Essa semana Lucifer acertou melhor o seu tom e trouxe um episódio mais lento, com um “caso da semana” interessante, um pouco do drama existencial do protagonista e algumas pitadas de humor. A irreverência do Lucifer que foi divertida no primeiro episódio, já está ficando chata – às vezes, ele parece aquele parente inconveniente.
Começamos com uma cena obscura, onde Lúcifer esta convencendo a uma garota a pular de um telhado. Parecia que ele a estava seduzindo para se suicidar e falando que seria bem recebida no inferno, mas estamos em Los Angeles e tudo não passava de uma grande festa. Ela pulou sim, mas caiu em uma piscina. Mas por alguns segundos eles enganaram o telespectador e mostraram uma versão um pouco dark do Lucifer, isso em si, já é um avanço comparado ao episódio anterior.
O caso dessa semana esta intimamente ligado a festa. Durante a noite, Lucifer convence um jogador famoso, até então virgem, a esquecer a antiga namorada e a se divertir com outras mulheres. Porém de manhã, a garota escolhida aparece morta na piscina. Em um vai e vem de quem foi o culpado, incluindo agente, ex-namorada e vários personagens manipuladores, o caso convenceu e entreteu. Não vou contar quem era o assassino, mas o jogador e a namorada lunática terminaram juntos, felizes e virgens?
Durante, as investigações, Dan, o ex-marido da Chloe, esteve presente e ele não é o canalha que foi pintado no roteiro. Na verdade, ele esteve bem menos chato que o Lucifer – gostaria de saber o motivo da separação do casal.
O drama existencial de Lucifer esteve ligado a sua profunda indignação ao descobrir que outro homem estava usando seu nome e gastando por aí. Ele não aceitava que alguém tivesse ousado usar o seu nome. A terapeuta, também mais calma essa semana, apontou que ele estava exagerando e redirecionando a sua raiva. No final, mesmo tentado a torturar o rapaz, ele o perdoa – para o desespero de Maze, que estava doida por uma sessão de tortura. A propósito, ela merecia um episódio só dela, já que esta sendo pouco aproveitada.
Lucifer decide canalizar a sua raiva para punir os culpados, mas não quer admitir que não deseja que os inocentes sofram. Essa questão convida a reflexão. A versão “oficial” do demônio é que ele gosta de tentar os humanos e que tem uma especial predileção para torturar. Mas será que sempre foi torturar apenas os criminosos? Afinal, são poucas as vezes que ouvimos falar que boas pessoas vão para o inferno. Será que Lucifer é tão mal assim ou ele só esta o anjo mais capacitado para a tarefa de gerir o inferno?
Só levantar essa suposição deve fazer alguns fanáticos a fazer novas petições para acabar com a série. Audiência esta caindo progressivamente nos últimos episódios e a prova de fogo será quando Arquivo X estiver fora da grade. Até lá, vamos nos divertindo com o demônio em Los Angeles.
Aguardo os comentários de vocês e confiram a promo da próxima semana.
