Estou começando a ter uma relação complicada com Love. A série de Judd Apatow tem muito potencial, o nascer da relação de Mickey e Gus poderia trazer um material muito bom de comédia, mas a dinâmica da série está muito devagar, já estamos na metade da temporada e quase nada aconteceu.
Party In The Hills teve partes bem incômodas e poucos acertos. Quando a Mickey convida Gus para a festa, o primeiro pensamento que vem a cabeça é que a trama dos dois começaria a ser mais explorada: ela perceberia que realmente gosta da companhia dele, os dois conversariam e se divertiriam juntos. Mas na realidade o que aconteceu foi uma série de desencontros e situações bizarras. Ele, totalmente deslocado no começo, ficou esperando pacientemente até ela chegar e depois foi completamente ignorado (essa insistência em colocá-lo como uma pessoa sem opinião e que abaixa sempre a cabeça para as pessoas me incomoda, pois o personagem pode ser muito mais do que a sombra de alguém). Ainda bem que isso mudou e ele curtiu a festa.
Já Mickey, se envolveu num plot bem estranho e completamente desnecessário com seus ex-namorados. Não dá pra deixar de comentar a forma ignorante e desrespeitosa como eles falaram sobre ela. Mickey transparece ser uma pessoa com muitos conflitos internos, os quais ela ainda não sabe lidar, mas nada justifica ou valida o tratamento que recebeu de seus antigos relacionamentos, que começaram uma luta para mostrar que eram machões e distribuíram xingamentos a moça. Essa cena não foi nada engraçada e me fez desanimar com o episódio todo. Não fosse seu discurso sobre a juventude e seu nada inteligente pulo na piscina seria um total desastre as cenas de Mickey na festa.
O plot twist do quarto episódio nos deixou uma possibilidade bacana, mas que sabíamos que não daria certo. Não entendi o porquê Mickey achou que Gus seria melhor com Bertie, talvez pelo fato dos dois serem “normais”, mas aquele encontro desastroso em The Date nos mostrou que eles não tem nada a ver! Bertie sempre tenta ver o lado bom da situação, é alegre e adora conversa, já Gus não consegue se comunicar, é reclamão e estava a fim de outra garota. Isso tudo já nos mostrava o resultado do fim da noite.
Mickey ficou forever alone sozinha em casa entediada (ainda mais depois da sua decisão de voltar a ficar sóbria), afinal, armou para as duas pessoas com quem mais convive irem num encontro amoroso juntas. Isso aliado a confissão de Gus no fim do episódio, fez com que ela percebesse que tem mais sentimentos pelo nerd do que previa. Agora que as cartas estão na mesa eles tem a chance de começar um relacionamento com honestidade. Aliás, mais do que isso, Mickey precisa se encontrar, resolver suas questões pessoais e se valorizar mais como pessoa, espero que seja esse o futuro dos próximos episódios.
E mais…
– Pra quem chegou tímido Gus se soltou bastante na festa e se divertiu mais que eu esperava. Tatuou um cara, arrumou uma garota pra conversar (como ele é mole), tocou e até se jogou na piscina.
– Memorável a cena de Bertie bebendo e flertando com os gays.
– Se for ter surto de idade, nunca pulem de um telhado para uma piscina, okay?
– Sempre acreditem em críticas da internet.
– Estou contando quantas vezes esse tapete é citado.
Tanto Party In The Hills e The Date foram bem escritos (tirando uma ou outra cena), mas não me cativaram. Ainda falta algo pra que faça com que eu realmente me envolva com Love. E você? O que achou? Comente aqui com a gente!