Há alguns episódios, Root era a personificação da Machine. E até mesmo quando o seu criador duvidava das intensões da Inteligência Artificial, Root se mantinha ao lado dela, assumia novas identidas e seguia seus planos sem questionar. Mas há coisas que Machine não consegue prever em seu grande jogo de xadrez e talvez, Root se apaixonando por Shaw de uma forma tão imprudente não estivesse dentro de suas milhares simulações.
Em M.I.A, Root se afastou dos cuidados de sua mentora e seguiu ao lado de Reese em busca de Shaw. Porém, a cada passo que eles davam, mais negligentes eles ficavam e temíamos por sua segurança. É claro que Shaw merecia todo o esforço e que a abordagem “ousada”, que incluiu o sequestro do chefe de polícia, interrogatório de um neurocirurgião e breve tortura da prefeita da cidade, gerou resultados.
Porém, infelizmente, os resultados não foram aqueles que o Team-Machine estava esperando porque enquanto Root se agarrava à teoria do Gato de Schrödinger para afirmar que Root não estaria morta ou viva, Samaritan brincava com sua própria fazenda de formigas e controlava a cidade de Maple.
É interessante ver como as pontas de Person of Interest vão se amarrando aos poucos nos episódios. O que Samaritan fez em Maple foi realizado em grande escala em Nova York quando a IA decidiu brincar com e bolsa de valores em The Cold War. E provavelmente, a fábrica de microchips foi construída depois que Finch e Root destruíram o software que seria colocado em um tablet e distribuído para crianças em Honor Among Thieves. De qualquer forma, Maple, microchips, bolsa de valores e software são partes de um plano maior de Samaritan que está sendo mostrado em doses homeopáticas, mas que comprovam sua força. E desta vez, a força da IA foi mostrada como algo abstrato e controlador que é uma forma muito mais envolvente do que invocar o avatar-criança para traduzir os seus desejos.
Por isso, podemos entender quando Finch e Machine reclamam mais cuidado e olham para o cenário mais amplo. Até porque vimos o que Samaritan fez com Maple, mas ainda não sabemos se a IA conseguiu o seu encontro com o Presidente e como seu plano de dominação vai continuar. O que é incerto é o comprometimento de Root a partir de agora, já que claramente, ela está abatida com o que pode ter acontecido com Shaw e não estava disposta a parar de procurá-la por enquanto.
Eu até me identifico com Root, porque foi difícil deixar de acompanhar a caçada por Shaw e seguir Fusco e Silva em Nova York mesmo por alguns instantes durante o episódio. O número dessa semana, Albert Weiss, não era importante e também não era necessário, até porque não estava preparada ainda para deixar de lado a trilogia-Samaritan e voltar a acompanhar os números. Mas algumas coisas foram muito boas durante esse caso. Uma delas é sem dúvida, Dani Silva, que já havia sido apresentada durante Point of Origin e se mostrou uma boa parceira para Fusco.
Não sei se Silva deve continuar na série, mas ela seria uma ótima integrante para o Team-Machine. Weiss foi a primeira morte de Silva e isso mostra que ela não está acostumada com as situações que Fusco, Reese, Root e Finch enfrentam todos os dias. Logo, Silva não estaria preparada para enfrentar a guerra contra Samaritan e conseguiria mostrar até onde o Tem-Machine pode ir para destruir a IA.
Entre tantas mortes em POI, Silva se importando com a morte de Weiss mostrou que talvez Finch esteja certo, Root precisa se importar com a guerra maior, mas é ao olhar para o plano menor que o Team consegue fazer a diferença.
POI ainda mostrou a cena que Root tando desejava ver, Shaw viva. Bom, essa cena deixa as portas abertas para o retorno de Shaw à série. Porém, não saber o que aconteceu com ela era mais interessante. Eu quero que Shaw volte, mas esperava que o seu destino fosse mostrado com mais explosões e lutas, assim como a personagem merece.
E vocês? O que acharam desse episódio? Deixe sua opinião nos comentários!