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Painel de Doctor Who na Comic-Con 2013

Por: em 22 de julho de 2013

Painel de Doctor Who na Comic-Con 2013

Por: em

O painel de Doctor Who foi apresentado por Craig Ferguson e contou com a presença do produtor Marcus Wilson, os escritores Steven Moffat (ou como Ferguson o chama, o bastardo que matou Amy e Rory), Mark Gatiss, David Bradley, e os atores Matt SmithJenna Coleman. Ferguson dá boas vindas à todos e em especial à Jenna, com um simpático “bem vindo ao meu mundo, onde você é seguido por gente estranha o tempo todo”.

Doctor+who-50th+Anniversary+Comic+con-5

Ferguson é fã de Doctor Who, sua primeira pergunta é dirigida então à Moffat. Ele pergunta se agora ele tem um senso de responsabilidade maior do que quando ele começou a fazer a série, já que ele não trabalhou nisso o tempo todo. Moffat brinca que ele tinha só dois anos quando Doctor Who começou,  teria sido uma escolha estranha. Na verdade ele não pensa na responsabilidade, é somente muita animação fazer a série, você só pensa “eu vou fazer Doctor Who!” Moffat também falou sobre as mortes de Amy e Rory e diz não ter se arrependido do que fez. Diz que foi a emoção de toda uma vida e adora que isso destrua cada dia do seu ano.

David Bradley diz que tem sido um fã da série desde sempre e que assistí-la todo sábado a noite se tornou rotina. “O pub tinha que esperar.” Ele também acrescenta que ele foi ficando um pouco odiado devido ao seu papel em Game of Thrones, e que os convites de casamento secaram (Bradley interpretou Walder Frey, um dos responsáveis pelo tão falado Casamento Vermelho).  Ele também interpreta o primeiro Doutor em Adventures in Space and Time, que conta a história da criação de Doctor Who.

Questionado sobre o tão esperado especial de 50 anos, Moffat diz apenas que ele é uma junção de um pouco de improviso e decisões imediatas quanto de um plano prévio que já existe há anos. Há elementos desenvolvidos há algum tempo que estarão presentes no aniversário, segundo o showrunner.

Ferguson, em seguida, provoca o cast sobre a química e tensão sexual que aparece entre o Doutor e suas companions. Matt Smith rebate, afirmando que “depende do ator que interpreta o Doutor” e emenda: “Se você olhar para Dave (Tennant), o Doutor dele faz muito mais sucesso com as meninas. O meu é mais desconcertado.” Jenna também entra na conversa, afirmando que o Doutor de Smith é assexuado, mas que o Doutor, em sua essência, é genuinamente sexy. Mudando o assunto, Smith diz que está muito ansioso para o futuro, que tem sido uma jornada maravilhosa interpretar o Doutor e que ele quer fazer do especial de natal deste ano o seu melhor. Ainda no clima do especial de 50 anos, são exibidas algumas imagens de David Tennant, Matt Smith e Billie Piper, além de muitas explosões e fugas.

Doctor+50th+Anniversary+Comic+con-4

Logo depois, foi a vez do microfone ser aberto para a plateia e o início da sessão de perguntas e respostas.  Uma das primeiras foi dirigida a Smith, que foi questionado se havia alguma chance do Doutor vir até a América. O ator disse que um dos seus desejos era gravar um especial de Natal na América. Moffat emendou que não descartará a ideia futura e Mark Gatiss já sugeriu até o roteiro: Uma invasão alien na Comic-Con. A plateia pareceu gostar um pouco da ideia.  Moffat também respondeu que não gosta de escrever os episódios que se passam em épocas passadas e que por isso quase sempre os passa para os escritores mais envolvidos em pesquisa do que ele.

Como não poderia deixar de ser, surgiram muitos questionamentos sobre a escolha do novo Doutor. Moffat aproveitou a chance e falou um pouco sobre a personalidade do Doutor. “A grande coisa sobre o Doutor é que ele não tem uma idade definida”, explica Moffat . “Ele é uma criança, um velho mal-humorado, um homem de meia-idade. O que Matt fez melhor foi combinar o velho e a criança. O Doutor não sabe que ele é o herói. Ele ficaria surpreso ao descobrir isso. Ele é um grande garoto e um homem velho, ao mesmo tempo, e nós o amamos por isso.” Sobre a escolha do novo ator, Moffat é categórico: “Nada está definido ainda, então não esperem um anúncio em breve.”

O próximo assunto é uma possível volta do Capitão Jack. Um fã questiona porque ele não está no especial de 50 anos e Moffat diz que eles não podem presumir o que está e o que não está no especial, exceto pelo que já foi divulgado. O showrunner diz que adora o personagem de John Barrowman e que, se houver uma boa história, não vê nenhum motivo para que Jack não volte a Doctor Who.

Quando o assunto é “episódios”, Moffat conta que a ideia para Asylum of the Daleks surgiu quando ele percebeu o quão intrigante seria estar em uma sala com os mais diversos tipos de Dalek. Gatiss diz que adorou ter Diana Rigg em um de seus episódios (Crimson Horror) e que gostou especialmente de poder colocar um alien parasita no corpo dela.

Questionados quais personagens gostariam de ser no show se pudessem escolher algo diferente do que interpretam, Matt Smith e Jenna não demoraram a responder. Matt disse que queria ser o The Master, enquanto Jenna respondeu Strax. Já Moffat, disse que o sonho de sua vida é interpretar o Doutor um dia. A próxima pergunta foi o que eles fariam se pudessem usar a TARDIS para ir até um determinado momento em sua vida. Smith deixou a plateia intrigada ao afirmar que algumas coisas não podem ser ditas em uma sala cheia de gente.

Ferguson perguntou a Moffat se ele pensa na audiência enquanto escreve o show e o showrunner foi direto em sua resposta. “A única maneira de escrever algo é escrever para você mesmo.”

Momentos favoritos de River Song? Smith diz que ama a cena onde ela está sendo presa e de repente ele volta e os dois se beijam. Moffat diz que gosta muito deste momento porque é a primeira vez em que vemos o Doutor realmente beijar alguém e não ser beijado.

Antes do encerramento, Moffat é perguntando se houve algum episódio em que ele acha que foi “longe demais”. Sua resposta foi que Doctor Who deve ser assustador. É assim que as pessoas querem e foi isso que o consagrou. “Quando eu era criança, eu me assustava com Doctor Who.” Mas ele reforça que, sim, claro, há um limite que eles não podem ultrapassar.

 

Outros momentos:

– Jenna disse ter se divertido muito ao ver alguma pessoas usando cosplays de Clara e do Doutor

–  Moffat tem uma estátua de Weeping Angel  em seu jardim e ele e Smith cogitaram como seria legal colocá-la no jardim de seu vizinho e fazer Matt bater em sua porta logo depois.

 

Para encerrar o painel, foi exibido um musical que Craig Ferguson fez sobre Doctor Who:


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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