Quem diria que aquele início da terceira temporada de Sex And The City com a Charlote bêbada gritando que aquele seria o ano em que se casaria era pra ser levado a sério? O ano de 2000 foi surpreendente para as nossas novas melhores amigas. Mais uma vez, vimos como diversos assuntos assustadores, principalmente há dezesseis anos, são tratados com uma inteligência incrível. As mulheres podem ser o quiserem? Ter tudo o que desejam? Fazem isso pra se satisfazer ou para estarem em um determinado padrão? Por que não podemos ser um pouco santa e um pouco atrevida? Sonhar com o conto de fadas ou com a praticidade da vida moderna faz de alguém certo ou errado? Tantas questões que passam no nosso cotidiano sem prestarmos muita atenção, porém que em algum momento temos que enfrentar.
Essa foi uma daquelas temporadas onde o possível e impossível aconteceram, repleta de novas decisões, além do encontro com os “fantasmas” que impedem de seguir em frente e sem falar das incríveis participações especiais.
O melhor dos mundos
Após toda aquela indecisão que sempre foi o relacionamento de Carrie com Mr. Big, o homem perfeito simplesmente apareceu na frente da nossa escritora favorita (e totalmente indecisa). Quem não queria um Aidan todo carinhoso pra chamar de seu? Bom, Charlote teve o casamento dos sonhos com Trey, com direito à ser resgatada pelo príncipe encantado, planejar tudo da maneira que sempre quis e ainda se guardar para que a noite de núpcias fosse perfeita. Já Miranda, nunca imaginava que iria dividir seu espaço com alguém, mas de alguma maneira Steve a fez se sentir pronta pra compartilhar mais, ceder um pouco e se tornar alguém mais otimista. Samantha, como sempre teve tudo o que quis, teve inúmeras conquistas, sempre mostrando como se corre atrás do que quer, porque como ela mesmo disse: “nós mulheres, podemos ter tudo”.
O pior dos mundos
Tá, não quero ser óbvia em dizer que Mr. Big foi o pior desse ano de Carrie, mas acho que desperdiçar toda a confiança que Aidan tinha por ela foi sua pior escolha (além de voltar a fumar, afinal ela parece que só fuma quando está pra baixo). Não conferir o produto antes de comprar pode nem sempre dar certo, e Charlote pagou um altíssimo preço por não ter ouvido os conselhos de Samantha. Miranda descobriu que não estava pronta para cuidar de ninguém, nem de um bebê, nem do seu fofíssimo oposto, Steve, mas não foi nem um pouco fácil deixar alguém ir depois de ter sido tão difícil deixar entrar na sua vida. A descontraidíssima Samantha também levou diversos sustos, desde a possível menopausa ao pavor de fazer o exame de HIV.
“Big wasn’t a crush, he was a crash”
E quando você acha que Mr. Big vai ficar só na memória, e que Carrie o está superando se aventurando novamente, eis que o galã conquistador chega com tudo – mais sedutor e mais casado que nunca (o que parece um mero detalhe para os dois, pelo visto). Tudo isso foi um prato cheio pra encrenca.
Claro que vale textão pra tentar entender o porque Carrie não consegue viver a vida glamourosamente em Nova Iorque sem se quer passar um tempo sem arruinar sua vida pelo Mr. Big. No auge da grande briga dela com a Miranda, a advogada teve uma fala, que poderia ter sido minha em algum momento enquanto eu estava assistindo: “Toda vez que você o encontra, vira essa vítima carente e ridícula”. Palavras bem mais rudes do que a Giovanna comentou lá na primeira temporada, mas que querem dizer o mesmo. Ela se anula completamente por ele. Já estamos ficando mesmo íntimas das amigas mais legais que Nova Iorque poderia nos dar, até pensamos em sincronia.
O que ela teve com Mr. Big na temporada passada foi um total desencontro, ela queria tudo que ele não queria no momento. Mas o engraçado de Carrie é que ela parece estar tão acostumada com isso que quando encontra alguém no seu mesmo timing, simplesmente surta por ser perfeito, e faz a maior burrada que poderia fazer: trair Aidan com o Mr. Big (acho que só pra aumentar um pouquinho a nossa raiva por ele). Eu diria mais, Carrie mereceu ser largada pelo designer e pelo Pete.
Participações especiais
Se Caroline conhecesse essa versão de Max, elas com certeza seriam melhores amigas nos tempos que ainda era milionária, bem antes de 2 Broke Girls. Gente, o que foi essa adolescente rabugenta feita pela ainda pequena Kat Dennings? E antes de ser diretor da SHIELD, Coulson (Clark Greg) saiu por aí fingindo ser médico justo para a “aeromoça” Miranda. Dawn (Alanis Morissette) tirou uma casquinha de Carrie no jogo do beijo. Ah, também tivemos Matthew McConaughey fazendo uma versão babaca ficcional de si mesmo no mesmo episódio em nossa querida Buffy (Sarah Michelle Gellar) interpreta uma irritante produtora.
Look da Temporada
Foi impossível escolher apenas um look, afinal, as flores que Carrie usou como acessórios em toda a temporada chamaram muita atenção. Deixaram uma roupa simples extremamente elegante, como aquelas flores gigantescas no ombro, sem contar que ela usou e abusou do tema e usou flores em tudo: colar, pulseira e até na cintura. Carrie mostrou que um acessório pode sim ser o mais importante do look.
Continuam firmes e fortes na maratona? Será que teremos ao menos uma temporada sem o Mr. Big atrapalhando na vida de Carrie? O que mais estão gostando em Sex And The City? Conta pra gente! Nos vemos nas próximas temporadas!
