Durante os três meses em que teve que frequentar as reuniões dos alcóolatras anônimos, Bill em nenhum momento se enxergou como os outros participantes. Ele não é um alcóolatra, como poderia sentir empatia por aquelas histórias? Mas ele percebeu que é sim um viciado, de outro tipo, mas igualmente necessitado de ajuda: ele é viciado em Virginia Johnson.
Nesse episódio incrível, vimos o desespero e a impotência desse homem, que mudou tanto desde o início da série. E não foi só no penteado (sério, o que é aquilo?). William Masters passou de um homem arrogante e frio para alguém vulnerável e disposto a se abrir e fazer concessões em seus relacionamentos.
Seria bem incoerente se depois de tudo o que ele e Libby viveram os dois voltassem a ficar juntos. E, ainda bem, isso não aconteceu. A conversa franca que tiveram foi muito importante para os dois. Para Bill, porque ele se deu conta de que só estava tentando não ter que encarar seus sentimentos por Virginia, e para Libby, que agora pode seguir em frente sem ressentimentos.
O fato dele ter preferido assumir a culpa no julgamento também mostrou que ele continua pensando mais em Virginia do que nele. Preferiu ser visto como um ‘degenerado’ perante a sociedade do que acabar com a vida dela se o caso extraconjugal dos dois viesse à tona. Aliás, o discurso sobre como o trabalho dos dois mostrou que todos nós temos desvios sexuais, que sermos únicos é a norma, foi lindo.
O episódio também tratou do tema da homossexualidade, com as histórias do novo secretário Guy, e da nossa querida Betty. Que bom ter Sarah Silverman de volta!
Achei que a Helen não falaria nada para os pais, mas ela falou e a cena foi linda. A história se passa nos anos 60 e é tão atual, infelizmente. Duas pessoas que se amam, que estão construindo uma família, tendo que fingir que são apenas vizinhas é triste demais. Quero mais dessas duas, por favor roteiristas!
Sobre Art e Nancy, não sei o que pensar. Os dois descobriram que tudo na clínica está sendo gravado, não sei o que podem fazer com essa informação. Provavelmente nada de bom. Por mim, já poderiam ir embora.
Acredito que a segunda metade da temporada deve se focar agora em como Bill vai lidar com todos esses sentimentos e, principalmente, com Virginia, que já demonstrou que quer voltar a se relacionar com ele. Quero muito acompanhar esse desenrolar. E vocês, o que tem achado da série até aqui?