Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

MacGyver – 2×07 Duct Tape + Jack/2×08 Packing Peanuts + Fire

Por: em 26 de novembro de 2017

MacGyver – 2×07 Duct Tape + Jack/2×08 Packing Peanuts + Fire

Por: em

Já perto da metade de seu segundo ano, MacGyver continua mantendo seu excelente ritmo e trabalha positivamente a relação entre personagens, assim como o desenvolvimento de cada um deles.

Reprodução/CBS

Um dos pontos mais importantes nessa nova temporada é o desenvolvimento de antigos personagens. Algo em falta no primeiro ano, dessa vez estamos indo além de Angus e conhecendo mais do resto da equipe, incluindo seus passados, relações, medos e sonhos para o futuro. Além de sua relação com Mac e Riley, nunca foi comentado mais nada sobre a família de Jack ou mostrado mais do seu dia-a-dia, algo que muitas vezes o público nem se lembrava de que poderia ser trabalhado. Mesmo que sutilmente, o sentimento de perda gerado pelo roubo em seu apartamento também ajudou Mac a tomar uma visão diferente da busca por seu pai, mesmo que mínima. Além disso, também aprendemos que, às vezes, não vale a pena estragar nossa vida para agradar uma pessoa ou entrar em um determinado grupo. Um verdadeiro grupo de amigos é aquele que nos aceita como somos, não aquele em que precisamos mudar quem somos para nos encaixar.

Como forma de lição de moral, se aproveitando do público jovem por ser uma série para toda a família, a lição sobre a amizade não foi a única, mostrando também que a falta de oportunidades pode nos deixar com poucas opções. Em apenas um episódio, Bozer acreditou em alguém que achava já estar corrompido e o deu uma segunda chance, mostrando que o mundo pode ir além do erro. Seguindo, o vimos lutando para ajudar o parceiro, uma relação até então pouca trabalhada. É possível contar nos dedos a quantidade de vezes em que ambos os personagens interagiram ativamente, além de uma conversa em grupo ou uma missão de resgate. Essa tentativa do roteiro em mostrar interações diferentes e pontos de vistas aleatórios não apenas mostra o desejo da série em seguir em frente, como também mostra sua capacidade em continuar, algo visto já na temporada anterior, mas que fica em maior evidência agora.

Sendo algo já mencionado em outras análises, Bozer sempre se mostrou um grande personagem e, com algumas poucas exceções, a série sempre pecou ao trabalhá-lo. Esse treinamento não é apenas uma oportunidade dele atuar mais em campo, como também um jeito de conhecê-lo melhor. Com isso, temos também uma nova interação com uma personagem que deve voltar a aparecer. Na verdade, seria bem aceito vê-la novamente, já que ambos se mostraram uma ótima equipe. Claro, resolver um caso tão importante logo de primeira pareceu um tanto quanto forçado, principalmente com o espião aparecendo dentro das instalações da agência, fazendo até mesmo com que o público pensasse que, talvez, isso fosse apenas parte do treinamento. Mesmo assim, foi uma boa trama e nós sabemos que o personagem é inteligente o suficiente para descobrir e resolver algo do gênero. Talvez um dos poucos pontos negativos seja ter sido colocado Cassandra como uma personagem indefesa ou como isca, sendo que ambos poderiam ter trabalhado juntos de uma melhor forma.

Reprodução/CBS

Jack sempre foi como um pai para Riley, mas nós sabíamos que ainda deveria haver alguma futura trama com seu pai biológico, principalmente pelo grande trauma que ele deixou na vida na garota. Já vimos sua mãe, uma incrível personagem, então eram grandes as expectativas para ele. Infelizmente, ele não pareceu tão interessante como deveria. Sim, foi emocionante ver os dois se reconciliando e toda sua vontade de construir do zero um novo relacionamento com a filha, mas tanto o personagem quanto o ator não souberam expressar bem o misto de sentimentos que deveria haver naquele momento. Além disso, o ato de Matty se meter em uma relação pessoal como aquele foi, no mínimo, imprudente. Sabemos da relação familiar da Fundação Fênix e é normal amigos defenderem e ajudarem uns aos outros, mas o modo como ela fez pareceu um tanto quanto invasivo.

Os casos da semana seguiram o padrão de qualidade e, apesar de um ponto negativo aqui e ali, todos foram bem, com um deles até mesmo nos trazendo perguntas sobre nossa realidade. Até que ponto vai o poder de um governo poderoso? Até que ponto nós decidimos as coisas e até que ponto os governos, às vezes de outros países, nos manipulam por trás dos panos? É interessante notar como a série sempre fez bem o papel de inserir a trama na atualidade, colocando coisas do dia-a-dia, coisas que precisam ser discutidas e, sobretudo, coisas que deveriam ser de conhecimento público, mesmo que a princípio pareçam especulações de conspirações. De todo modo, os dois episódios pareceram se completar de uma forma única, como já vimos diversas vezes, além de colocar Riley e Cage em uma boa posição, sem criar intrigas desnecessárias entre mulheres, um artifício de roteiro que é muito usado em séries, mostrando a importância da sororidade.

Reprodução/CBS

No geral, MacGyver continua apresentando uma ótima sequência de episódios. Com uma temporada completa pela frente e com as pausas de fim de ano já tendo início, o momento de vermos um maior aprofundamento na trama principal parece estar chegando.

Observações:

Gostei de como o 2×08 não começou com uma missão. Parece que quebrou a tradição procedural da série.

Pela promo do 2×07, pareceu que o episódio inteiro seria focado no transplante e eles que teriam que fazer. Fomos enganados.

Com exceção da varanda, ouso dizer que o apartamento do Jack é mais legal que o do Mac.

Gosto de como a Jill anda ganhando mais destaque. É uma excelente personagem.

Com uma curta pausa, a série deve retornar no dia 01/12.

 


E você? O que achou do episódio? Não se esqueça de deixar sua opinião e continuar acompanhando as reviews aqui, no Apaixonados por Séries.


Lucas de Siqueira

Apaixonado por Tom Holland, séries históricas, documentários sombrios e guerras. 19 anos de pura imersão em diferentes universos através da leitura e pronto para criar outros através da escrita.

Santa Branca/SP

Série Favorita: Game of Thrones

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

×