É com muito prazer trazemos a público o primeiro post do Controle de Ouro Awards 2016 do Apaixonados por Séries! Mais um ano se finda e é necessário fazer aquele balanço de tudo que vimos no mundo das séries, tivemos muita coisa boa por aí, assim como, nos deparamos com muitas coisas bem ruins.

É necessário frisar que classificar uma série nesta categoria não significa que ela seja de todo ruim, somente que aconteceu da mesma voltar abaixo das expectativas que criou e/ou que o negócio não esteja legal mesmo neste ano. Assim, de maneira democrática, a equipe do APX elegeu seis séries com os Piores Retornos de 2016!

6 – The Flash 

É difícil explicar a presença de The Flash nessa lista, afinal muitos elementos que fazem da série de Barry Allen uma que merece nosso tempo e carinho retornaram para a terceira temporada. A química entre o cast continua excelente, o humor ainda está na medida certa e, para ser justa, a série introduziu ideias interessantes este ano – a expansão da viagem temporal e a possibilidade de brincar mais com o multiverso. Então, por que parece que tem algo de errado com The Flash? Grande parte da insatisfação com o andamento da série está relacionada com as expectativas construídas desde que Barry e Cia. deram adeus ao seu segundo ano com a-q-u-e-l-e cliffhanger e que Flashpoint foi anunciado. É decepcionante ver um dos arcos mais importantes do universo dos quadrinhos DC ser deixado de lado tão rapidamente para a série seguir um caminho seguro. Sem contar a introdução acanhada de Kid Flash. E a frustração aumenta quando o vilão da temporada não anima e os casos da semana estão deixando a desejar. The Flash ainda é uma série divertida, mas falta muito para ela ser uma série ótima.

Por Nathani Mota

5 – Once Upon a Time 

E mais uma vez aqui está Once Upon a Time, na lista de piores retornos. É uma situação bem triste na verdade:  a série tem um grande potencial, mas pouquíssimas vezes sabe mesmo aproveitá-lo. Por exemplo, onde está a Zelena? Esquecida. Uma das melhores vilãs que a série já apresentou foi reduzida a uma mãe, irmã carente e alvo de ameaças como se ela não fosse forte ou inteligente o suficiente pra se defender. Nem mesmo uma redenção como a da Regina os produtores se preocuparam em dar a ela… Temos também o relacionamento de Rumple e Belle, que além de abusivo nunca sai do lugar. Once Upon a Time está precisando de ares da primeira temporada, de um vilão que realmente tenha um propósito, que mostre a que veio, porque até então só temos especulações e nada concreto, que empolgue. Regina Mills e sua Evil Queen merecem menção honrosa como a melhor coisa da série, mas uma atriz só e duas personagens não podem carregar a série nas costas…

Por Louise Rezende

4 – The 100 

Chega a ser difícil explicar o que The 100 conseguiu fazer esse ano. A queda na qualidade foi gigantesca e os 16 episódios exibiram uma sucessão infinita de erros. Nesta terceira temporada nada parecia fazer sentido. Personagens antigos foram descaracterizados, chegando ao cúmulo  de terem todo seu desenvolvimento destruído, enquanto os novos formavam um grupo irritante, sem nenhuma profundidade e completamente descartável. Tivemos situações forçadas, mortes ridículas, tramas arrastadas, cenas que não pareciam ter qualquer propósito dentro da narrativa e uma tentativa evidente de usar violência apenas para chocar. Ainda assim, nada se compara ao absurdo, megalomaníaco e confuso plot principal. Se a Cidade da Luz incomodava na temporada passada, aqui isso atingiu seu ápice, e ver ALIE e Jaha em cena era suficiente para ter vontade de arrancar os meus olhos. Em resumo, The 100 simplesmente não parecia The 100.

Por Thaís Medeiros

3 – The Walking Dead 

The Walking Dead tinha tudo para se fazer dar certo mais uma vez na vigente sétima temporada, o aterrorizante cliffhanger deixado provou que a série consegue se reinventar enquanto nós tremíamos na base com Negan e sua libidinosa Lucille, a tensão e a ansiedade pretendidas estavam lá e a série de fato voltou no gás e no terror, ainda por cima fatalizando um dos personagens mais queridos de todo o show. Contudo, foi só isso mesmo, após um bombástico primeiro episódio a série voltou aos seus antigos costumes de marasmo e, vamos falar a verdade, muita encheção de linguiça! A opinião não é só minha, isolada como leiga telespectadora, prova disto é que a série registou a sua pior audiência em quatro anos com a exibição do último sexto episódio, além da maior parte da equipe ter votado e ajudado a trazer o show a esta desonrosa posição.  Antes que lancem as pedras, quero deixar claro que a questão não é querer ação toda hora, os personagens e as histórias precisam sim ser desenvolvidas ao longo dos episódios, o problema é que o show quer dramatizar sem trabalhar um embasamento legal e entendível, que dê razão as atitudes e situações que os personagens se emaranham, pelo contrário, tudo tem soado muito artificial e sem sentido até que chegue o verdadeiro momento empolgante, mas isto é algo que geralmente só ocorre em seus últimos episódios.

Por Ana Rebeca Tamandaré

2 – Fear The Walking Dead 

Após uma temporada inicial com apenas seis episódios, sem dúvida a decisão de aumentar o número para o segundo ano foi completamente errada. Os personagens pareciam ficar cada vez mais irritantes (salvo um ou dois) e a história em geral terminou sendo maçante. A premissa de explorar diferentes cenários durante o apocalipse zumbi – como um navio no meio do mar ou discussões religiosas na mitologia – é ótima no papel, porém a execução foi uma salada mal feita. Pegue por exemplo a psicopatia do Chris, uma ideia interessante, porém muito melhor explorada durante a quarta temporada de The Walking Dead com a Lizzie. Apesar de The Walking Dead estar longe de ser um seriado perfeito, o seu spin off precisa comer muito feijão com arroz para tentar se igualar com a série mãe.

Por Douglas Tribek

1 – Grey’s Anatomy 

É uma pena admitir, mas o caldo entornou para o lado de Grey’s Anatomy. Após ser classificada como a série com o melhor retorno em 2015, o drama hoje amarga outro primeiro lugar em um quesito bem chato, o de pior retorno deste ano que se finda. É bem simples identificar quais quesitos contribuíram para causar esta desonra, o plot de violência envolvendo Karev e Jo que foi extremamente mal trabalhado, algo que prometia ser o ponto central de toda a temporada acabou por desconstruir quase que toda a evolução do querido que o Alex se tornou, além, de não fazer despertar quase que nenhuma empatia (num contexto que pedia por isso) por parte do público pela situação de Wilson. O negócio também não engrenou para o lado de Amelia e Meredith, a primeira precisou se casar para comprovar aquilo que é de ciência de toda a nação – nem todo o amor do mundo é capaz de sustentar um relacionamento, já a segunda (que deveria ser o sol) foi ofuscada pela sua inserção em um plot romântico com brigas e intrigas que se assemelham ao período do colegial. Para falar a verdade, só quem brilhou ali mesmo foi a maravilhosa da Maggie, que é plena e rainha mesmo. Mas estamos aí né, esperando que a série se reerga e tire leite de pedra com suas histórias ainda nesta temporada.

Por Ana Rebeca Tamandaré

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