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Narcos – 2×02 Cambalache

Por: em 2 de setembro de 2016

Narcos – 2×02 Cambalache

Por: em

“Com todos esses policiais nas ruas, era fácil esquecer… que esta ainda era a cidade do Escobar”.

Pablo Escobar é um homem de muitas faces. Pode ser o benfeitor, o político, o homem de negócios e o pai de família, mas nunca deixa que esqueçam que ele é o maior narcotraficante do mundo, e que se lhe faltam com cortesia, ele sabe dar o troco como ninguém.

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Os Estados Unidos sempre estiveram atentos aos passos de Escobar, e por algum tempo talvez tenham acreditado que apenas a DEA daria conta do recado. Bem, quando um barrigudinho latino que canta Carlos Gardel no chuveiro começa a incomodar o Bush pai em pessoa, é um sinal de que eles precisam de mais que a DEA em ação. Reforços táticos, políticos, bélicos e tudo mais que fosse necessário para dar um ponto final ao tango do patrón. Messina foi recebida com alguma resistência por Murphy e Pena, talvez por ser mulher, talvez por cair de pára-quedas e dar as ordens, mas ela provou que tem bons predicados para a função. É dura, mas não intransigente, sabe a hora de pedir e a hora de mexer os pauzinhos nos bastidores para fazer a máquina girar.

O massacre no bordel por causa da “delação premiada” de Rosa foi mais uma demonstração de poder do cartel, para deixar claro que qualquer sinal de deslealdade será exterminado, levando junto tudo o que estiver ao redor. La Quica matou a culpada, mas acreditou nas suas últimas palavras e foi atrás da amiga de Limón com a certeza de que ela tinha sido a delatora. Ela escapou por pouco, pelo menos por enquanto, mas Limón está definitivamente conectado a Pablo e a tudo que ele representa. Ele conhecia o lado benfeitor que distribui dinheiro aos pobres e ajudou a sua família, mas percebeu que para ser realmente útil para Escobar, ele precisa matar por ele, não morrer.

Pablo começou pacífico, tentou usar a imprensa para dar seus recados, em vez de cadáveres pela cidade. Tentou dialogar novamente, negociar a rendição nos seus termos, mas sem grandes extravagâncias como da última vez – pelo menos teoricamente. Mas o presidente estava irredutível e a polícia parecia cada vez mais próxima da sua família. Ele estava correndo perigo, sua família estava correndo perigo, sua esposa cada vez mais o pressionava por uma atitude, e quando Escobar se vê sob pressão, ele só sabe reagir de uma forma. O massacre orquestrado contra a polícia foi a prova final de que se ele estava em silencio até ali, não era por medo ou falta de opções. Escobar não estava pedindo uma chance de se entregar, ele estava dando ao governo uma chance de escapar de outra humilhação pública. Se não aceitaram, azar o deles.

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Algumas observações:

– Quem diria que um vaso sanitário seria o grande dedo duro da vez?

– Impressionante a forma como Pablo consegue se manter sereno em qualquer situação. Por muito menos eu estaria chorando no cantinho.

– É realmente uma burrice invadir o sítio do Escobar com todos aqueles carros barulhentos e luzes piscando, quase como um aviso de “olar, chegamos! Bota mais água no feijón!”

– Por outro lado, é bem pedante da parte do Murphy acreditar que se fizessem as coisas do jeito deles, daria certo. Né assim não, gringo! Até a mulher com um bebê escapou dele, imagina se o Pablo não escaparia também?

Curtiu o episódio? Ainda está com o tango Cambalache grudado na cabeça até agora? Deixe seu comentário e continue acompanhando a nossa maratona aqui no Apaixonados por Séries!


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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