Songs of Innocence foi um episódio bem diferente do anterior e teve como foco as consequências dos jogos psicológicos de Charles. Se a premiere de semana passada nos mostrou mais das garotas no cativeiro e um pouco do que -A fez com o estado mental dela, aqui nós podemos ver de fato o quanto as 3 semanas na casa de bonecas de Charles mexeram com as liars, cada uma à sua forma, mas sem fugir muito do esperado quando levamos em conta as personalidades delas.
Hanna, por exemplo, encontrou nos braços de Caleb e na impulsividade o seu porto seguro. Sendo ela a mais compulsiva e mais ligada à aparência, é compreensível que a saída encontrada para tentar superar o trauma seja se livrar de tudo que tem e comprar coisas novas. Não é a atitude mais comum, muito menos a mais madura (porque denota que ela, ao invés de enfrentar o problema de frente, prefere ocupar sua cabeça com outras coisas), mas funciona a curto prazo. Vai chegar a hora em que tudo vai voltar de vez e ai Hanna não vai ter o conforto de Caleb ou Ashley; terá que enfrentar sozinha a tempestade.
Mas ainda é uma atitude mais sensata que a de Emily, que achou uma ideia genial pegar em armas e decidir aprender a atirar sozinha. É sério, às vezes eu acho que essas garotas deveriam ser levadas a estudo, porque é uma ideia mais lógica do que a outra, pra não dizer o contrário. A reação de Pam é a esperada de qualquer mãe que descobre que a filha abriu o cofre e pegou a arma do pai e, não satisfeita, alugou uma depois e saiu praticando tiro por aí. Talvez um psicólogo fosse mais efetivo? De qualquer forma, esse núcleo mostrou mais uma vez a beleza da relação de cumplicidade que existe entre Emily e Pam, talvez a mais bonita da série neste sentido.
E de qualquer forma, Emily não vai ter muito tempo pra sair brincando por aí, agora que se aproximou de Sara. A nova personagem ainda é um mistério e eu não consigo comprar bem sua história de ter fugido da mãe. Se eu fosse arriscar um palpite, diria que Sara está de alguma maneira ligada a Charles e talvez esteja até espionando para ele e tudo faça parte de um plano para pegar as garotas de volta. Ou então ela será um novo interesse romântico de Emily, o que eu não gostaria de ver (ainda espero por #Emison).
Alison também começa a lidar com seus próprios traumas. A garota não foi sequestrada, como as outras, mas chegou a ser condenada por um crime que não cometeu e quando finalmente saiu da prisão, teve que se colocar na linha de frente de -A/Charles para descobrir onde estavam as liars. A Alison que voltou dos mortos na 5ª temporada é uma Alison, em alguns pequenos detalhes, diferentes da Alison de hoje. Sua essência ainda permanece intacta, mas há menos barreiras em torno dessa Alison do que a de outrora. E podemos ver isso quando ela ensaia uma aproximação com Lorenzo, o novo parceiro de Toby. Como disse acima, sou ship #Emison, mas seria interessante ver Alison entrando em um relacionamento amoroso, mesmo que com o policial.
Spencer começou a trilhar um caminho perigoso, que pode resultar até mesmo em uma possível internação novamente. Podemos ver que Charles jogou pesado com ela (forçando-as a escolher entre uma e outra, entre torturas que ainda não foram reveladas), por isso é compreensível que Spence seja um pouco mais afetada devido ao seu histórico, mas se viciar em remédios pra dormir não é e nunca vai ser a solução para lidar com o problema. Assim como Hanna, ela quer fugir da situação ao invés de enfrentá-la, o que é um grande retrocesso, especialmente considerando que ela sempre foi a mais esperta do grupo.
Fechando o pacote, Aria também não tem a atitude mais inteligente ao mentir no seu depoimento. Claro que ela, assim como as outras, quer a todo custo colocar o culpado por tudo atrás das grades e, atualmente, tudo aponta realmente para Andrew. Mas, quanta vezes todas as pistas levaram a alguém e no fim, era apenas uma distração? E mesmo que não fosse o caso, mentir para a polícia não é nunca vai ser a melhor opção. Vamos ver como isso se desenrola.
Fique com a promo do episódio 6×03, Songs of Experience:
