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Orphan Black – 4×02 Transgressive Border Crossing

Por: em 27 de abril de 2016

Orphan Black – 4×02 Transgressive Border Crossing

Por: em

O que fazer quando nem mesmo Sarah Manning está a salvo do perigo? É este o grande questionamento que o segundo episódio da nova temporada de Orphan Black deixa para seus expectadores.

Depois da estreia dedicada ao passado de Beth e às consequências que a levaram a cometer suicídio, a linha temporal vem para o presente, agora sob o ponto de vista de Sarah Manning, para tentar explicar quais os rumos a trama irá tomar nesta que tem tudo para ser a temporada de M.K. Afinal, pelo pouco se se viu até o momento ela talvez seja a única a de fato não estar sob o controle da Dyad. A questão aqui é que tem sido cada vez mais difícil acreditar em uma forma de se manter a salvo, se não, continuar sempre em constante movimento. Por isso, não aposte que a mais arredia das sestras tenha planos para permanecer fixa por muito tempo, já que a mesma dupla responsável pelo último caso analisado por Beth está por trás da busca incansável por Mika.

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O retorno de Sarah traz a trama de volta para mais perto das outras irmãs e Félix, pontuando os últimos acontecimentos que cada um deles vivenciou desde que Manning se refugiou na Islândia. Mais que isso, Transgressive Border Crossing realinha a personalidade de cada um destes carismáticos personagens preparando-nos para o que promete ser o grande mote da temporada: a origem e o modus operandi dos Neos. O importante é que, antes que tudo se torne uma corrida contra o tempo entre Sarah e suas irmãs contra os tentáculos da Neolution, o roteiro retoma a grande empatia dos personagens coadjuvantes da trama. Alternando o suspense com pitadas de drama e comédia, como foram os casos envolvendo a busca de Fee por sua origem, ou o ultrassom de Helena “Hendrix”. E o que dizer sobre a piada relacionada à ovelha Dolly e os primeiros clones produzidos pela ciência? Na realidade, são características que apenas me ajudam a manter minhas expectativas para esta nova temporada.

Mas antes que cheguemos ao grande cliffhanger do episódio, é preciso reassumir os passos de Beth e compreender que Mika na verdade se sente responsável por ter quebrado Childs. Aumentando ainda mais sua cautela e necessidade de manter-se afastada do grupo, mesmo demonstrando que, de certa forma, M.K. sempre esteve atenta ao que andava acontecendo.

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A câmera de vigilância que a princípio serviria para que Beth monitorasse os passos de Paul, na verdade serviu para nos dar outra perspectiva sobre a vida de Childs, mostrando a Sarah e Art, no presente, o quanto Beth havia se perdido no período em que tudo aconteceu. Assim como para trazer de volta os Neos para o radar das irmãs e de alguma forma relacioná-los com os reais responsáveis pela atitude drástica de Childs. Deixando claro aqui que em se tratando de Orphan Black, todo detalhe importa. Assim como seus porquês. Ou mais alguém aí duvida que nos próximos episódios será visto quem Beth foi encontrar disfarçada, ou de qual lugar era aquele cartão-chave, ou de quem era o sangue nas mãos de Childs? Porém, os detalhes vão além das gravações feitas por Beth. Eles estão na forma em como estamos vendo Cosima fragilizada pela doença e pelo desaparecimento de Delphine, como também na recente descoberta de Scott sobre o câncer de Kendall Malone.

A grande questão é justamente o que fazer quando na verdade os Neos parecem estar sempre a vários passos na frente de Sarah e suas irmãs? Já que sempre soubemos não existir aqui uma batalha justa. Afinal, tanto as crianças do Projeto Leda quanto do Projeto Castor, nada mais eram que experimentos em busca do ápice da teoria da neoevolução. Justificando o motivo pelo qual seria de Sarah o papel de hospederia ideal do que para os Neos representa o próximo passo evolutivo do projeto – a mesma larva robótica que tentaram colocar na boca de Delphine. Já que Manning e Helena são as únicas imunes à falha genética, e talvez a chave para o controle e disseminação do que eles consideram o mais próximo de comprovar que a Neolution é o futuro.


E aí, o que acharam do episódio? E o que dizer da cena em que Sarah descobre que na verdade a Dyad a usou como cobaia quando esteve sob os cuidados do grupo? Não deixe de dizer suas impressões aqui embaixo e até a próxima review!


Marcel Sampar

Paulista que puxa o erre pra falar, PHD em Análise do Drama pelas novelas mexicanas reprisadas no SBT e designer de homens palito. Com sérios problemas em se definir por aqui - sim, esta já é minha terceira tentativa em menos de um mês - mas que um dia chega lá!

Rio Preto/SP

Série Favorita: Sex and the City

Não assiste de jeito nenhum: Teen Wolf

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