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Masterchef Brasil – 3×19 Top 8

Por: em 13 de julho de 2016

Masterchef Brasil – 3×19 Top 8

Por: em

Se esse episódio do Masterchef Brasil tivesse um nome, com certeza seria: a saga do cordeiro esquecido e a maldição da receita de família.

Masterchef-Brasil-3x19-prova-de-equipe

Cozinhar para famosos e amigos em um hotel já era uma prova interessante. Adiciona-se a isso o fato de que esse hotel era o Sheraton São Paulo WTC e as equipes teriam que fazer um trabalho completo. Dessa vez, não teria aquele staff amigo para levar os pratos até os clientes, eles teriam que rebolar para entregar tudo da forma correta. Um prato bonito, gostoso e quentinho é tudo que a gente precisa, né? À princípio, parecia fácil. Duas horas para atender apenas um quarto? Eles já cozinharam para uma quantidade infinitamente superior. Mas quando chega a hora de colocar a mão na massa, a gente vê que só parece tudo lindo e tranquilo. A vida real em uma cozinha profissional é uma selva. Porém, uma selva bem moderninha, com uma bela vista. O único problema parecia ser a limitação de espaço. Dava até pra ver as câmeras do Masterchef em ação.

Pela primeira vez, Leo conquistou o direito de ser capitão (e por voto popular ainda). Ele estava tão felizinho com isso que deu dó. E toda essa felicidade estava bem contrastante – enquanto ele achava tudo lindo e encarava a prova com otimismo, os outros estavam levemente preocupados. Essa escolha conjunta foi só mais uma jogada contra ele. Todo mundo sabe que, em time de Raquel, qualquer um pode ter a coroa, mas quem manda é ela, no fim das contas. Ela já percebeu isso e está jogando com o poder. Uma atitude de alta esperteza, não? Passar o título de liderança para o amiguinho só para tirar o seu da reta se algo der errado.

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E esse capítulo de Todo Mundo Odeia o Leo não parou por aí. Frente à derrota, Lee colocou toda a culpa sob os ombros do capitão e, desnecessariamente, ficou se comparando para depreciar o trabalho do líder. “Eu ganhei de 45 a 5” – mas é muito mais fácil ganhar quando toda a equipe está em sintonia, certo? O resultado não depende apenas de uma pessoa, querido. Uma coisa é a equipe se motivar e se organizar em torno de um líder querido, o que não aconteceu com o time de Leo. Também me chamou a atenção que, durante as enquetes do Twitter, a vitória do time azul era esmagadora. Seria esse o reflexo da torcida que Leo conquistou? Claro, com uma grande ajudinha dos fã clube da Raquel.

Por falar em resultado, estava tudo nublado desde o começo. Como seria feita a avaliação das equipes sendo que cada um serviu um grupo diferente? No fim, acabou que os chefs avaliaram, levando também em consideração as reclamações dos clientes. E é aí que entra a questão problema. O que é pior: a) servir uma carne em um ponto que o cliente não consegue comer, ou b) esquecer um prato na cozinha, contando com a sorte de ter um reserva, apesar de não ter sido o que a pessoa pediu? Na minha cabeça, a equipe vermelha já tinha se ferrado completamente com esse equívoco, não importando se tivesse o melhor sabor do mundo. Afinal, o desastre só não foi pior porque a cantora Paula Lima é uma mulher prevenida e pediu um prato extra – que, por mais sorte ainda, a pessoa conseguia comer; imagina se o rapaz não gostasse de peixe? A decisão dos chefs foi simples: se os dois times cometeram erros, vamos considerá-los quites e avaliar pelo sabor. De todos os pratos, somente uma das sobremesas de Raquel saiu vitoriosa – ponto para o #teamBruna.

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Mean Girls versão Masterchef

Leo pode não ter sido o melhor capitão, mas fez o melhor dos pratos na prova de eliminação. Querido pelo público e quase odiado pelos outros competidores, sua solidão no programa é algo de dar dó. Mesmo com o bonde do recalque criticando o tempo todo, ele conseguiu se sobressair e foi bastante elogiado pelos chefs. Sua confiança deu resultado, finalmente. O mesmo valeu para Aluísio, só que de um jeito negativo. Ele não queria as asinhas desde o início e o que aconteceu? A vida deu asinhas pra ele. E seu pessimismo todo fez com que ele voasse para fora do programa.

Lee foi totalmente errado o programa inteiro com seus comentários desnecessários, mas em uma coisa ele estava certo. Prato de família não ganha prova e dá um baita azar. Nuno e Vanessa foram eliminados com receitas de família e, por pouco, Raquel sofre do mesmo fatídico destino (e se torna a Cecília 2.0). Aliás, nessa edição, há um mistério muito grande envolvendo família e Gleice foi a grande prova disso. Em sua primeira eliminação, por exemplo, ela errou em um pão, mesmo sendo sobrinha de padeiros – da mesma forma em que quase saiu na prova das trufas, receita que fazia desde criança. Por isso, acho bom que os participantes que restaram tenham entendido a dica e passem longe dessa pegadinha.

Sempre torci pela Raquel por causa da cozinha organizada e bem feita dela. É triste vê-la entre os dois piores de uma prova, ainda mais concorrendo com dois outros grandes favoritos do público. Do lado de fora da telinha, não dá para saber exatamente como estão os temperos e texturas, além do que é comentado pelos chefs. E é por comentários deles que a gente avalia se foi justa a eliminação. Dessa vez, os ventos direcionavam a saída de Raquel: ambos os competidores erraram no ingrediente principal, mas Aluísio pelo menos fez um acompanhamento com belos legumes. Ela recebeu duras críticas sobre o ponto da moela e dos legumes e a acidez do prato, além de que a aparência não combinava em nada com sua elegância de sempre. Sinceramente, acho que levaram em consideração o desempenho anterior os dois para não “errar” na decisão. Para a grande tristeza de todos, qualquer uma dessas duas eliminações seriam um erro, quando outro competidores continuam por lá (Lee e Paula, boatos de que seja uma indireta para vocês).

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Algumas observações:

Fábio está colocando as asinhas de fora. Raquel não está nada feliz com isso.

– “Truque do cozinheiro. Deixar as pessoas com fome para comerem com mais vontade” tá errado isso, é maldade deixarem o povo com fome.

– Ainda sobre a prova em equipe. O mais justo, na minha opinião, seria colocar todos os times para disputar a eliminação. Não foram erros graves? Então, nada mais certo que todos pagarem por eles. Pra ter algum benefício, podiam salvar uma pessoa só e já estava ótimo (ou pelo menos mandar o Fábio pra bucha também, já que ele estava responsável por aquele prato).

– Tá bom que pessoas reais limpam a cozinha com essa felicidade toda. Vocês não me enganam.

– Mais um episódio da dela história de amor platônico de Paula por Aluísio: todos decepcionados com a pouca quantidade de ingredientes que ele pegou e ela sempre na torcida. “Ele é o cara da galinhada”.

– “Ela vai estar com os meus fígados” Parece uma frase que um bêbado diria pra cachaça.

– Fábio estava especialmente chato hoje, agorando o Leo. Só que o mundo, meus amigos, dá muitas voltas.

#Spoiler: quem viu a prévia do próximo episódio já sabe que pela milésima segunda vez nessa edição teremos a prova da Caixa Misteriosa. Sério mesmo que a falta de criatividade tá nesse nível?


Talvez essa eliminação tenha sido a mais difícil, tanto para os chefs, quanto para o público. Dois grandes favoritos do Masterchef Brasil, uma pelo talento e outro pelo carisma, na berlinda, qualquer resultado seria sofrido. Você gostou da escolha dos jurados? O que achou das polêmicas do episódio? Vem comentar com a gente!


Giovanna Hespanhol

Jornalista apaixonada pela cultura pop e por tecnologias. Forte tendência a gostar de séries ruins e comédias água com açúcar.

Bauru/SP

Série Favorita: Doctor Who

Não assiste de jeito nenhum: Game Of Thrones

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