A competição agora começou de vez na cozinha MasterChef. Não poderia começar essa review falando algo diferente disto. Se nos três primeiros episódios sentimos uma ligeira falta da pressão, corrida pelo tempo e principalmente de ver pratos executados com técnica no programa, foi tudo isso que reencontramos em um ambiente amistoso e com o clima de amizade que surge nas bancadas de cozinha de cada competidor ali.
Com o clima de competição instalado, os participantes enfrentaram a primeira prova na corrida pelo seu troféu, literal e figurativamente falando, aquela que mais causa frio na barriga até mesmo de nós que acompanhamos o reality, a caixa surpresa. Ali cada participante escolheu seus ingredientes que mais a frente dariam trabalho para serem executados. A caixa surpresa consistia do chocolate ao carré de porco e vastas possibilidades de executar um prato que agradasse o paladar dos chefs. Da mesma forma que ocorreu nas edições passadas, vencer esta primeira prova lhe daria um passe para o mezanino e livre das eliminatórias, sorte que Bruna, a grande vencedora, Gabriella, Thaiana, Fábio, Leonardo e Vanessa tiveram. Enquanto alguns tiveram a sorte de não participar da segunda prova eliminatória, Lee, Guilherme e Lívia não usaram da mesma e, diferente das edições passadas, os piores tiveram uma punição, sendo esta, parte do seu tempo de prova retirado.
Quanto a caixa surpresa, houveram dos mais variados pratos em que os participantes tinham a liberdade de ousar em seus pratos. Lee, juro que quero pegar ele e por num potinho para nunca mais perdê-lo de vista de tão fofo que é, perdeu-se nestas possibilidades e não demonstrou técnica, e, apesar de ter se recuperado nas eliminatórias ainda que meio sem querer, mostra que vai ter que aprender muito mais se pretende seguir na corrida. Guilherme deu uma segurada no seu ego, mas deixou transpassar muito da sua determinação atingindo quase um nível da raiva para sua cozinha. Lívia por sua vez enfrentou as críticas mais duras ali, mas uma coisa é certa, a cozinha começa na cabeça, passa para as mãos e depois para o paladar, e neste processo a competidora se perdeu. Os demais participantes acabaram se perdendo devido o ponto da carne e outros deslizes simples que não os levaram serem os melhores nesta competição.
Ainda sobre a primeira prova, outros competidores ali foram uma surpresa agradável para nós e para o paladar dos chefs, indo da ousadia à técnica, que fica cada vez mais evidente. Em especial Thaiana e Bruna, que creio serem as competidoras mais fortes ali. Ambas mostram um controle e conhecimento enorme no ambiente da cozinha, fatores que contribuem se você quer vencer uma competição onde foco e técnica são suas principais armas. Quem também se destacou nos meus olhos, mas não por motivos bons foi Fábio, que apesar de ter saído a salvo, sua pretensão incomoda de longe. A primeira prova, portanto, teve resultados para lá de satisfatórios e os participantes mostram estar com o nível ainda mais elevado do que estávamos acostumados a ver. Destaco ainda a postura da grande vencedora desta primeira, Bruna, que teve a tarefa de escolher quais pratos seus colegas executariam na segunda prova, e esta mostrou valorizar as amizades ali já que elas vão ser necessárias ainda durante o programa.
A segunda prova e eliminatória, trouxe a cozinha regional para as bancadas e quem pensava que aquele prato feito pela mamãe é simples assim, os jurados mostraram que precisa de muita técnica para executá-los no nível profissional. Em cada tipo de culinária um obstáculo diferente, do ponto de uma carne a uma série de técnicas que precisavam ser colocadas em prática. Aliás, uma coisa ficou clara no início da competição foi que a técnica a partir de agora vai ser algo muito apreciado além da emoção e do sabor de um prato. É lógico que ninguém pretendia ser o primeiro eliminado da competição e os participantes deram todo seu suor e trabalho duro na execução das tarefas escolhidas por Bruna. Em cada prato regional apresentado, que ao todo foram 5 para cada região do país, entregues a 3 participantes, que ficavam incumbidos de representar o patrimônio cultural, é certo que um participante se destacava a cada receita. Pratos feito com carne de pato e até mesmo a rabADA, a tradição foi muito bem representada por Raquel e Aluísio, respectivamente, acho que palavras com ADA realmente dão sorte para o segundo.
Ainda nas surpresas agradáveis da segunda prova, o português Nuno também se saiu bem com a virada paulista e junto aos demais participantes se salvou num nível mediano, sem motivos para comemorações para todos que correram o risco de uma eliminação. E agora quanto à esta, foi doloroso assistir que os piores pratos ficaram a cargo de participantes que deram toda sua emoção na receita executando não somente o passo a passo, mas adicionando suas memórias no que seria entregue. Infelizmente a técnica não foi muito bem executada e Hellen foi a primeira a rodar no programa. Seguimos agora com 20 participantes em uma competição que até mesmo para os chefs, o nível está mais elevado (embora eu discorde deles, mas não estou lá provando os pratos não é mesmo?).
Enfim pessoal, não sei vocês, mas eu senti uma falta imensa deste MasterChef que estávamos acostumados,e vocês, o que acharam do programa? A exibição foi ofuscada pela final do BBB exibida no mesmo horário, espero que aumente e volte a ser o estrondo que foi na edição passada. Até semana que vem pessoal!
Rapidinhas na cozinha:
- “Isso parece comida de boteco, e eu adoro comida de boteco.” – Me diz quem não gosta de uma comidinha de boteco acompanhado de uma long neck geladíssima? E aí Fogaça, já pode ser nosso primeiro date.
- Cozinhar com raiva nem sempre é bom, eu mesma já queimei altos miojos nessa brincadeira.
- Os chefs seguem sendo a coisa mais fofa do MasterChef, o Jacquin então <3
- Estou adorando o clima de parceria na cozinha desde o início, embora não seja fã do Guilherme ele disse uma coisa certa ali, eles são competidores, não inimigos.
- A abertura ficou maravilhosa!
