Um dos painéis mais aguardados dessa Comic-con foi o comemorativo de 50 anos de Star Trek, prometendo muita coisa boa para a nova série da CBS anunciada para janeiro de 2017. Com uma enorme fila de fãs esperando do lado de fora do Hall H para começar, todos foram surpreendidos por Bryan Fuller (que será o Showrunner da nova série) distribuindo donuts para quem estava por lá.
Como o salão onde tudo ocorria é grande, houve um certo atraso para todos entrarem e se acomodarem. Bryan Fuller e William Shatner subiram logo ao palco e Bryan Fuller diverte o público com tudo o que querem ouvir, ele afirmando que não queria ser escritor, queria ser escritor de Star Trek.
Quem também subiu ao palco foi: Brent Spiner, o tenente Data; Michael Dorn, o tenente Worf; Jeri Ryan, Seven of Nine; Scott Bakula, o capitão Jonathan Archer, garantindo a representatividade de todas as séries da franquia no painel de comemoração dos seus 50 anos.
Shatner afirmou logo no início que adoraria interpretar o Capitão Kirk novamente quando perguntaram a ele se pudessem desfazer a morte dele, se seria bom ter ele no papel.
Logo o painel fica bem político quando os atores começam a comparar a visão otimista do criador da série com tudo o que temos vivenciado de ruim nestes dias. Bryan Fuller ( que foi o moderador do painel) ditou o tom da conversa ao afirmar que a franquia poderia servir de antídoto para a o que vemos atualmente na política: “Pense sobre o que está acontecendo na América e pense na promessa de [futuro de] Star Trek e o que podemos fazer para chegar lá”. Todos os presentes falaram sobre o assunto.
“Star Trek em geral tem sido sobre direitos dos indivíduos sobre respeitar a todos, sem se importar com quem ou o que eles são”. Brent Spiner continua sobre a importância de Star Trek nos dias atuais: “o mundo poderia pegar umas páginas de Star Trek e aprender a respeitar todo mundo”.
Dorn, que interpretou um Klingon, uma espécie que foi inimiga na primeira série e depois se tornou um aliado nas seguintes, afirmou que o criador Roddenberry deu uma dica importante aqui: “Ele queria que todos evoluíssem, que os personagens evoluíssem… Ainda tinha um tanto de gente que não gostava dos Klingons, mas eles aprenderam muito uns sobre os outros”.
Jeri fala sobre Borg: “ele respeita todas as espécies, eles ficam com o melhor de cada uma delas”.
Bakula vê Star Trek como um ponto de esperança e diz que mesmo nos momentos mais escuros ele tem esperança que os seres humanos vão dar um jeito de se entender.
Shatner também falou sobre sustentabilidade e sobre o meio ambiente, que ele perguntou a um ecologista se já é muito tarde, se já chegamos num ponto que não tem mais volta e o seu amigo respondeu que ainda há muito mistério na natureza que irá nos surpreender.
Fuller até pediu para todos que estavam presentes se dessem as mãos e deixassem o painel com promessa de amor, esperança e que tomassem responsabilidade para criar um caminho para a visão de mundo de Roddenberry.
Até um fã que estava com a camisa de Star Wars pode ter seu momento para fazer uma pergunta e Ryan afirmou que “Nós podemos amar os dois”, fazendo referencia a uma rivalidade entre os fãs das duas franquias.
Durante todo o episódio tivemos Shatner fazendo piadas e suas gracinhas habituais:
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— Catherine #SDCC (@Kitty_Korner) July 23, 2016
Um dos pontos que estava deixando todos os fã curiosos era o nome que a CBS daria à série e foi revelado hoje: Star Trek Discovery! Um trailer foi exibido durante a apresentação da série, e a nova Enterprise será U.S.S. Discovery. A série terá novos personagens (nada de Kirk ou Picard) desbravando novos mundos, novos vilões e tudo que todos os fãs estão esperando.
Outra informação passada é que a série não terá nenhuma relação com Star Trek: Beyond. O primeiro episódio será exibido pela CBS e os demais ficarão disponíveis na sua plataforma online. A Netflix fez um acordo para exibir os 13 episódios da série internacionalmente.
Antes do teaser ser exibido, um minuto de silencio para Anton e Nimoy.
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