Depois de um final de episódio eletrizante, Orphan Black traz uma narrativa mais leve em The Stigmata of Progress que seu antecessor, porém não menos importante para a saga de Sarah Manning e suas irmãs. Agora sob a ótica de Rachel Duncan que permanece em um local desconhecido e mantido pelos Neolutionists.
A descoberta de Sarah sobre a larva implantada em sua mucosa bucal faz com que tanto Cosima quanto Allison verificassem a existência dos implantes, algo semelhante ao que foi feito na série quando foi descoberto o fato de que cada uma dos clones do projeto Leda tinham um monitor responsável por informar tudo o que acontecia em suas vidas. Diferente do que vimos no início da série, a ideia aqui foi apenas posicionar o público de que aparentemente apenas Sarah segue como cobaia desta nova tecnologia dada a genética dela e de Helena serem diferentes das outras sestras. E nesta busca desesperada de Manning por Alonzo Martinez – o cirurgião responsável pela extração do implante no vídeo que estava no celular de Dizzy – ela acabou sendo levada até outra ponta solta da investigação de Beth. Um contato que mais tarde vem se mostrar mais uma integrante da cadeia da Neolotion. No entanto, a vulnerabilidade de Sarah traz em cena uma estranha aliança que deverá ser criada entre ela e suas irmãs com Ferdinand. Que agora busca meios de tentar resgatar Rachel, após a mensagem enviada por Charlotte do local onde elas têm sido mantidas.
Perceber que na verdade sua vida sempre foi parte do experimento altera a situação na qual Duncan se colocava, que somada à existência de um novo clone masculino, Ira. Gera ali não só o aumento da mágoa sentida por ela por ter sido abandonada ainda criança, sendo criada pela corporação, como também a torna uma forte inimiga dos envolvidos no projeto desde sua concepção, dentre eles sua própria mãe. E este talvez seja um dos pontos a ser desenvolvido ao longo da temporada, já que aparentemente Sarah e suas irmãs serão obrigadas a se aliar a Ferdinand que talvez saiba como extrair o implante de Manning, e principalmente, porque Kira parece ter começado a demonstrar que existe algo de errado acontecendo com a garota. Não por acaso, isso pode ter a ver com algum tipo de experimento capaz de atingir as ondas cerebrais da filha de Sarah.
Paralelo a isto, acredito que a descoberta dos gêmeos de Helena, no episódio passado, dá sinais de que talvez eles possam vir a ter um importante papel na busca pelo mapeamento das falhas genéticas e principalmente, em achar a cura para a doença pulmonar que atinge Cosima. Mas ainda é cedo para fazer qualquer tipo de suposição, afinal, já existem muitas coisas acontecendo como, por exemplo, a busca de Art por mais informação sobre Duko – e a relação deste com a Neolution. E que na verdade acaba de ser alertado após o ex-parceiro de Beth questionar o porquê de sua visita à casa de Childs enquanto ela estava afastada da corporação. Assim como, por onde andará MK e qual seria de fato a relação de Dizzy em toda a trama. Já a presença da então meia-irmã de Félix surge para reforçar a teoria de que tudo, na verdade, possa vir a ser parte de mais uma estratégia da Topside para continuar controlando os passos de Sarah e suas irmãs. No entanto, acredito que ali a explicação é simples, representa o início do rompimento entre Sarah e Fee, que desde a última temporada têm se distanciado cada vez mais. Por isso não apostaria nada muito dramático uma vez que Orphan Black é muito mais conhecido por sua ação e thriller que propriamente sua carga à Shondaland.
Vale ressaltar que este distanciamento entre Sarah e Fee ajudar a solidificar a estranha aliança das meninas com Ferdinand e, provavelmente, a amizade entre eles só será retomada quando as ações estiverem voltadas para a busca da cura de Kira. Mas enquanto isso não é respondido, assim como por onde anda Delfine (!!), me despeço por aqui e aguardo você na próxima review! Ah, não deixa de comentar o que tem achado desta temporada =D.