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Nashville – 5×07 Hurricane

Por: em 15 de fevereiro de 2017

Nashville – 5×07 Hurricane

Por: em

Um bom resumo do episódio é a frase de minha amiga Daphne Conrad:“senhoras e senhores, um novidade na casa dos Jaymes-Claybourne. Não estamos nos falando”. Foi um episódio em que todo mundo resolveu brigar  – e olha que Juliette e Avery nem apareceram. Todos os três “casais” do episódio – Rayna e Deacon, Maddie e Clay, e Scarlett e Gunnar – passaram por situações desagradáveis no relacionamento e tiveram discussões de portes variados em torno do próprio. Ainda que isso seja Nashville 1.0, em Hurricane a coisa ficou um pouco mais explícita, em particular porque enfim, foi só isso o episódio inteiro basicamente.

Comecemos então com o núcleo novela-das-7-do-autor-estreante: Scunnar. O clipe de All Of Me saiu, é um sucesso e os fãs estão amando… Scarlett. Sério, quantas vezes já rolou esse plot de Scarlett ser mais amada e esquecerem que o resto da banda existe? Primeiro com Avery, aí umas duas vezes com Gunnar, aí depois o contrário com ele na turnê… Gente eu acho que chega??? Tá, dessa vez tivemos um incremento que foi a figura de Damien, o diretor (eu nunca vi diretor de clipe dando entrevista em programa matinal de TV aberta mas vamo seguindo), o que torna as coisas um pouco mais complicadas, e por isso mais interessantes. Do jeito que a situação nos foi apresentada, podíamos escolher um dos dois lados: ou entendíamos Scarlett e sua missão de autoconhecimento (virou passeio) iniciada por Damien, o que explicaria a paixonite, ou teríamos compaixão de Gunnar, que está sendo ofuscado e esquecido pela companheira sem ter feito nada que justificasse. No fim das contas, tudo se resolveu com amor gostoso, que parece ser a regra na Music City. E o plot serviu também para nos provar o amadurecimento de Scarlett, que foi uma ideia vendida há um tempo mas tem sido bastante questionável.

Agora vamos para o núcleo teen nova-temporada-de-Malhação: Maddie e Clay. Cada episódio eu acredito mais na teoria de que Clay tem o sol em sagitário, porque vai ter medo de compromisso assim lá em dezembro, viu. Claro, várias questões que atrapalham o relacionamento dos pombinhos já foram pontuadas, desde a questão racial, passando pela problemática neurológica até o rico vs pobre (cansei), mas nenhuma deles foi desenvolvida, nenhuma delas está convencendo, e tudo o que eu escuto quando Clay fala é “blá blá blá”. Achei que com a intervenção de deus Daphne a coisa fosse pra algum outro lugar (achei que a conversa sobre sexo seria esse outro lugar, flopei), mas até agora o relacionamento do casal teen só está se (e nos) enrolando. Algo de verdadeiro precisa acontecer para nos convencer de que vale a pena torcer por Claddie.

Já no casal novela-das-nove-em-crise-de-audiência, Rayna e Deacon, a coisa foi um pouco mais séria. Ressuscitaram a narrativa de autoconhecimento com o álbum conceitual, o que é um bom sinal, já que lá no começo da temporada ela foi de grande valor. E colocaram um microantagonista, o cinegrafista, que ao mesmo tempo serviu para materializar a tensão velada entre Rayna e Zach na direção da Highway 65 e a tensão velada entre Rayna e Deacon sobre o passado do casal. Era preciso que algo do tipo acontecesse, porque não faria sentido eles escreverem um álbum juntos sobre a história dos dois sem colocar todas as cartas na mesa. Foi tudo muito bem construído, ainda que sempre seguindo o mesmo esquema de negação de quando eles voltaram pela primeira vez na era pós-Teddy. Importante também enfatizar as diferenças nas experiências de ambos no período em que se separaram: enquanto Deacon disse sentir que Rayna esteve sempre presente, e alimentar esse sentimento, Rayna preferiu forçar-se a esquecer a ideia de Deacon – missão obviamente não completada. Todas essas diferenças, que foram colocadas debaixo do tapete quando os pombinhos resolveram reatar, voltaram à tona agora que o álbum vai acontecer. E o resultado dessa discussão foi muito proveitoso pra série, com o meio do episódio sendo preenchido por bons momentos, como aqueles que nos fizeram torcer por eles em primeiro lugar. E pra encerrar a trama, uma música DAQUELAS, que só Nashville sabe fazer. My Favorite Hurricane ultrapassou All Of Me e é a melhor música da temporada. Aliás, uma das melhores em muito tempo na série.

Em resumo, foi um episódio repleto de eventos tempestuosos, mas no fim tudo ficou mais ou menos ok. Bem novela-das-seis mesmo. E agora? Teremos nossa Juliette arrasadora de volta ou Juju Valadão veio pra ficar? Comenta aí!

Bônus Adriana Bombom: Ah, e mais uma vez Highway 65 é esquecida no churrasco pela sua proprietária.

Bônus Meu Bebê: Podemos divulgar e enaltecer o trabalho de Daisy Stella, nossa Daphne? Olha como ela é acessível, traz o Emmy pra ela.

Bônus Administração Municipal: Queria saber qual é a daquela ponte. Sabe, a que Deacon e Rayna sempre vão quando tão em crise?Já repararam que todo casal de série ou filme que tem um problema em Nashville, resolve naquela ponte?


Gustavo Soares

Estudante de Cinema, fanboy de televisão, apaixonado por realities musicais, novelões cheios de diálogos e planos sequência. Filho ilegítimo da família Carter-Knowles

São Paulo - SP

Série Favorita: Glee

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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