Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Melhores do ano #2: As 10 melhores estreias de 2013

Por: em 22 de dezembro de 2013

Melhores do ano #2: As 10 melhores estreias de 2013

Por: em

Depois de elegermos os melhores retornos, agora é hora de falarmos daquelas séries que surgiram na TV esse ano, mas que já conquistaram o coração e a admiração de alguns fãs.

Mantivemos o mesmo esquema: Cada colaborador votou em número X de séries e, a depender da colocação Y em que a série foi posta, ela recebeu Z pontos. Somamos tudo e chegamos a um top 10.

Vale sempre lembrar, os textos podem conter spoilers pra quem ainda não assistiu as séries em questão e que a lista segue uma ordem alfabética.

 

Brookylyn 9-9 – por Olivia

Brooklyn 9-9

Brooklyn Nine-Nine é uma comédia policial dos produtores de The Office e Parks and Recreation, mas, diferentemente das outras, não tem ninguém falando com a câmera. Ela é uma espécie de sátira de todas as séries policiais que se tem na TV, mas de uma forma inteligente e não óbvia. Brooklyn Nine-Nine é liderada pelo comediante do Saturday Night Live, Andy Samberg, mas são seus colegas de elenco (e seus personagens) que roubam a cena. Tem todo o tipo de personagem, o policial fortão que tem medo de levar tiro, a secretária que sempre tem um comentário a fazer, a policial durona que não sorri, o chefe gay sem expressão e tudo fica melhor ainda quando todos os personagens estão juntos. A série não está perfeita (ainda), pois ainda acho Samberg muito exagerado, mas, mesmo assim,  Brooklyn Nine-Nine, que recebeu duas indicações para o Globo de Ouro, é uma série imperdível para quem adora uma comédia.

 

Hemlock Grove – por Renata

hemlock grove

Hemlock Grove foi uma das estreias do Netflix este ano e se apresenta como a aposta de terror do canal. A história se passa em uma pequena cidade, tem como um dos personagens principais um lobisomem e após ocorrer o assassinato de uma jovem, um rapaz cigano é acusado é acusado do crime. Premissa batida e clichê, não é mesmo? Até concordo, mas o desenrolar da história acontece sem pressa e com qualidade, tanto de roteiro, efeitos e direção quanto de construção de personagens. Com 13 episódios, um final redondo e uma nova temporada encomendada, Hemlock conquistou o público com um balanço ideal entre terror, suspense e momentos de alívio cômico, além de ter plot twists que fazem com que uma maratona – afinal a série foi disponibilizada toda de uma vez e depois que você começa a assistir não consegue mais parar – não se torne algo maçante. Os fãs do gênero que ainda não deram uma chance à adaptação do livro homônimo de Brian McGreevy devem aproveitar o recesso de fim de ano e desfrutar de uma das melhores estreias do ano.

 

House of Cards – por Aline

House of Cards

House of Cards é de longe a melhor estreia do ano. E digo isso, não porque seu protagonista é interpretado por Kevin Spacey ou porque a série é dirigida por David Fincher, mas também pelo combo que os dois trazem. A trama não tem enrolação e desde o primeiro episódio vemos tudo acontecer, funcionar. Não há tempo morno em House of Cards. Um seriado sobre manipulação política geralmente não me chamaria à atenção, mas essa grande aposta do Netflix é inteligente e traz uma meditação sobre o que já sabemos que acontece na administração de governos, mas preferimos ignorar. O cenário, além disso, conta como a manipulação da mídia por distorcer qualquer interesse político e influenciar o povo. Sem dúvida uma série que vale ser assistida.

 

Masters of Sex – por Cristal

Master of Sexs

Todo ano, na temporada de premiações, eu sempre acabo decepcionada ao ver alguma série que eu não conheço sair vencedora. Acho que é algo que acontece com todo mundo: torcer contra o que não se conhece. E quando anunciaram Masters of Sex, e o primeiro vídeo promocional foi divulgado, me veio a certeza: era essa a nova aposta da Showtime a levar tudo quanto é prêmio pra casa, e eu não podia ficar de fora dessa. Minhas previsões ainda não se confirmaram, mas tudo aponta que sim. Uma série de época com excelentes atuações de todo o elenco (principalmente o protagonista Michael Sheen), baseada numa história real e transgressora, tem como não ser reverenciada pelo Globo e Emmy? Pra quem ainda não deu uma chance a série, ela conta a história de Bill Masters e Virgina Johnson, pioneiros no estudo da sexualidade que, nos anos 50, começaram a desenvolver uma pesquisa para entender melhor a sexualidade o orgasmo – principalmente o feminino. A série, que já foi renovada para uma segunda temporada, foca não só nas pesquisas, como também na vida privada de Bill e Virginia, de suas “cobaias” e de mais alguns colegas do hospital. Sempre destacando o sexo como fator impulsionador das relações humanas, sem banalizá-lo ou endeusá-lo, mas sim como elemento de libertação na vida dos personagens, principalmente mulheres, que, em uma época muito mais machista do que a nossa, ainda lutavam para compreender (e aceitar) seus próprios corpos.

 

Orange is the New Black – por Laís

Orange is the new black

Não dá para falar das melhores estreias sem lembrar de Orange is the New Black, uma das melhores surpresas de 2013. A Netflix mais uma vez acertou em cheio criando uma improvável dramédia que subverte qualquer ideia que você tenha sobre uma série ambientada em uma penitenciária feminina. O público conhece junto com a protagonista, Pipper Chapman, as regras, dificuldades e histórias de vida das detentas de um presídio federal, com o grande diferencial de encontrar sensibilidade e humanização no lugar da violência e agressividade que normalmente cercam as obras que abordam esse tema. As personagens têm histórias de vida tão bem construídas que a empatia que o espectador sente por elas é inevitável, e o elenco diversificado e extremamente talentoso é fundamental nessa identificação. Ousada, Orange toca em assuntos considerados tabus como religião, transexualidade, uso de drogas dentro da prisão, além de levantar questionamentos sobre a eficácia do sistema carcerário americano sem perder a leveza e a naturalidade, suas principais características. A primeira temporada conseguiu passear entre lágrimas, risadas, romances e tensão na medida certa, além de fazer com que o público se apaixonasse e se identificasse com as personagens. Se você ainda não assistiu, corra, porque é imperdível!

 

Orphan Black – por Isabela

Orphan Black

Confesso que comecei a assistir Orphan Black porque estava cansada de ouvir que Tatiana Maslany era a melhor atriz da atualidade. Fiquei curiosa para conhecer seu trabalho e tive que concordar que ela é uma atriz fantástica! Apesar de não ser fã de ficção cientifica, fiquei fascinada com toda a história dos clones. Além disso, o roteiro é bem escrito e os personagens cativantes {como não amar Felix ou Cosima?). É o tipo de série que nos faz querer assistir um episódio atrás do outro, sem parar! A BBC America acertou em cheio e nos presenteou com uma das melhores séries do ano. E que venha a segunda temporada em abril, com novos clones.

 

The Americans por Camila

The Americans

Dentro da mesmice com series com casos da semana, comédias familiares que estreiam aos montes, The Americans fugiu da fórmula e mesmo tendo alguns casos para lidar ao longo da temporada, esta focou principalmente na história entre os personagens e seus dilemas. Personagens estes muito bem interpretados. Conseguimos compreender os seus dilemas morais, relacionados com sua origem, missão e época em que vivem. A interpretação é tão boa que não conseguimos tomar o lado de ninguém, compreendemos o sentimento e a razão de cada um, mesmo que não concordemos com as atitudes tomadas. Conseguimos até torcer para os russos, o que não é uma coisa comum em nenhuma produção norte-americana. A época que a série retrata (anos 80) também é interessante, não é usual nas séries, e é muito bem retratada pela produção. The Americans foi uma boa estreia, um bom drama espião.

 

The Blacklist – por Alexandre

The Blacklist

Durante a pré-fall-season, enquanto eu selecionava aquelas que eu mais esperava, The Blacklist não passou nem perto de estar num top 10. Por mais que contasse com o talentoso James Spader como protagonista, a premissa da série parece ser o mais do mesmo característico das diversas séries policiais: Um condenado que decide ajudar a polícia a capturar outros fugitivos em troca de privilégio. Decidi assistir ao piloto apenas porque estava vendo quase tudo que saia de novo e qual não foi minha surpresa, então, ao encontrar uma série ágil, que em momento algum se manteve presa a essa sua proposta inicial. Nos 10 episódios exibidos, The Blacklist firmou-se como mais que um simples procedural. Expandindo sua mitologia a cada semana, é intrigante acompanhar a relação de Lizzie e Red e tentar descobrir quais os muitos segredos que se escondem ali, enquanto sua parceira cresce e os mistérios ao redor dos dois e de Tom, marido de Lizzie, aumentam. Por que Red é tão apegado a Lizzie? Qual segredo ele dividia com o pai adotivo dela? Quem é de fato o homem da maçã? Tom é realmente o marido amável que aparenta? São muitas perguntas e, toda semana, The Blacklist nos apresenta uma nova peça do quebra cabeça, ao mesmo tempo em que entrega casos da semana excelentes. Como li no twitter, é daquelas séries que surgem na tv aberta de anos em anos.

 

The Originals – por Leandro

the originals

Desde o anuncio dessa produção, fiquei com muito receio do que viria pela frente. Estávamos tirando alguns dos melhores personagens de The Vampire Diaries e colocando-os num mundo completamente novo, onde as “regras” são outras e os caminhos a serem trilhados por cada um deles também. Ao mesmo tempo, aqueles já eram velhos conhecidos nossos. Disso surge o maior desafio da série: se tornar atrativa não somente para os que já conheciam os personagens de longa data, mas também para aqueles que nunca tinham ouvido falar da família Original. E mesmo com seu começo manso – igual ao episódio exibido ainda na sua série de origem -, o spin-off produzido pela CW mostrou que tinha potencial. Introduzindo alguns novos e excelentes personagens, o pano de fundo era perfeito para que mais do passado de Klaus, Elijah e Rebekah fosse mostrado pouco a pouco. Numa crescente surpreendente, The Originals foi entregando, semana após semanas, episódios com uma qualidade de roteiro inesperadas. A trama era muito bem trabalhada de modo a sempre enganar o espectador do caminho que iria percorrer, os personagens, sejam eles conhecidos ou não, ganharam novas proporções e, com isso, a série conseguiu conquistar seu espaço independente dentro da emissora. Com uma das audiências mais sólidas do canal atualmente, dificilmente não teremos a série de volta na próxima fall season e que isso seja ainda mais estímulo para que continue-se trabalhando em cima de tramas inteligentes e surpreender para esse fiel público que vem acompanhando o começo dessa nova história.

 

Utopia  – por Douglas

Utopia

Com apenas seis episódios, a primeira temporada de Utopia é de longe a melhor estreia do ano para mim. Nela você vê um elenco afiado, um roteiro ágil e intrigante, além de uma linda fotografia, que contribuíram para que a série apresentasse uma qualidade consistente que não é vista facilmente nas novidades atuais. Em Utopia, acompanhamos um grupo nerd que, após encontrar um manuscrito de uma HQ não publicada, se vê envolvido em eventos de caráter conspiratórios. A história é completamente envolvente e logo nos primeiros minutos do piloto a pergunta “Where is Jessica Hyde?” ficará gravada em sua cabeça (quem já viu entende do que estou falando). Por conter poucos episódios, nenhum minuto é desperdiçado em coisas desnecessárias e o ritmo é bastante ágil, mas não o bastante para que que tudo seja feito às pressas e sim em uma medida certa. Com uma segunda temporada já garantida, Utopia merece uma conferida de todos os Apaixonados por Séries.

 

___

Dia 26, teremos a terceira e última parte deste especial, com as maiores decepções de 2013.

Até la, conta pra gente qual foi sua estreia favorita do ano.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

×