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Parenthood: Um apanhado dos últimos acontecimentos

Por: em 5 de novembro de 2012

Parenthood: Um apanhado dos últimos acontecimentos

Por: em

Este que vos fala é um fã recente de Parenthood. Depois de ter detonado as 03 temporadas da série na última summer season, me pergunto como passei tanto tempo sem conhecer os Braverman. Fiz review dos primeiros episódios dessa, até aqui, incrível temporada, mas por fatores externos, não consegui continuar. O texto abaixo é, então, uma recapitulação da sequência de episódios do 4×04 ao 4×06. Semana que vem a série retorna de seu hiatus e os reviews também voltam a sua programação normal.

Por uma questão didática, dividi o texto por “Braverman e seus familiares”, por assim dizer:

 Crosby

Escolhi começar pelo Crosby porque acho que, entre todos os membros da família Braverman, ele é o que está na melhor fase. O casamento com a Jasmine finalmente está funcionando, sua relação com o Jabbar só melhora e as coisas pouco a pouco estão se encaixando. Gosto do modo como Parenthood consegue tratar seus dramas com uma sutileza única e foi isso que aconteceu no drama com o Jabbar e a tal palavra preconceituosa que ele ouviu durante uma das gravações do pai e também na questão do salário do Crosby.

Não reclamo dessa “calmaria” na vida do personagem, não… Ele é meu 2º Braverman favorito (só perde pro Adam) e tá tendo tanto drama nos outros núcleos… O Crosby, agora, tá sendo como o equilíbrio, sempre tentando fazer o possível e o impossível para que sua família esteja bem. É. Aquele moleque da 1ª temporada cresceu.

Julia

Joel partiu meu coração. Em mil pedaços. E depois colou e partiu de novo. Vê-lo tentando se aproximar do Victor, impulsionando-o a tentar ser um bom jogador de baseball, em vão, foi realmente bonito. Ele e a Julia sabiam que adotar uma criança de 9 (nove?) anos era totalmente diferente de uma criança de colo e as dificuldades ora ou outra chegariam. Depois do fracasso do jogo e de uma briga feia, foi acalentador ver o Victor baixando a guarda e querendo treinar o esporte com o pai. Vê -lo se esforçando pra que essa nova configuração familiar funcione é o primeiro passo pra que os 3 consigam lidar com os obstáculos.

Agora, por mais nobre que tenha sido o gesto da Julia, não sei se foi uma boa ideia essa história de demissão. É justificável que ela queira passar mais tempo com o Victor, conhecer o filho e tudo o mais, e, além do que,  o estresse estava fazendo mal. A cena em que ela desaba na cozinha depois de queimar o café da manhã foi uma das melhores da personagem.

Mas… O Joel já não trabalha (Eu nunca entendi bem isso, na verdade). Eles devem ter uma reserva de dinheiro muito boa pra manter o padrão mesmo com ela desempregada, não é? Bom, veremos como isso vai se desenrolar…

Sarah

Não dá. Por mais que eu adore o Ray Romano e esteja adorando sua atuação como Hank (e o personagem em si, confesso), eu gosto demais da Sarah com o Mark pra não me incomodar com essa história que está sendo construída. A Sarah se dando bem com a filha dele foi bonitinho, o beijo foi inesperado, mas bonito, a preocupação do Hank com ela também é bonita, mas é por momentos como o de Sarah, Mark e Drew comendo pipoca e vendo tv a cabo que eu fico revoltado com esse plot. Depois do Mark, não vou conseguir imaginar a Sarah com nenhum outro par romântico.

Até o Drew tá tentando fazer dar certo. No lugar dele, acho que eu reagiria do mesmo modo a uma mudança tão abrupta como essa de ir morar com o futuro padastro… Gostei dele deixar claro que o problema não era com o Mark, mas sim com a situação em si.  A única coisa que eu ando sentindo falta é de uma interação da Amber com o Mr.Cyr.

Por outro lado, a trama dela com o Ryan me empolga. Talvez por eu ser um fã saudosista de Friday Night Lights que quer ver o Matt Lauria, o eterno Luke,  fixo em alguma série logo ou pelo personagem ter uma aura de mistério e solidão que é bastante envolvente. A relação dele com o Zeek é interessante… Nunca dá pra saber o que ele vai pensar, como ele vai agir e eu sou capaz de apostar que tem um passado negro aí que logo logo vamos descobrir. Esperar pra ver.

Adam

E, por último, eles, os donos da temporada. Se as melhores histórias sempre saíram do lado do Adam, a 4ª temporada veio comprovar isso ao colocar o câncer da Kristina como o elo de ligação entre todos os Braverman. É pecado até procurar alguma palavra pra classificar o trabalho de Monica Potter Peter Krause. Ultimamente, só basta um olhar dos dois e o grandão aqui cai no choro. Finalmente trouxeram a Haddie de volta e, que bom. Tava morrendo de saudade dela.

A cena do retorno, quando ela aparece de surpresa e a Kristina não consegue segurar o choro e termina confessando a toda a família o câncer foi uma das melhores da série. Não precisamos de um roteiro pesado ou bem elaborado, só um “there’s something I need to tell you” e de uma atuação magistral da Monica. Só não foi mais devastador do que o conjunto de sequências da cirurgia. Sério… Eu nem tenho palavras pra dizer o que eu senti ao ver a Kristina jogada naquela cama, sofrendo, chorando, tentando ser forte, ao lado de um Adam totalmente destruído, mas que ainda assim lutou para não derramar uma lágrima e ser o pilar que a esposa precisava.

Não gostei e achei ridículo eles mentirem pra Haddie no final das contas. É claro que eles estão preocupados com os estudos dela, mas… Cara. A Haddie não merece ficar no escuro. Ela é uma garota forte, ela já provou isso e adiar a decisão de falar a verdade só vai piorar tudo no futuro. Eu já imagino como ela vai descobrir a verdade: Quando a Kristina piorar e estiver internada, talvez até correndo risco de vida. Será se eles vão manter a mentira para o resto dos Braverman também? Não duvido nada, mas espero que não, porque eles não merecem passar por tudo isso sozinhos. E, de fato, nem aguentar eles vão. O Adam tá em vias de desabar completamente. E  quando isso acontecer, ele vai precisar ao menos do Crosby ou da Amber do lado dele.

No meio de tudo isso, nem deu pra comemorar muito a vitória do Max nas eleições. Mas, uma coisa tem que ser dita: Que discurso. E como esse menino cresceu, hein? Em todos os sentidos. De dar orgulho. Acho que isso foi a melhor coisa do plot das eleições. E ver a Amber ajudando o sobrinho também, claro. Tô curioso pra ver como o Max vai reagir quando a mãe piorar – porque sem dúvidas, ela vai.

 

_____

Foram 6 episódios de 15, mas eu acho que só um desastre não faz dessa a melhor temporada da série, disparadamente. Alguns acham que o câncer da Kristina é desespero de roteiro, mas eu discordo. Como fez com todas as suas outras tramas, Parenthood vem tratando a história com a maior realidade possível e, talvez, seja isso que faça da série o que ela é: O melhor drama familiar do século. Quem não vê, não sabe o espetáculo que está perdendo. Aos que estão comigo nesse barco, se segurem, porque semana que vem a série volta e agora é que o turbilhão de emoções deve começar a atingir o ápice.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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