Parece que Life in Pieces está pegando o jeito. O episódio desta semana teve algumas cenas bem mais engraçadas e trabalhadas que os anteriores. O início foi ótimo, ri bastante da realidade da história. O final ainda manteve aquele ritmo ingênuo, com piadas menos espertas, mas estou confiante de que a série vai evoluir aos poucos. Afinal, quantas não começam fraquinhas e depois se tornam um sucesso? Life in Pieces, com certeza, merece uma chance.
Greg e Jen roubaram a cena neste episódio, com o famoso drama que pais recentes conhecem bem: a falta de sono e as surpresas da madrugada. Desde o início, com Jen tentando acordar o marido após ouvir o choro do bebê, até o final, quando ele é preso por suspeita de dirigir sob o uso de entorpecentes (na verdade não passava de sono), ri muito e apostei novamente as fichas na capacidade da série de se encontrar, provavelmente sendo melhor e mais engraçada futuramente. Os escritores conseguiram pegar um tema “batido”, como o desgaste que causa um bebê novo em casa (principalmente pelas madrugadas de sono perdidas), e transformá-lo em momentos engraçadíssimos nos poucos minutos que este tema teve. Não é nenhuma novidade, mas a esperteza da comédia está justamente aí: conseguir nossas risadas ao trabalhar com fatos comuns ao público.
Falando em fatos comuns, que mãe nunca enlouqueceu ao ser sugada a cada 5 minutos por um membro da família? É o que Heather viveu nesta semana e, apesar de não ter sido tão engraçado como a primeira história, este núcleo também foi bacana de assistir. Vimos outra questão natural nas famílias, trabalhada de forma que todas as mães se identifiquem e adorem a série por isso. Por que o pai nunca consegue fazer o sanduiche tão bem? Por que só ela é procurada para resolver todos os pequenos problemas da casa, enquanto o pai só assiste sentado, fazendo piadas? Em algum momento da vida, já vimos essas cenas realmente acontecendo diante de nossos olhos, porque esta é uma família clássica.
Outro momento típico foi o em que Matt apresenta Colleen à família, durante um almoço. Sempre rola aquele medo básico de não ser aceito, de algo sair errado e, aqui, não poderia ter sido diferente. Tudo estava indo bem: Joan, para espanto de todos, aceitou muito feliz a nova namorada do filho. Em contraste, vemos que Joan e Jen não são exatamente melhores amigas, outro caso clássico: nora e sogra sutilmente se alfinetando e marcando território com o marido/filho, que fica no meio desta guerra muda. É sempre o máximo ver representada nas comédias uma história que te faz falar no mesmo instante: “É assim mesmo, é isso o que eu passo! Hahaha”. Não sei vocês, mas eu me enxerguei direitinho ali (ops!).
Como nada acaba tão bem quando se trata de família, a perfeição do almoço terminou com Colleen descobrindo que Matt já foi casado. E pelo jeito, mais de uma vez. Nada demais, tem algo mais normal do que parente abrindo a boca em hora inapropriada para contar segredinhos alheios?
Por fim, todos se encontram na casa de Greg e Jen para assistir a uma partida de futebol. O rumo das atividades muda quando John descobre que o filho contratou alguém para cortar uma árvore no quintal: é inaceitável que um homem da família contrate outro para fazer o que ele próprio, como homem, deveria resolver. E lá se vão pai e filhos cortar a tal árvore e… é isso. Não foi uma das histórias mais interessantes do episódio. Na verdade, me pareceu bem boba e desnecessária, mas ok. Como eu disse, a série ainda está pegando o ritmo.
Que tal dar mais uma chance a essa família lotada de amor e comentar aqui o que achou? Semana que vem tem mais, até lá!
