Apresentando um episódio interessante, novamente Lucifer deixa de trabalhar sua trama principal para dar foco a outro personagem secundário, o qual não parece vir com a mesma força de sua primeira aparição.
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No final da primeira temporada, eram grandes as expectativas para conhecer a mãe do diabo, até então completamente desconhecida na mitologia da série. Sendo responsável pelo tema que ligou os dois primeiros anos, a aparição da personagem no corpo de Charlotte Richards não foi apenas satisfatória, como também nos fez querer cada vez mais dela. Entretanto, o fato de que ainda havia uma alma humana pertencente àquele corpo nunca foi esquecido, mas aparentava ser mais fácil lidar com isso ao ignorá-lo. Com isso, seguimos uma saga entre um filho e sua mãe, que terminou em uma emocionante despedida, nos deixando apenas com o receptáculo de uma personagem tão interessante. Longe de ser entediante, a verdadeira Charlotte é um poço de possibilidades, mas que parece estar um pouco vazio no momento. Não apenas por sua personalidade um tanto diferente da que conhecemos, a personagem não parece trazer um peso maior para o roteiro nem para os outros personagens, pelo menos por enquanto.
O relacionamento de Lucifer com a mãe sempre foi conturbado, mas acabou terminando em um tipo de redenção. Mesmo não a tendo perdoado completamente, ele deu para ela a chance de ser feliz criando seu próprio universo e suas próprias pessoas para amar ou odiar no lugar dos filhos. Por esse final, é fácil entender o motivo de seu retorno ter sido tão sentido pelo protagonista. Entretanto, o sentimento que isso gerou já parece ter sido resolvido, nos deixando apenas uma personagem que está lutando para se redimir e descobrir o que aconteceu nos meses anteriores. Mesmo assim, não é possível sentir que isso irá render grandes momentos para a trama principal ou para as secundárias, já que a descoberta da advogada sobre o sobrenatural não acabaria pesando tanto. Claro, é possível que os próximos episódios modelem melhor seu retorno e nos façam mudar de ideia, mas isso não aparenta estar perto de acontecer.
Por outro lado, seu retorno pode acabar sendo um ponto importante na vida de Dan, que ainda está confuso sobre seu relacionamento com ela. Sendo fácil entender o motivo da confusão, é de se esperar que o detetive acabe sofrendo um pouco mais antes de conseguir colocar sua vida de volta aos eixos. Apesar de parecer um pouco melhor com toda a história, é importante lembrar que ainda existe uma possibilidade de que os dois voltam a interagir romanticamente, algo que nos deve dar uma visão mais ampla sobre como os personagens funcionam juntos. Antes, era nítido que a Mãe o usava apenas para seu próprio benefício, mas que ainda recorria a ele em momentos de medo. Com uma nova chance para o relacionamento, seria possível ver um amor verdadeiro sendo criado para um personagem que, olhando para o quadro geral, está tentando fazer algo dar certo desde seus primeiros erros.
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As questões entre Deus e seu filho continuam sendo deixadas de lado, tendo foco apenas nos constantes lamentos de Lucifer. Porém, isso deve vir a mudar nos próximos episódios, já que a trama principal tem uma ligação exclusiva com isso. Ainda, devemos esperar uma resolução melhor entre a relação dele com Chloe, que está cada vez mais confortável com o diabo em sua vida. Não é possível saber se ainda veremos algo romântico entre os dois, mas é fácil reconhecer a parceria entre eles. Mesmo que algumas pessoas não gostem, os personagens funcionam completamente bem juntos, dando a impressão de que um acaba completando o outro. Um exemplo disso é a conversa de Chloe com Trixie, mostrando que há muito que tirar dos lamentos de seu parceiro. Parece seguro pensar que a detetive ainda está longe de descobrir a verdade sobre Lucifer, mas é possível ver o terreno sendo gentilmente preparado para tal revelação.
Como sempre, o caso da semana conseguiu prender o público e apresentou divertidas e intensas cenas entre todos os envolvidos. Com mais destaque que no segundo ano, Ella novamente consegue roubar os holofotes e mostra que está disposta a fazer de tudo pelo amigo, como a cena do elevador deixa explícito. É de se esperar que a personagem ganhe mais destaque com o retorno de Amenadiel, que parece ter construído uma ligação especial com a personagem, mostrando que ela pode ser essencial para seu desenvolvimento. Analisando, parece que tanto o anjo como Maze estão sendo guardados para pontos mais importantes da história, deixando a maioria das cenas nas mãos dos protagonistas. Pelos episódios exibidos até o momento, é de esperar que eles retornem novamente com episódios focados em ambos, que parece ser um formato interessante que esse novo ano adotou.
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No geral, Lucifer continua apresentando ótimos episódios. Mesmo pecando um pouco ao focar apenas no procedural, a série ainda tem bastante tempo para trabalhar suas várias histórias e apresentá-las ao público.
Observações:
–Não consta no rótulo a composição do pudim?
–Desde o início era possível saber que era suicídio. Seria preciso muita força para atirá-lo daquele jeito.
–Finalmente descobrimos o motivo de nunca mais vermos a família de Charlotte. Parece que a Mãe bagunçou completamente sua vida.
–Se revolte com a empresa. Saia da empresa. Crie sua própria empresa. Funda sua nova empresa com a antiga empresa que você se revoltou.
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