Seguindo com um bom ritmo e ótimo desenvolvimento, novamente MacGyver nos presenteia com ótimos episódios e mostra ao público a verdadeira essência de uma série sobre espionagem, algo que parecia ter se perdido na modernidade da coisa.

Reprodução/CBS

Desde o primeiro ano, o principal ponto ainda não trabalhado no roteiro é o genitor de Mac, que se mostra mais misterioso a cada pista revelada. Com a descoberta do relógio, era de se esperar que novas peças entrassem para montar o quebra-cabeça, mas parece que isso será algo deixado um pouco mais para frente. Como a série ainda precisa respeitar o modo procedural proposto desde o início, parece seguro dizer que apenas veremos algo realmente importante sobre o caso antes do hiatus ou, quem sabe, na própria season finale, servindo como gancho para um possível terceiro ano. De todo modo, novas pistas devem surgir no decorrer dos episódios, mas não podemos nos esquecer da mensagem secreta da engrenagem e da foto, que devem ser o pontapé inicial para as novas descobertas. Com isso, é de se esperar um desenvolvimento ainda maior para Mac, que parece se tornar cada vez mais profundo, se tornando um dos personagens mais bem trabalhados da série.

Quando realmente queremos algo, normalmente iremos acabar ignorando algumas regras ou nos descuidando um pouco. É normal do ser humano não saber separar os sentimentos do momento em que se encontra e, mesmo não parecendo humano algumas vezes, é claro que Angus também seria propício a sofrer do mesmo problema. Sua busca por seu pai, ao que parece, o está deixando cada vez mais desesperado, mesmo que tente não demonstrar. Uma prova disso é seguir normalmente, sozinho, mesmo consciente de um assassino profissional que quer vingança e, como provado, conhece sua identidade, endereço e até amigos. Essa falha não apenas mostrou um descuido que geralmente não condiz com o personagem, como também acabou servindo como prova de algo que a própria série já havia mostrado anteriormente. Agir sozinho nunca é o ideal e, mesmo que seja preciso que derrotemos alguns demônios sozinhos, não podemos nos esquecer que sempre teremos alguém para nos apoiar.

Com um episódio que trouxe de volta a verdadeira essência de uma série de espionagem, antes vista apenas no episódio piloto, tivemos ótimas cenas da equipe principal da Fundação Fênix trabalhando juntos, cada um com suas próprias habilidades em jogo. O modo como cada um consegue se completar nunca deixa de ser interessante, demonstrando ser uma das maiores qualidades da série. É engraçado como Mac parece ter se esquecido disso, mesmo tendo acontecido no que pode ser considerado a missão anterior. Mesmo assim, o roteiro não apenas se deu ao trabalho de passar outra lição igual a outros episódios, como também se dispôs a dar um exemplo vivo disso. Como um todo, ambos os episódios pareceram se conectar de uma estranha forma, novamente provando o crescimento de qualidade desse segundo ano.

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Quando inserida na trama, Samantha não aparentava ser uma personagem capaz de conquistar o público. Mesmo assim, o esforço não parou por aí e logo no episódio seguinte sua força já foi sentida. Agora, seu lugar no time parece estar cada vez mais fixo, quase fazendo nos esquecer que ela não está lá desde o início. Ainda, suas interações com Mac não passam despercebidas e, ao que parece, é possível que um relacionamento amoroso ainda acabe surgindo nesse meio. Sem dúvidas, eles parecem se entender cada vez mais e, em certo ponto, até mesmo combinar. Claro, a agente não parece estar disposta ou pronta para enfrentar algo do tipo, principalmente por ainda estar conquistando a confiança de cada um, que logo deve ser sacudida por algumas reviravoltas, visto que ela não tem sido sincera com sua própria equipe. Não é possível saber se isso é uma decisão pessoal ou uma ordem superior, mas sua identidade deve ser o que irá mover alguns plots futuramente.

Por outro lado, os antigos personagens parecem melhorar cada vez mais, com cada um atingindo uma grau satisfatório de desenvolvimento. Sim, alguns poderiam evoluir mais, como Bozer que ainda não evoluiu o necessário, mas é fato que cada um está sendo mais bem trabalhado do que no ano anterior. Riley se mostra uma hacker cada vez mais competente e, mesmo sendo possivelmente uma teoria boba, não parece que sua relação com Samantha seja tão boa como a dos outros. Longe de qualquer certeza, talvez seja capaz dela ser a responsável por revelar os segredos da garota. Já Jack continua um ótimo parceiro e, mesmo com sua atuação em campo na busca por Mac parecendo um tanto forçada, provavelmente por culpa do ator, é de se esperar que ele seja um dos responsáveis por ajudar o amigo a encontrar seu tão esperado pai.

Claro, é impossível negar que, além de trama principal, o procedural também continua ótimo e os casos da semana novamente não desapontam. Tanto o roubo ao cassino quanto a busca por Murdoc, personagem que parece estar um pouco saturado, foram surpreendentes e apresentaram ótimas cenas. Matty seguiu como uma excelente líder em ambos os casos, cada vez demonstrando ser mais capaz de cuidar da agência, algo que estava faltando em alguns episódios atrás. Agora, um novo ponto parecido com a missão de Nikki parece estar sendo criado. Porém, diferente da trama em que ela estava inserida, parece que estamos prestes a enfrentar uma organização de vilões e assassinos profissionais. Mesmo com o objetivo ainda não sendo revelado, é de se esperar que eles e o pai de Mac sejam os responsáveis por elevar cada vez mais a qualidade dessa nova temporada.

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No geral, MacGyver continua apresentando uma ótima sequência de episódios. Com várias pontas soltas para serem trabalhadas, é seguro dizer que emoção é algo que não deve ficar em falta nos próximos episódios.

Observações:

–Um disfarce e uma identidade falsa ainda valem mais que as tecnologias que andam crescendo cada vez mais nesse meio.

–Nunca foi tão fácil entrar na casa de um agente especial e o sequestrar.

–Mac saiu tão fácil do esconderijo. Deve ter feito parte do plano do Murdoc, né?

–Falando em plano do Murdoc, que rolê imenso foi esse apenas para recrutar o outro cara?

–Sim, a imagem do Lucas Till na cama foi proposital, para ela nunca ser esquecida.

–Se a review não atrasasse, não seria eu. Inclusive, vocês preferem reviews duplas ou uma para cada episódio?

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