chamar uns loucos naturalistas que tentam resolver tudo com chazinho e terapia meia boca poderia ter sido mais engraçada. Não sei como, só sei que poderia. O legal é que fez sentido. Quem nunca recorreu aos remédios caseiros/simpatias da avó ou daquela vizinha para se curar de alguma coisa?
Ainda com relação à Jen, fiquei um pouco decepcionada. Achei que continuariam, de alguma forma, tratando da questão pós parto dela. Era um assunto diferente e interessante para tratar com leveza, em uma série como Life in Pieces. Muitas mães iriam se identificar ali, poderia ter sido mais explorado.
O melhor do episódio, com certeza, foi a mudança de casa de Heather com toda a família. Não pela mudança em si, mas pela surpresa que temos ao final, quando descobrimos que eles irão morar em frente aos pais/avós, John e Joan. Alguma chance de isso dar certo? Claro que não, parentes perto demais são sempre uma péssima idéia. Mas vai ser ótimo para nós, pois com certeza renderá cenas bem engraçadas.
Alguns destaques:
– Matt e a namorada estão indo bem. Ambos estão meio perdidos na vida e vão se ajudar nisso. Estou esperando a questão de Colleen ainda morar com o ex noivo ser mais explorada, aposto que vai ser ótimo!
– Achei interessante o confronto que Joan propôs à família: se encarar por alguns minutos e ser honesto sobre algo. Só saiu besteira na cena, claro, mas seria legal ter uma chance dessas de colocar pra fora aquela coisa louca que passa pela cabeça e você nunca compartilhou, não é? Adoro esses métodos terapêuticos alternativos.
Até aqui, Life in Pieces não surpreendeu, nem decepcionou. Ela segue sendo o que é: uma história leve de uma família fofa e suas loucurinhas. Vamos ver como fica o ritmo nos próximos episódios. Enquanto isso, compartilha aqui o que achou desse segundo episódio! Até a próxima!
