“Pirraça pai, mãe, filha, eu também sou da família, também quero pirraçar…”

Nem adianta negar. Se você nasceu no começo da década de 90 ou antes disso, provavelmente deve ter lido as palavras acima no ritmo da música de Dudu Nobre que ficou imortalizada como a abertura do seriado da Rede Globo que, após 14 anos, chega ao seu final hoje, em um episódio que promete deixar fãs e não fãs emocionados.

O programa começou com uma encomenda de 12 episódios e termina com o espantoso número de 489 – e, vale ressaltar, durante todo o tempo em que ficou no ar, a família Silva sempre rendeu boa audiência para a emissora, um feito de se admirar. Os motivos para tamanho sucesso? Vários. Podemos citar desde o elenco afinado (Marieta Severo e e Marco Nanini nunca deixaram de mostrar sua química fantástica e atores como Guta Stresser, Pedro Cardoso e Lúcio Mauro Filho ficarão imortalizados em seus papéis), o roteiro certeiro, personagens e situações cativantes e participações especiais. Esse conjunto fez de A Grande Família, durante todos esses anos em que esteve no ar, um dos melhores seriados humorísticos do país.

Marilda, o coma de Lineu, Paulão, Tio Juvenal, as brigas de Agostinho e Lineu… São muitos os méritos do programa. E, vale ressaltar, deixarão saudade. Falando particularmente, nunca fui um telespectador assíduo do programa, mas desde que me lembro por gente, não houve nenhuma vez em que parei para assistir a algum episódio e não soltei deliciosas risadas.

O episódio final, que vai ao ar mais tarde, promete ser mais especial ainda e trará nomes do primeiro escalão da emissora como Deborah Secco, Glória Pires, Tony Ramos, Lázaro Ramos e Alexandre Borges, interpretando os personagens da própria série em um programa que a Rede Globo fará sobre a família Silva. Metalinguagem pura – e já usada em outras séries internacionais, como One Tree Hill e Dawson’s Creek. 

E foi o mestre Tony que, em suas palavras, definiu melhor o que o programa representa.

“É uma série absolutamente inesquecível e que representa muito da nossa brasilidade. O mínimo que eu posso fazer em respeito a esse trabalho lindo deles é me sentir homenageado de poder participar da história deles, um pouquinho que seja.”

É hoje, depois de Império. Um dever de casa pra todo apaixonado por séries! Não vai perder, né?