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O que aprendemos com as séries médicas

Por: em 18 de outubro de 2015

O que aprendemos com as séries médicas

Por: em

São muitos anos – para alguns de nós, algumas décadas – assistindo séries médicas, repetindo os jargões e tendo a certeza de que só nos falta o diploma. Não é? Mas será que aprendemos alguma coisa? Mesmo que haja muito mito e exagero (e alguns equívocos e erros), essas séries despertam nossa curiosidade e, sim, muitas vezes nos ensinam coisas que nem imaginávamos. Para comemorar o Dia do Médico, vamos ver o que aprendemos com nossos queridos médicos da ficção.

Doenças autoimunes – Lupus e sarcoidose

House
Antes de House você ouvia falar tanto em doenças autoimunes? Talvez nunca tenha prestado atenção antes, mas não era algo que eu soubesse explicar se me fosse perguntado. Das autoimunes, Lupus tinha o maior destaque na série – a primeira doença que o Dr. House buscava eliminar da lista de diagnósticos em quase todos os casos. Outra doença autoimune que era recorrente na série era sarcoidose. Ela foi tão citada que quando realmente foi o diagnóstico, nem mesmo os membros da equipe do House acreditaram.

por Fernanda e Janaína

Epi (Epinefrina)

Emily-Owens-MD
É alérgico a amendoins, deus umas bitocas em alguém que acabou de comer e a garganta começou a fechar (Edema de Glote), como no episódio de Emily Owens MD da foto acima? Epi! Batimentos cardíacos baixos ou parada cardíaca? Epi! Em todas as séries médicas vemos, principalmente nas emergências, pacientes que precisam de uma dose de Epinefrina (Epinephrine). Epi, como chamam nossos amados médicos ficcionais, nada mais é do que Adrenalina. Nas séries esse hormônio normalmente é administrado em forma de injeção e rapidinho resolve o problema!

Porcine valve replacement

Greys-Anatomy-S06E11
Logo na primeira temporada de Grey’s Anatomy, um novinho Karev se diverte – assim como nós – quando o Dr. Burke sugere uma cirurgia para inserção de uma prótese porcina numa paciente. Nunca tinha ouvido falar nisso até aquele momento! Há dois tipos de próteses para o caso de problema na válvula aórtica: a biológica e a mecânica. As próteses biológicas têm tecido de porco (as porcinas) ou de boi (as bovinas). Na sexta temporada a Cristina também realiza uma cirurgia de transplante de válvula, a paciente dela não consegue decidir se prefere mecânica ou biológica, depois não sabe se quer de porco ou de boi. Lembram da delicadeza da Dra. Yang nesse caso? hehehe

O funcionamento de um Pronto-socorro

ER
A série médica ER era focada na primeira abordagem de muitos casos médicos: o pronto socorro. O funcionamento é muito intenso e agitado e a série mostrou muito bem o “corre-corre” dos médicos para salvarem vidas. Muitas são as situações onde pronto-socorros lotados imprimem aos pacientes longa demora, mas assistindo ER a gente percebe que o negócio é mais complicado, intenso e lotado que imaginamos.

por Janaína

98% chance de um bebê nascer saudável de uma mãe HIV positivo

Greys-Anatomy-S04E13
Izzie Stevens foi insistentemente e diríamos até antiética com um jovem casal grávido que queria abortar, pois a mãe era HIV positivo e não queria que o filho tivesse a doença e sofresse como ela. Depois de idas e vindas da medica procurando uma solução, ela afirma diversas vezes para a mãe que com o tratamento correto o bebê teria 98% de chance de nascer saudável.

por Camila

Code blue, red, black

Code-Black
Em todas series médicas, quase em todos os episódios que se passam dentro do hospital ouvimos um desses códigos. Se você ouvir um desses três, tem coisa grave acontecendo. Se ouvir alguém gritando pelos corredores, chamando médicos e enfermeiros gritando code blue, tem alguém precisando ser ressuscitado; code red, tem fogo em algum lugar do hospital, e code black, como vimos na nova série da CBS com mesmo nome, é quando o hospital está lotado e sem capacidade de atender todo mundo.

por Camila

Residentes fazem (muita) besteira


Residentes precisam sempre de supervisão, mas seja por causa da rotina agitada dos prontos-socorros (que ocupam o tempo dos superiores) ou por esperteza deles, vez ou outra esses aprendizes aprontam. Na primeira temporada de Grey’s Anatomy, Cristina e Izzie fizeram uma autópsia não autorizada num paciente. Claro que a nazi Bailey descobriu e deu aquela dura nas duas!

Palitos de dente podem ser perigosos

House-Foreman
Sabe aquela história de que não se pode dar ossos de frango para cachorro, pois há risco de perfurar estômago/intestino? Pois é, nossos órgãos também precisam dos mesmos cuidados. Em House o problema não foi osso de cachorro, mas palito de dente. O paciente chegou ao hospital com problemas para respirar e, depois de alguns diagnósticos furados, descobriram que um palito havia perfurado seu intestino. Quem diria que um palitinho poderia fazer esse estrago?

Violência sexual pode acontecer com qualquer um

Private-Practice
Em teoria a gente sabe: qualquer um pode ser vítima de estupro. Mas, na prática, ainda nos assustamos quando sabemos que alguém próximo passou por isso. Em Private Practice, a personagem chefe da cirurgia Charlotte é estuprada. O interessante é que a série explora o fato com cuidado, sob o ponto de vista dela, e se aproxima do que acontece na realidade. Aborda a necessidade de denunciar (e o quanto antes) e todo o processo após o fato.

Enfermeiras mandam no pedaço

Nurses
Em ER vemos como as enfermeiras são subestimadas e o erro que é isso. Abby, Carol e Sam são três bad asses. Claro que acontecem umas coisas erradas, como elas fazendo procedimentos só autorizados para médicos em situações de emergência, mas as personagens mostram o quão fundamentais são essas profissionais.

Alguns erros

Scrubs
É claro que erros são cometidos, afinal, trata-se de ficção. Alguns deles podem confundir os mais desavisados, por exemplo: médicos trabalham dentro das suas especialidades, ou seja, aquilo que vemos de um só médico colher sangue, analisá-lo, operar a máquina de MRI (ressonância magnética), analisar os resultados e ainda operar o paciente, não existe. Existem especialistas para cada etapa dessas – alguns nem médicos são. O outro erro, comum em todas as séries médicas, é usar desfibrilador em caso de assistolia (coração sem atividade mecânica – contrações – e elétrica). Médico olha o monitor, diz que o coração está asystole, manda um charge 300 e depois clear! e o coração volta a bater. Quantas vezes já vimos essa cena?? Só que não adianta, não faz diferença nenhuma desfibrilar um coração sem atividade. Pois é, pessoal, eles também nos ensinam coisas erradas. hehehe


E vocês, o que aprenderam com as séries médicas? Não esqueçam de contar nos comentários!


Fernanda Faria

Adora fazer nada, mas faz tudo ao mesmo tempo. Viciada em séries de tudo quanto é tipo, guarda um espacinho maior no coração para as de temática transgressora. Precisa de uma bela pitada de humor pra viver.

São Paulo - SP

Série Favorita: Breaking Bad

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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