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Painel de Wilfred na Comic-Con 2011

Por: em 23 de julho de 2011

Painel de Wilfred na Comic-Con 2011

Por: em

A comédia novata do FX, com apenas seis episódios exibidos, ganhou um painel bastante descontraído na Comic-Con de seu ano de estreia. Antes do painel ter início, os sortudos presentes puderam assistir ao sétimo episódio da série, Pride, que será veiculado no canal na próxima quinta-feira. A premissa? A fascinação sexual de Wilfred por uma girafa de brinquedo, continuando a já tradicional bizarrice apresentada pela série. Mediado pelo crítico americano Alan Sepinwall, do blog What’s Allan Watching, o painel começou com David Zuckerman, showrunner da comédia, dizendo que sua experiência na animação adulta Family Guy o ajudou a se preparar para Wilfred. “Não só pelo relacionamento entre Brian [cão] e Stewie“, explicou, “mas porque eu já estava acostumado a escrever cenas onde coisas insanas acontecem e os personagens agem como se aquilo fosse normal“. Quando perguntado se veremos um episódio passado do ponto de vista de Wilfred ao invés do de Ryan, Zuckerman respondeu “continue assistindo“. Ele também prometeu explicar o sotaque australiano de Wilfred.

Jason Gaan, co-criador e estrela da série (e da original australiana também), disse que a ideia surgiu quando um amigo o contou que seu cão agia de maneira suspeita e tinha ciúmes de seu relacionamento. A premissa originou um curta metragem, que estreou no Festival Sundance de 2003, sendo transformada em série em 2007. Elijah Wood disse que viu episódios da série original no Youtube para se familiarizar com os personagens e “se apaixonou” pelo show. Enfrentando sua primeira atuação cômica, o ator disse que não está acostumado com o gênero, mas que se sente seguro no papel. “Estamos fazendo um monte de coisas bizarras e meu personagem tem que reagir à elas, mas eu sempre me sinto seguro ao lado de Jason. Meu desafio é ilustrar a realidade de Ryan. Se algo engraçado sair daí, é natural “. O ator comparou a série à “uma versão bagunçada de Calvin e Haroldo” e ao filme Harvey.

Quanto às diferenças entre TV e cinema, Wood comentou que o ritmo televisivo é muito acelerado; os treze episódios desta temporada (nos quais ele está presente em todas as cenas e com muitas falas) foram filmados em apenas dez semanas. Ele disse que o roteiro é bem conciso e que, apesar do que certas cenas podem dar a entender (como as de Wilfred e Ryan se drogando), simplesmente não há tempo para improvisações. Gaan disse que ficou muito satisfeito com as mudanças feitas por Zuckerman em seu roteiro. O último gerou foi ovacionado quando respondeu um sucinto “sim” à pergunta “teremos uma segunda temporada“? Porém, na sala de imprensa, o roteirista voltou atrás, dizendo que ainda não há nada confirmado.

Uma criança perguntou pertinentemente como Gaan se sente quando Wilfred faz coisas que só humanos poderiam fazer, como cavar um buraco com uma pá, e o ator explicou que “articula de maneira humana o comportamento normal de um cão“. Wood se lembrou de uma cena do piloto, em que Wilfred quebra uma cerca utilizando um machado: segundo o script, Ryan deveria pegar o machado das mãos do cão, mas a cena foi adaptada. “Se Ryan fizesse isso, significaria que o machado existe“. Zuckerman disse que que os roteiristas ponderam muito sobre o que está realmente acontecendo e o que faz parte da manifestação humana das atitudes reais de Wilfred e que o programa é um verdadeiro quebra-cabeças. Estamos escondendo várias pequenas dicas dentro dos episódios“. A declaração levou Sepinwall a perguntar se haveria na verdade uma mitologia escondida na série, explicando por que Wilfred consegue fazer as coisas que faz, e Zuckerman disse que “é por aí“.

Podemos, nos próximos episódios, ter abordagens diferentes da história que estamos contando“, continuou. “Você pode esperar o inesperado, se estivermos fazendo nosso trabalho do jeito certo“. Uma fã perguntou sobre a apologia às drogas que o show frequentemente faz, e o showrunner garantiu que “Nenhum roteirista estava drogado na sala de roteiristas enquanto escrevemos a série”. “A série não é sobre maconha, mas é melhor apreciado quando se faz uso dela“, brincou. Ele continuou comentando que é muito divertido escrever Wilfred. “É uma série maluca e fácil de se escrever, o problema é colocá-la no ar“. Ele garantiu que a história de Ryan e o que o levou a tentar suicídio na primeira cena do piloto será explorado nos próximos episódios. “No final da temporada, descobriremos também a história de Wilfred e porque ele estava no estado em que estava quando os dois se conheceram“.

 Gaan ressaltou que todos os atores contribuíram muito para a criação da série e a identidade dos personagens, que acabaram se distanciando um pouco dos personagens da comédia australiana. “Gosto de pensar em Wilfred como um humano preso em um corpo de cão“, ressaltou. Fiona Gubelmann, que interpreta Jenna, a dona de Wilfred, e Dorian Brown, a Kristen no seriado, disseram que utilizam na série a linguagem infantil que usam para interagir com seus animais de estimação para reafirmar à audiência que Wilfred só fala na mente de Ryan. O diretor Randall Einhorn prometeu um cliffhanger na season finale da primeira temporada que será “bastante devastador“. “Terá o mesmo clima de Lost“, continuou, “dando mais perguntas do que respostas“. O diretor também comentou que a série é pioneira na filmagem com câmeras fotográficas.

Ao fim do painel, Dominic Monaghan (Charlie em Lost e Merry na saga O Senhor dos Anéis) fez uma rápida aparição na sala de imprensa, prestigiando o amigo Wood (que evitou comentários sobre O Hobbit, filme no qual voltará a interpretar o hobbit Frodo, personagem que o consagrou no cinema). Em um painel que mostrou-se um prato cheio para nerds e fãs de entretenimento em geral, a louca comédia da FX trouxe para a Comic-Con toda a sua divertida excentricidade.

Assista a entrevistas com os protagonistas:






João Miguel

Bela Vista do Paraíso - PR

Série Favorita: Arquivo X

Não assiste de jeito nenhum: Reality Shows

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