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Madam Secretary – 1×04, 1×05 e 1×06 The Call

Por: em 1 de novembro de 2014

Madam Secretary – 1×04, 1×05 e 1×06 The Call

Por: em

Madam Secretary pode ter tido um início morno, com problemas de foco e distribuição de tempo, mas os últimos três episódios mostraram que a série encontrou seu tom e está desenvolvendo bem uma trama de fundo aliada aos casos da semana.

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Os Estados Unidos se envolvendo em problemas de outros países já é quase uma regra na série. Em Just Another Normal Day a fragilidade das relações diplomáticas  foi exposta quando  uma menina chinesa pedindo asilo quase arruinou um acordo complexo envolvendo a China e o Japão. Assim como um A foi responsável por salvar a vida de um agente em The Operative, desta vez um plano de reencontro familiar e seus trágicos desdobramentos quase provocaram o que eles – exageradamente – chamavam de uma terceira Guerra Mundial.

O grande momento, no entanto, veio no final, quando foi revelado que o ex-secretário de Estado tinha planos de dar uma rasteira no presidente, levantando novamente as suspeitas de que sua morte não foi um acidente, e, inclusive, colocando o próprio Conrad como principal suspeito. A teoria faz ainda mais sentido se pensarmos na  sua insistência em chamar Bess para o cargo, uma pessoa completamente avessa à política.

Apesar de morto, Marsh já é um dos personagens mais interessantes de Madam Secretary. Em Blame Canada vimos que as pessoas ligadas a ele também não eram lá muito confiáveis. Seu negociador no Oriente Médio estava bem longe de ser adepto da diplomacia e se a própria Madam Secretary não tivesse entrado no jogo com os iranianos, uma intervenção militar desnecessária seria acionada.  Tudo isso fez acender uma luz vermelha sobre Nadine, ex-amante do Secretário.

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The Call foi o melhor episódio da série até então. Pela primeira vez a intervenção americana em assuntos internos de outro país foi problematizada através de um viés político em vez de simplesmente mostrarem Elizabeth e sua equipe como os salvadores das pátrias. Todas as reviravoltas foram conduzidas de forma coerente e tanto a mudança no discurso de Bess quanto o envolvimento do padre com o tráfico de drogas conseguiram surpreender.

Outro ponto muito positivo no episódio foi a quebra do onipresente maniqueísmo com que os assuntos  são tratados. Ver um padre envolvido com o cartel mexicano já é bastante incomum, mas saber que ele não faz isso por dinheiro e sim por ser a sua única forma de ajudar as pessoas foi uma boa sacada que fugiu da superficialidade com que os temas costumam ser abordados na série.

A investigação sobre Nadine aparentemente provou a sua lealdade à Bess e ao seu emprego, mas eu não tiraria os olhos dela ainda, e acho que a Secretária também não vai fazê-lo. A grande questão é: se George estava certo sobre a morte não acidental de Marsh, qual seria o motivo de McCord estar em perigo também?

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Algumas observações:

– O romance de Matt e Daisy só é bom para termos mais Patina na tela, porque, como diz a Nadine, ninguém se importa.

– A filha mais velha dos McCord se tornou uma pessoa melhor depois de arrumar um emprego. O posto de chata da família agora caiu no colo da irmã do meio.

– Não imaginava que o professor Henry tinha um passado militar. Interessante conhecer essa sua faceta.

– Aliás, falar sobre seu passado deu uma ponta de vontade de ver flashbacks do passado de Elizabeth na CIA, mas esse não é o estilo narrativo da série.

Madam Secretary ganhou uma temporada completa de 22 episódios, então ainda temos bastante tempo para acompanhar o desenvolvimento da trama de Bess e sua equipe. As reviews  atrasaram nas últimas semanas por causa de uma viagem de férias, mas agora voltaremos à programação normal! Curtiu os últimos três episódios? Se empolgou com o que vem por aí? Deixe seu comentário!


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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