Nessa semana, MacGyver conseguiu nos apresentar mais um episódio satisfatório. Com muita ação e humor, a série parece estar conseguindo se manter no ritmo e está se distanciando cada vez mais dos falhos primeiros episódios.
E, partindo do início, vamos começar com a relação de Bozer e Riley, que parece estar tomando uma nova cara. É difícil achar alguém que não torça pelos dois, mas será que as coisas realmente vão ser como imaginamos? Apesar de se darem bem, a química deles está muita mais para uma amizade do que romance. Ainda, é difícil imaginar Bozer sendo retirado de seu papel de alívio cômico para ser o foco da semana. A história já deixou bem claro o caminho que pretende seguir, o que não deixa espaço para isso se desenvolver. Apesar de querer que Riley termine com alguém, a garota ainda precisa resolver sua própria história antes de começar uma nova.
A nova casa pode acabar sendo o que irá definir essa mudança em sua vida. Mesmo sendo independente, ela nunca ficou totalmente sozinha. Agora, ela vai ter tempo para encarar seus próprios problemas e, quem sabe, resolvê-los. Ainda não sabemos o motivo de sua prisão, mas é fácil perceber o quão grave foi. Ela ficou presa por dois anos em uma prisão de segurança máxima; ela enfrentou o pior. E, mesmo fora, ainda não superou seu trauma. Ela sempre disse que o motivo de ter sido presa foi ter feito o bem para alguém, mas será que valeu a pena? É fácil ver que a mesma não quer voltar para lá, mas e se uma situação parecida ocorrer novamente? Apesar de ser uma ótima personagem, é nítido que ainda falta informações sobre a garota, o que poderia acabar ajudando na construção da personagem.
Bozer, por sua vez, está cada vez mais perto de seu objetivo. Falta apenas um número para a sequência completa, mas e depois? Mesmo sendo um personagem em potencial, a série ainda afasta seu desenvolvimento o máximo que pode. Afinal, como ele foi parar com Mac e no que isso influenciou em sua vida? São pequenas coisas como essas que poderiam ajudar. Não seria necessário um episódio dedicado totalmente a esse fato, mas pelo menos algumas falas poderiam ser usadas para apresentar a história. A cada episódio que passa, o potencial do personagem diminuí cada vez mais, levando junto nossas expectativas para um plot mais consistente.
Já Mac precisou se superar novamente. É bem interessante o fato de que, mesmo aparentando saber de tudo, ele ainda tem muito a aprender. Sua curta estadia na prisão o mostrou isso. Ele viveu sua vida inteira como um agente, mas ele não faz a mínima ideia de como é o outro lado. E, para conseguir vencer os vilões, ele precisa saber como eles pensam. Apesar de ser um ótimo agente, ele ainda precisa adquirir muita experiência. O encontro dele com El Noche (Raoul Max Trujillo) provou isso e, apesar de não ser um vilão em potencial como Fantasma, ele foi claramente um dos maiores perigos que Mac já enfrentou. Claro, uma história como essa poderia durar mais de um episódio, afinal, é sabido que derrubar um cartel não é tão fácil como nos foi mostrado. El Noche disse que ainda possuí amigos, mas será que eles irão aparecer? Por algum motivo, a série não deu indícios de que vai continuar trabalhando essa história.
Jack, por sua vez, ainda está sendo ofuscado pelo amigo. É triste ver como o roteiro não tem interesse em desenvolver algo à altura do personagem. Com exceção do segundo episódio, não possuímos nenhum outro tipo de vínculo com o personagem. Seria interessante se, por pelo menos um episódio, a ameaça fosse a história do próprio personagem, não a de alguém em sua volta. Mas, esquecendo disso, a relação dele com Mac continua ótima. É impossível negar que a relação deles é uma das melhores dos últimos tempos. Os dois possuem uma ótima química, o que acaba deixando uma dificuldade em imaginar eles separados. Um precisa do outro, mas e quando não conseguirem estar juntos? Mac já provou que pode seguir sozinho, mas e ele?
E, seguindo a onda de personagens com potencial sendo deixados de lado, Thornton continua sem mudanças. A líder do grupo parece, em vários momentos, apenas uma agente comum. Nós sabemos que isso não é verdade, mas quando os personagens irão perceber isso? Apesar desse ano ainda ter vários episódios para que esses desenvolvimentos aconteçam, é importante lembrar que, para tornar um personagem memorável, o desenvolvimento já deve estar presente desde o início. O desenvolvimento não é somente um caso da semana, ele é o plano em longo prazo da série. É ele que irá definir o rumo que os personagens irão tomar.
Claro, mesmo com o desenvolvimento sendo deixado de lado, os casos da semana melhoram cada vez mais. Mesmo com algumas soluções parecendo um pouco forçadas, não tem como negar a emoção que as cenas provocam. Cada história de cada episódio consegue ter início, meio e fim. É bom ver que, pelo menos no que diz respeito ao procedural, a série está seguindo bem. Para uma série do gênero, as atuações e sequências são ótimas. Os efeitos especiais tão temíveis no início parecem estar sendo melhorados. Ainda é cedo para dizer, mas acho que já podemos assegurar que a série ainda tem muito o que mostrar.
No geral, MacGyver continua se superando a cada episódio. Aprendendo com seus erros, os casos da semana parecem estar sendo trabalhados com mais cuidado. Como dito anteriormente, o único ponto negativo ainda é o desenvolvimento de alguns personagens, mas isso provavelmente irá ser trabalhado nos episódios futuros. Resta saber se a série conseguirá manter o ritmo até o final desse primeiro ano. Se avaliarmos por esse episódio, é possível criar boas expectativas para o futuro da história.
Observações:
–Já pensei que iria rolar crossover com Narcos.
–O que dizer daquele velhinho que mal conheço, mas já considero pakas?
–Jack no computador parece muito comigo. Qualquer coisa que faço eu já me sinto incrível.
–Ainda acho Riley e Mac melhor que Riley e Bozer. E vocês?…
–… Na verdade, ainda a prefiro sozinha, mas duvido que a série faça isso.
–Triste com a história do cachorro. Ele só queria brincar, poxa!
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