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MacGyver – 1×15 Magnifying Glass

Por: em 5 de março de 2017

MacGyver – 1×15 Magnifying Glass

Por: em

Eu gosto de matar gente porque é tão divertido. É mais divertido que matar animais selvagens na floresta, porque o homem é o animal mais perigoso de todos. Matar coisas me dá a experiência mais prazerosa, é ainda melhor que ficar com uma garota. A melhor parte é que, quando eu morrer, eu irei renascer no paraíso e todos aqueles que eu matei se tornarão meus escravos. Eu não te darei meu nome porque você tentará me atrasar ou me impedir de colecionar escravos para meu pós-vida”. 

Primeira carta do Zodíaco

Seguindo já para sua reta final, MacGyver continua nos apresentando uma ótima temporada e já começa a mostrar uma história mais madura. Continuando a se aprofundar nos personagens, a série já começa a mostrar seu desejo em continuar seguindo em frente.

De todos os casos da semana já apresentados, era difícil acreditar que a série realmente colocaria um caso real em cena, principalmente um caso tão importante na história americana. O Assassino do Zodíaco, dentre tantos serial killers pelo mundo, continua sendo um dos mais misteriosos. Mais de metade dos supostos mortos nunca foram encontrados e de suas diversas cartas, apenas uma foi quase decifrada por completo. O caso chegou até mesmo a ser encerrado e taxado de “crime perfeito”, mas há algum tempo foi aberto novamente, mas seguiu com dificuldades pela falta constante de provas e evidências. Depois de apresentar diversas conspirações e casos enormes, a série conseguiu nos surpreender novamente ao ousar dar uma quase continuidade a uma história tão popular. Isso não apenas mostra como a ousadia do roteiro aumentou, como também demonstra a profundidade da história apresentada, já que até mesmo a comédia ficou abafada pelos vários momentos de drama do episódio.

Suas primeiras vítimas foram dois casais, um em 1968 e outro em 1969. Ainda em 1969, ele mandou sua primeira carta, a qual era dividida em três partes. Ele enviou uma parte para cada jornal da região conhecida como Bay Area, no estado da Califórnia e exigiu que todos publicassem. O código tinha 408 símbolos, sendo algo totalmente difícil de quebrar. Um casal de professores conseguiu decifrar a primeira mensagem (a qual está na citação), com exceção dos dezoito últimos caracteres. Várias outras cartas foram enviadas até 1974, mas várias continham novos códigos. Algumas poderiam revelar seu nome, mas nunca conseguiram decifrá-las por completo. Outras falavam sobre bombas, mas elas nunca explodiam. O ex-professor Arthur Leigh Allen foi o maior suspeito, principalmente por ter um relógio da marca Zodiac e por ser um grande fã de The Most Dangerous Game, sendo até mesmo reconhecido por alguns sobreviventes do ataque, mas nunca conseguiram provas conclusivas e ele morreu em 1992 (Fonte: Mundo Estranho).

Matty, que desde sua primeira aparição já se mostrou importante para trama, novamente ganhou um grande destaque. Mesmo sendo chefe, seus sentimentos também falam mais alto e, ao contrário do que seria correto, ela realmente resolveu lidar com tudo por conta própria, mesmo sendo um caso para a própria polícia ou outro órgão competente. Ao deixar seus sentimentos falarem mais alto, ela não só mostrou que é igual aos agentes, como demonstrou um ponto que pode ser usado contra a personagem futuramente. Afinal, levando em conta sua participação no episódio e os novos detalhes sobre o caso de Chechênia, é possível notar que sua maior fraqueza são seus intensos sentimentos. Ainda não é possível saber se algo do gênero irá ser trabalhado futuramente, mas é importante ver como as camadas da personagem se dividem cada vez mais em algo complexo, criando diversas oportunidades para os próximos episódios.

Já sua interação com Mac continua ótima e, ao contrário do que foi possível imaginar no episódio passado, ela finalmente aceitou a cultura do improviso, mesmo que indiretamente. É sabido que nós só sabemos quem são nossos verdadeiros amigos na hora da dificuldade e, analisando a relação dos agentes da Fundação Fênix, é fácil perceber que eles são como uma família, mesmo com a recente chegada de Matilde. Claro, os métodos de Angus continuam perigosos, mas é importante notar que são eles os responsáveis por mover o personagem e por diferenciar a série das outras. Afinal, o improviso é a peça chave da história e isso nos mostra que, independente da situação, nós temos o necessário para resolver qualquer coisa, basta nos acalmarmos para pensar. Com seu futuro já mais seguro, agora pode ser o momento em que iremos nos aprofundar ainda mais no personagem, conhecendo seu passado e, o mais interessante, sua relação com diversos personagens ainda para apresentar.

Riley, assim como Mac, também se consagra como um dos membros mais importantes do grupo, mostrando até mesmo que seu conhecimento é ofensivo para os vilões. De todas as peças, livrar-se de Riley pode mudar consideravelmente o jogo. Com isso em mente, é possível imaginar que ainda veremos a garota em perigo em outras oportunidades. Jack, por sua vez, se mostra cada vez mais conectado com Matty. Mesmo com as constantes brigas, foi possível notar seus verdadeiros sentimentos por ela e é fácil perceber que o passado dos dois está cada vez mais perto de ser revelado. Já Bozer, mesmo não mostrando uma grande evolução em termos físicos, ainda demonstra possuir uma mente brilhante e mais uma vez conseguiu solucionar uma situação que mais ninguém conseguia. Ainda, é interessante notar como sua fixação em Riley ajudou na trama, nos fazendo lembrar que, após os primeiros episódios, a série nunca mais trabalhou os sentimentos dele por ela. Afinal, será que eles ainda terminarão juntos?

No geral, MacGyver continua nos surpreendendo e, levando em conta as atuais séries da CBS, dificilmente veremos a série sendo cancelada, principalmente por já ter recuperado parte de sua audiência. Com um roteiro cada vez mais maduro, a série parece estar pronta para nos prender ainda mais na história e nós só podemos agradecer por isso.

Observações:

Sim, a ligação de Jack foi o primeiro indício do crossover com Hawaii Five-0.

Quantas referências em um único episódio.

Os cigarros na entrada do prédio foram propositais? Que estranho.

Meu sonho é ter uma passagem secreta em casa. Minha infância sempre fala mais alto.

Jack, eu te entendo. Também não confio em robôs e as três leis da robótica não me passam segurança.

Logo as reviews dos próximos episódios já devem sair. Perdoem meus atrasos.

 


E você? O que achou do episódio? Não se esqueça de deixar sua opinião e continuar acompanhando as reviews aqui, no Apaixonados por Séries.


Lucas de Siqueira

Apaixonado por Tom Holland, séries históricas, documentários sombrios e guerras. 19 anos de pura imersão em diferentes universos através da leitura e pronto para criar outros através da escrita.

Santa Branca/SP

Série Favorita: Game of Thrones

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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