Já não é novidade, ainda mais com a recém chegada 4ª temporada, que Orange is the New Black é uma série que aqui e acolá traz problemas sociais de bastante relevância e com o drama que é muito bem acolhido. Até agora, podemos perceber que o que não faltará nessa season é crítica e situações para problematizar. Afinal, não somos a geração mimimi? Tsc.
É sabido que todos os problemas que as detentas enfrentam na prisão se deve a falta de assistência do Estado e de seus representantes, seja com normas institucionais ou com o abuso de poder por parte daqueles que deviam, ao menos, agir com mais complacência. Mas ao contrário disso, a gente vê discursos prontos e imediatos que no fim das contas só quer dizer uma coisa: “Elas são criminosas! Queriam o que?” Então deixa ver se eu entendi direito, só porque elas cometeram um crime não tem direito a nada? É isso que cês estão falando? Hmmm… Engraçado essa ficção que não é tão fictícia assim. A realidade por aqui é a mesma e as ações também. Vira e mexe somos convidados a acompanhar todo esse falatório de pessoas que acreditam em racismo reverso, meritocracia e que lugar de mulher é na cozinha. Como eu disse, a atual 4ª temporada traz de uma forma mais intensa todos esses problemas sociais e, inclusive, para aqueles que conseguem interpretar além do que se vê na TV, nos faz pensar que isso acontece e não é tão distante assim.
Durante a CorrectiCon (que nome tosco), Caputo ficou encantado com o tanto de implementos que pode fazer na prisão, ainda mais agora que ele está no comando, enfatizando o que bem apontou o seu ex parceiro de trabalho, que o único propósito daquela convenção, digamos assim, é monetizar seres humanos. Além das ideias, Joe não só saiu satisfeito com o que viu como também com o que fez, “defendeu”‘ a Linda e agiu como um cavalheiro em um cavalo branco prestes a resgatar a princesa indefesa. Em contrapartida, recebeu o aviso que ela não é flor que se cheire. Guess what?! Você também não Caputinho!!
Por mais cômico que possa parecer, não existe nada de engraçado em tudo que está acontecendo. Até a higiene das meninas foram comprometidas, a gente tá falando de hi-gi-e-ne, caramba! Não é o luxo de comer pão com queijo e presunto ou almoçar lasanha, a gente tá falando de usar absorventes nos períodos menstruais. E não, Mendoza, não precisa fazer Direito para saber disso, para saber que, de fato, eles estão pisoteando em várias liberdades civis. Mas aquela velha máxima continua de pé, né?! “Você cometeu um crime, detenta.”
O flashback em We’ll Always Have Baltimore ficou por conta da Maritza Ramos e sua vida de golpes em pessoas ricas seja em baladas ou em concessionárias. Foi divertido de assistir, a atriz consegue passar bem o que é a personalidade da latina e traz um toque de humor, principalmente nas cenas do flashback. De fato, ninguém é totalmente ruim e totalmente bom. Seja a Maritza ou a Piper, todas ali tiveram seus motivos, não que justificasse, claro que não! Mas você consegue compreender que não foram crimes aleatórios, teve uma história por trás daquilo tudo, as histórias delas que nem sempre são contadas da forma verdadeira pelas outras pessoas, diga-se de passagem. E é sempre bom retratar isso, independente se for com resquícios de ficção (drones e afins) ou não (estupros e tráfico dentro das prisões).
O drama final ficou por conta da Paipes. Querida, senta aqui com a tia, vem cá da uma desabafada, o que cê tá pensando da vida, amorzinho? Racismo reverso? Supremacia de negros, asiáticos e gays? For real? Para pra pensar na merda toda que ela causou. Sério, gente essa confusão de white lives matter ainda vai dar muito o que falar, e eu bem espero, porque já quero lacrys de discursos pra cima dessas desavisadas! Ah, se quero… Toda essa picunha de concorrência e quem comanda nisso aqui e bla bla, realmente já deu o que tinha que dar. Podem ignorar de boa que eu nem vou reclamar.
OITNB Pride
- “Be careful. Karma’s a bitch. Who’s Karma? That new girl?”
- A cara da Piper quando viu todo mundo desvirtuando a ideia dela, já deu pra sentir que ela fez besteira.
- O que foi a Tastyee pesquisando no google???????? WTF
- Se eu tô achando um amor a Poussey com a Soso?. Estou sim senhora!
- “Yeah. I like dudes. I will never find you adorable. Keep that in mind.” VRÁAAA
- A interação da Morello com a Suzanne é muito melhor do que ela sozinha. Pelo menos ela não fala do marido dela.
