Apresentando episódios determinados em desenvolver a maior quantidade possível de personagens, novamente Lucifer não decepciona seu público e mostra que o terceiro ano pode ir muito além de sua trama principal.
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Logo de início, Chloe e Lucifer sempre foram uma possibilidade de casal. Não apenas pelas investidas dele, mas também pela química que fluía cada vez que entravam em cena. Após vários episódios, algo começou a ser trabalhado entre eles, fazendo todos pensarem que realmente surgiria um romance. Apesar de ter início, o roteiro acabou não levando a trama para frente e, colocando um empecilho aqui e ali, tudo foi colocado de volta ao normal, mas era nítido que o sentimento ainda estava ali. Como num passe da mágica, as interações da detetive com Marcus parecem ter reacendido esse sentimento, deixando diversas possibilidades para o futuro. Com isso, temos possíveis desentendimentos entre ele e o Tenente, além de sua relação com Chloe ser testada mais uma vez. Mesmo negando, o caminho dos dois sempre levará um ao outro e o novo personagem será decisivo para o que irá acontecer entre eles.
Seguindo o romance, começamos a chegar na parte do relacionamento familiar. Que a família divina é complicada, isso não é novidade para ninguém, mas agora finalmente tivemos o amadurecimento de ambas as partes, já prontos para os novos desafios. Amenadiel sempre questionou o irmão por diversos motivos, mas nunca deixou de amá-lo. Mesmo sabendo que ele era sua provação, ele continuou insistindo e parece ter chegado ao resultado que queria. Em uma discussão bem executada, verdades foram ditas e mentiras foram descobertas. Enquanto Lucifer procura esconder seus sentimentos através da humilhação do irmão, o anjo conseguiu entender o que ele sentia de verdade e está disposto a ajudá-lo a todo custo. Com isso, Amenadiel conseguiu crescer ainda mais moralmente e espiritualmente, conseguindo também plantar dúvidas em seu irmão, as quais devem começar a florescer brevemente.
Por outro lado, a relação de Maze com seu criador parece estar começando a ser mais bem aceita pelos dois. Não apenas ele conseguiu criar e cultivar sentimentos humanos, como também a melhor torturadora do inferno. Após um pequeno sumiço, foi bom ver novamente uma personagem tão querida em uma trama tão bem construída. Maze conseguiu mostrar a todos que laços são mais fortes do que parecem e que, mesmo não acreditando, todos nós temos um lugar para voltar, até mesmo quem foi feito para não ter lugar nenhum. Claro, o fato de terem batido tanto na tecla de sua morte pode ter sido sinal de que, futuramente, corremos o risco de ter que nos despedir da personagem. Mas, por enquanto, ela está onde deveria estar e só podemos ficar felizes com isso.
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Como sempre, os casos da semana foram interessantes e trouxeram diversos questionamentos para o público. Em primeiro, lembramos que a verdade nem sempre é o que aparenta, mostrando a importância de ver todos os lados de uma história antes de condenar alguém. Com isso, eles acabaram tocando em um buraco ainda mais fundo, onde uma possível rede de corrupção pode acabar sendo um dos pontos altos do terceiro ano junto com a trama do Pecador. Em segundo, presenciamos o debate da mudança, nos mostrando que as pessoas podem sim mudar a si mesmos, desde que isso seja realmente sua vontade. Com isso, novamente Lucifer se vê como um justiceiro e está pronto para punir os maus, mesmo que seu primeiro ato de punição tenha sido a vingança pela parceira e pelo arrependimento dos próprios erros.
Praticamente voltando às suas raízes, o Senhor do Inferno não está apenas reassumindo seu papel como justiceiro, mas também seguindo com os pactos modernos, que funcionam do mesmo jeito que o tradicional, mas tem base em troca de favores, não na venda de almas. Parece que quanto mais retorna para sua forma angelical, com asas e sem sua face demoníaca, mais ele tenta forçar o comportamento de quem era antigamente. Entretanto, tudo que aprendeu em sua existência humana parece estar o pressionando cada vez mais. Linda continua tentando mostrar a verdade para Lucifer, mas com ele tentando ignorar sempre seus conselhos e os do irmão, talvez apenas Chloe consiga fazer com que ele assuma a verdade sobre si mesmo.
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No geral, Lucifer segue apresentando ótimos episódios. Longe de acabar, resta muito espaço para desenvolvimento e, quem sabe, algo que fuja do convencional da série.
Observações:
–Apesar de nunca termos visto Lucifer saindo com homens, já sabemos que ele usa Grindr.
–Jerry já parecia culpado quando ele nem teve reação vendo a galera com a maconha.
–“Não estou preocupada com ela. Estou preocupada com o Canadá”.
–Mais Trixie, por favor. Ella também, se possível.
–Interessante ver que a série está comprometida em colocar uma cena do Tom Ellis sem camisa por episódio.
–Mil perdões pelo gigantesco atraso.
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