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MacGyver – 1×14 Fish Scaler

Por: em 5 de março de 2017

MacGyver – 1×14 Fish Scaler

Por: em

Após vários acontecimentos complicados na Fundação Fênix, finalmente conseguimos ver melhor a relação da nova diretora com os agentes. Seguindo um caminho completamente diferente do esperado, parece que o momento de vermos uma maior seriedade nas missões finalmente chegou.

No início, era fácil levar MacGyver como uma série simples e com casos da semana descontraídos, muitas vezes sem sair do habitual. Mas, após se firmar na grade da CBS e conquistar um público fiel, a série começou a nos apresentar suas diversas camadas, trabalhando assuntos sérios misturados com momentos fáceis de digerir. Conforme os episódios foram passando, foi possível notar uma evolução onde, mesmo com os momentos de quebra, o roteiro ainda tentava ser mais maduro, nos passando uma sensação de medo pelos personagens, algo dificilmente sentido anteriormente. Em quatorze episódios já foi possível ver conspirações, traições, trabalhos duplos e a criação de vilões que, diferente dos normais, podem acabar tendo uma relação ainda mais profunda com o protagonista e com o elenco principal, como é o caso de Fantasma e Murdoc. O ponto é que, mesmo que alguns duvidem, é importante notar como a série busca se firmar entre as melhores da atualidade e, mesmo sendo algo difícil de atingir, é bom ver sua vontade em resistir. Estamos passando da metade da temporada e, mesmo sem notícias de uma possível renovação, não é problema sentir-se esperançoso, pois as chances são boas.

De todos os agentes da Fundação Fênix e até mesmo dos de outras agências apresentadas, é possível notar que o mais notável continua sendo Mac. Suas habilidades e a forma como consegue se conectar com as coisas ao seu redor são algo único, sendo o que o torna tão notável. O problema é que, como mencionado por Matty, suas habilidades são deveras perigosas. E, ao contrário do que Mac diz, elas contam sim com a sorte, como foi possível ver nesse mesmo episódio. Afinal, soltar o carro em um morro sem ter certeza que iria conseguir controlá-lo não é algo que possa ser chamado de planejamento, certo? O problema é como ele conseguirá provar isso, já que esse improviso acontece nos momentos mais inesperados. Como a diretora disse, todos que contavam com a sorte acabaram mortos e isso aumenta ainda mais o medo pela vida do personagem. Claro, seria difícil (ou até mesmo impossível) ver uma série como essa matar o seu protagonista já na primeira temporada, sendo algo que provavelmente não aconteceria nem em sua temporada final, mas mesmo com essa margem de segurança em volta do personagem, é possível notar que essa trama não foi colocada apenas para preencher espaço e fica claro que nos próximos episódios veremos essa sorte sendo testada. Só resta saber como Angus conseguirá enfrentar os problemas que virão.

Matty, por sua vez, acaba se mostrando uma das personagens mais interessantes já apresentadas. Ao contrário de Thornton, a qual permanecia um mistério e não possuía nenhum aprofundamento pela sua duplicidade, Matilde mal chegou e já teve diversas camadas retiradas, mostrando que ainda tem muito a oferecer para a história. Essa chegada não apenas deu um novo ar para a série, como também deve colocar as coisas em ordem. Afinal, diferente de Patricia, ela realmente se importa com a vida de seus agentes e não quer vê-los mortos por alguma estupidez. Esse lado mais severo apresentado pode ser chato no início, mas é possível notar como a preocupação com seus colegas de trabalho é o que a move. Ainda, é interessante notar sua conexão com outros agentes antigos, algo que provavelmente será apresentado no futuro, já que demonstra ter uma grande influência. Mas, de todos seus relacionamentos, o que realmente chama atenção, sendo também o que deve ser trabalhado ainda nos episódios seguintes, é com Jack. Esse passado, mesmo simples, pode ser o que trará ainda mais profundidade para ambos os personagens, algo em falta no caso dele.

Jack Dalton, desde o início, foi trabalhado de acordo com seu relacionamento com outros personagens, sem tramas próprias. Após isso, mesmo com sua característica principal ainda sendo os relacionamentos, foi possível notar uma profundidade maior ao saber mais sobre o seu passado, principalmente em sua interação com Sarah. O problema é que, mesmo sendo triste, essa trama com a garota já deu vários indícios de finalização, mas o roteiro ainda parece insistir nela. Claro, é possível que ainda possamos ver os dois juntos, mas com o casamento da garota, foi possível ver um ciclo sendo fechado e uma aceitação de Jack; ou, pelo menos, era o que deveria ter acontecido. Ainda não é possível saber quais serão suas tramas futuras, mas sua relação com Matty é uma das tramas em potenciais para essa reta final. Afinal, o que diabos aconteceu na Chechênia? É possível que isso não seja nada interessante, como o caso de Cairo no piloto, mas talvez seja esse passado que irá definir os rumos desses personagens. Será que algum relacionamento amoroso surgiu dessa amizade? Se sim, será que será essa trama que deixará Sarah para trás de uma vez por todas? Ou, levando em conta a palavra “traição” mencionada, será que Jack a deixou para trás em alguma missão? Ainda não é possível teorizar sobre, mas é impossível esconder a ansiedade para ver o desenrolar dessa história.

Seguindo pelo elenco principal, é interessante notar como Riley ainda escondia coisas do seu passado, mesmo com o telespectador achando que já tinha entendido a personagem. Assim como Mac, suas habilidades também são únicas, mas perigosas. Se no caso dele é o improviso que o denuncia, no caso dela é o saber e a sede por conhecimento. Até onde conseguimos chegar? Até que ponto somos capazes de atingir? Como já dizia o famigerado ditado, “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”, mas como será que Riley arcará com essa realidade? Será que ela conseguirá provar sua fidelidade com a Fundação ou mais alguma coisa acontecerá nesse meio tempo? Já Bozer, mesmo continuando como alívio cômico, passa a ganhar cada vez mais destaque na organização. Mesmo sendo difícil vê-lo como agente em campo, talvez seja possível vê-lo trabalhando nos bastidores, assim como Riley, sendo que ambos formam uma ótima dupla, como já foi apresentado anteriormente. Suas habilidades em laboratório são incríveis, mas o personagem pede por algo mais. Só resta saber se veremos essas expectativas sendo atingidas.

No geral, MacGyver continua nos apresentando uma temporada satisfatória. Balanceando bem os momentos de ação com drama e comédia, o roteiro parece saber para onde pretende seguir e dificilmente nos decepcionará. Agora, a história começa a ficar cada vez mais madura e chegou a hora de nos aprofundarmos ainda mais nos personagens que tanto amamos ou tanto amamos odiar.

Observações:

Pensei que o Mac seria demitido. Que susto!

Afinal, como seria a demissão? Você simplesmente quebra as conexões e finge que nada nunca aconteceu?

Fênix é a típica agência secreta que todo mundo sabe que existe.

Gostei de ver outros agentes trabalhando. É bom ver a história saindo do habitual.

Em breve deve sair as reviews dos próximos episódios, as quais estão atrasadíssimas. Peço desculpas.

 


E você? O que achou do episódio? Não se esqueça de deixar sua opinião e continuar acompanhando as reviews aqui, no Apaixonados por Séries.


Lucas de Siqueira

Apaixonado por Tom Holland, séries históricas, documentários sombrios e guerras. 19 anos de pura imersão em diferentes universos através da leitura e pronto para criar outros através da escrita.

Santa Branca/SP

Série Favorita: Game of Thrones

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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