My Mad Fat Diary é uma série britânica, que começou a ser exibida em 14 de janeiro de 2013, pelo canal E4. Escrita por Tom Bidwell e inspirada no livro “My Fat, Mad Teenage Diary”, a série acompanha a vida de Rachel – Rae – Earl, uma adolescente obesa que acaba de receber alta de uma clinica psiquiátrica. Como sugestão de um dos médicos ela começa a escrever um diário que, além de ajudá-la a passar pelo delicado período de adaptação, é o meio pelo qual conhecemos Rae (todos seus conflitos, expectativas e problemas), sua família caótica e seus novos – e adoráveis – amigos.
A veracidade e honestidade com que todos os temas são abordados é umas das maiores qualidades da série. Os problemas psicológicos são tratados com seriedade, sem jamais depreciar ou vitimar seus portadores. Você consegue entender e sofrer com a Rae, mas percebe que ela é muito mais que uma adolescente acima do peso e problemática. Outros temas também foram abordados, como o abuso sexual e o medo de assumir sua sexualidade. O drama é sutil, sem exageros ou apelações, e sempre colorido por um humor inteligente e realista.
Todo jovem na fase da adolescência sofre um pouco. Uns porque não querem aceitar que sua fase de criança está acabando, outros porque não conseguem se enquadrar na escola e também tem aquela grande maioria que em algum momento de sua adolescência, infelizmente sofreu bullying de seus colegas. Rae é um pouquinho de cada um desses adolescentes. Quando a conhecemos, com toda aquela atitude e bom gosto musical (falamos sobre isso mais tarde), nós já a amamos logo de cara e pensamos “nossa, eu queria ser como ela”. Mas o fato é que Rae também é insegura com o seu corpo, com o medo de sua doença não ser aceita pelos seus amigos e de ainda não ser “experiente” o suficiente para sua idade.
Além de achar essas desconfianças super normais pra idade (afinal quem não passou por um deles nessa época?), mesmo no decorrer da série, quando conhecemos um pouco mais do drama da personagem, ela não deixa de mostrar o quão decidida e forte ela é. Rae é a alma da série, e não só por ser a protagonista, mas sim por mostrar que mesmo com seus problemas, o importante é ser autêntico e verdadeiro consigo mesmo! E claro né, ela ensina a como ser Diva! Sério, gente! Como pode alguém ser tão legal daquele jeito? Quero ela como minha melhor amiga já!
Peça fundamental no tratamento da Rae e dono das melhores quotes, Kester primeiramente nos deixa desconfiados, mas depois… Eu prometo que é só amor! Uma das características mais marcantes do personagem é que ele não é caricato, perfeito. Ele também erra, tem defeitos e problemas como qualquer um de nós. Afinal, não existe vida perfeita nem no mundo das séries! Porém o melhor mesmo são os seus conselhos, que conseguem tocar a gente como se tivessem sido pensados para nós que estamos assistindo aos episódios. É como ter seu próprio terapeuta sem sair de casa!
De agora em diante ou as pessoas te aceitam por quem você é, ou elas podem ir se ferrar.
Talvez o melhor da série sejam realmente seus personagens. Nenhum outro seriado possui um grupo tão adorável e apaixonante. É impossível não amá-los e perceber como são complexos, divertidos e verdadeiros. A gang quando estão juntos conseguem ser tão carismáticos, que você também se sente parte de um deles. Você consegue se identificar com o jeito, os hobbys e até com as loucuras que os amigos fazem juntos. Outra relação importantíssima na vida da Rae é com sua mãe Linda, com quem ela tem uma relação bastante conturbada, principalmente depois da chegada de seu novo namorado da Tunísia.
Gang <3
A série é ambientada nos anos 90, então pra quem não cresceu na época, é bem interessante ver como os adolescentes se comportavam naquela década. Além de claro, aqueles figurinos maravilhosos, que você começa a sentir vontade de incorporar no seu dia a dia. A forma de comunicação entre amigos também é completamente diferente do que estamos acostumados, afinal na era de smartphones é difícil compreender que quem tinha um celular na época tinha muito dinheiro. Os famosos vídeo cassetes também eram artigo de luxo. Nesse mundo de tecnologia e amizades virtuais, você acaba ficando com vontade de viver na época e se você é da década de 90, vai ficar bem nostálgico.
Os amantes de boa música irão se apaixonar pela trilha sonora da série. Como a própria protagonista se acha a expert no ramo, claro que só bandas boas estariam em sua playlist. Ela escuta Oasis, Weezer, The Charlatans, Radiohead, Blur, The Cure e a música que vai marcar sua experiência na série, Spaceman de Babylon Zoo. Porém se você é fã de música pop a série também não te deixará desamparado, já que Backstreet Boys e Spice Girls também fazem parte desse cenário.
E se tudo isso não for motivos suficientes pra vocês, eu falo mais um! Vamos combinar que o sotaque britânico já é um charme por si só. Só de ouvi-lo a gente até se derrete um pouquinho. Porém quando ele é acompanhado por caras gatos, como acontece em My Mad Fat Diary, aí a sua crush vai pra outro nível! E olha, tem gatos de todos os estilos! Se você prefere o geek romântico, o carinha com bom gosto musical, o que aceita convite pra qualquer festa, o impulsivo e problemático ou até o fofo tímido, fica a seu critério decidir em qual deles você vai gamar, porque sem brincadeiras, todas as pessoas que eu conheço e assistem, acabam se encantando por um deles (né Finn? <3).
A série atualmente já lançou duas temporadas e a terceira e última, com apenas 3 episódios de uma hora de duração cada, será lançada hoje. Corre lá, assiste a série, que dá tempo de acompanharem comigo as reviews todas as quintas feiras.
Ps: Obrigada, Thaís por ajudar nesse post 😉
