Uma semana de surpresas definem este episódio de MasterChef Brasil. É bom ver como o reality voltou a acertar no ponto, nossos cozinheiros finalmente demonstrando um pouco do talento que os colocou lá e as provas que se ficam mais desafiadoras para a criatividade e habilidade dos nossos chefs amadores. Vindo de uma sequência de altos e baixos e algumas polêmicas essa temporada do talent show finalmente apresenta uma liga nos componentes que a tornam excelente a cada semana.

Após uma eliminatória que abalou grande parte dos competidores, estes foram determinados a conseguirem um lugar no mezanino em uma prova que seria surpreendente, no mínimo, para todos eles. Afinal, não bastassem cozinhar lado a lado na própria competição com um dos jurados do programa, o chef Fogaça, os participantes deveriam preparar um prato com base na cabeça de porco que estava sob a caixa misteriosa.

Interessante também é como Masterchef vem acertado até nos elementos que trazem os twists a cada semana. Se deparar com uma cabeça de porco te encarando já pode ser uma reviravolta suficiente, isto é, se não estivéssemos falando de um talent show na cozinha. Colocar um dos chefs para participar da própria competição, com os mesmos desafios – tempo, receita, supermercado, entre outros – foi uma ideia interessante e bem melhor que uma anterior a qual fomos apresentados alguns episódios atrás. Quem foi esperto soube extrair da calma que Fogaça exalava na cozinha, embora o peso da competição não caísse sobre ele da mesma maneira. Mas como a própria Paula deixou bem colocado, cada movimento ali era de um maestro. E quem soube tirar disso uma lição tinha o necessário para vencer a prova.

A caixa misteriosa como sempre nos surpreendeu, não só pelo o que guardava, e até mesmo pelo resultado. Os grandes destaques semana após semana encararam o título de pior prato, como foi para Thaiana e Raquel, que foram do topo ao fundo em questão de um episódio. Em um caminho inverso de ambas, Vanessa deu a volta por cima da prova de eliminação passada, onde se salvou por pouco e entregou o melhor prato da competição. Uma surpresa agradável foi a Gleice, embora eu ache que ela não tenha o suficiente para manter-se por muito tempo no programa, foi legal ver a jovem indo para o mezanino por mérito próprio, e isso ninguém pode tirar dela. De longe o melhor da prova foi ver quem esteve muito no topo voltando à estaca zero e outros finalmente tendo o destaque que buscavam.

E por falar em surpresas como mencionei no início, essa semana foram dois eliminados da competição. Aquele que dividiu opiniões e no decorrer do tempo amamos odiar de certa maneira sua determinação mostrando ser um dos mais fortes do programa deixou seu avental para trás. Guilherme abriu mão da competição mostrando que por maior que fosse sua vontade de ser o novo masterchef, não justificaria colocar-se em risco durante as provas que exigiam tanto. Eliminado por fatores externos, demos adeus a um dos competidores mais ambíguos dessa temporada.

Voltando à prova de eliminação, para se salvarem de dar tchau à cozinha os competidores encaram uma receita com base no robalo. Em contraponto à um prato mais rústico feito do porco na primeira parte, o peixe pedia algo bem mais suave e delicado. O desafio também continha em acertar as postas do peixe e caso contrário, seriam penalizados para discrepância. O único que não teve uma desvantagem foi Fábio, que foi de pretensioso ao competidor que possuo mais empatia ali, e ficou completamente perdido na cozinha.

Alguns acertaram na estratégia onde menos é mais, constantemente repetida pelos jurados, outros se perderam nas poucas opções de ingredientes – no caso de Fábio foi o inverso. A eliminação de Lívia pode não ter sido tão surpreendente, mas as circunstâncias que a levaram a isso certamente foram emotivas. A garota também dividiu opiniões da audiência, mas é inegável que sua falta de confiança foi um obstáculo a cada prova que passava e ainda tentou defender um prato que claramente não tinha como ser defendido na sua eliminação. Ela poderia alcançar muito mais, isso é fato, chegando até ser comparada com Eliza.

No mais, na prova eliminatória não foram muitos os destaques, a não ser por Pedro que segue cada vez mais consistente na competição e se mostrando um participante bem forte ali também. Foi bom ver essa queda de Raquel, quem foi a melhor numa sequência grande de episódio acabou tendo uma grande atenção e expectativas sobre, e como a própria disse, agora tem a chance de surpreender novamente.

E vocês, acharam o que dessa semana de MasterChef? Cometem comigo aí e até semana que vem.

Comentários à parte:

• Sentar na graxa virou expressão da minha vida ultimamente.
• Minha torcida do início do programa muda mais a cada semana, Lee já está podendo rodar também.
• Bruna surpreendeu, mas um taco de cérebro de porco, vocês encaram?
• Reclamões de plantão da Gleice no programa: vamos esperar ela ser eliminada por um deslize e de forma justa ne? As comparações que ela entregou algo cru e o mesmo feito pela Lívia chegaram ser absurdas.
• Se o peixe do Léo era acompanhado por ele, eu pediria o prato fácil fácil.