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666 Park Avenue

Por: em 2 de outubro de 2012

666 Park Avenue

Por: em

 

 

Em mais uma tentativa de impor uma série de suspense, a ABC lançou seu novo drama de domingo, 666 Park Avenue. O título, em alusão a algum punhado de prédios realmente antigos e quase “assustadores” na famosa avenida de Nova York, é na verdade a sombra do nome no prédio fictício, 999 Park Avenue, popularmente conhecido como Drake. Tirando a explicação do título – que se dá nos primeiros minutos do episódio – nada mais é interessante. Todo o drama e terror vistos nos trailers e teasers divulgados foram por água a baixo. O que, sinceramente, era de se esperar.

A história gira em torno do casal dono do Drake, Gavin (Terry O’Quinn, de Lost) e Olivia Doran  (Vanessa Williams, de Ugly Betty). Aparentemente, eles são cheios de segredos e mistério. Gavin tem muitos traços de John Locke, personagem de Terry em Lost, além de certos poderes. Muitos indícios são de ligação do personagem com o “mal”, como se o prédio fosse algum tipo de inferno ou coisa parecida. O gerente do prédio é um violonista que morre misteriosamente, deixando sua vaga à disposição de Gavin e Olivia. Aí, entra o outro casal protagonista,  chegando para entrevista de “emprego”. Eles são Henry (Dave Annable, de Brothers & Sisters) e Jane (Rachael Taylor, de Charlie’s Angels).

Então, os dois ganham o emprego, tornando-se gerentes do prédio e com isso um surpreendente apartamento no Drake. Como recém chegaram em Nova York, a ideia de logo morar em um bom apartamento não é pensada duas vezes. Mas, o que eles não sabiam é que sua nova casa é muito mais que apenas um prédio, e uma série de estranhos acontecimentos começam a surgir sem que percebam. Jane, que é uma arquiteta  formada em conservação histórica, vai mais a fundo e descobre alguns sinais misteriosos no prédio, mas os pensamentos são logo substituídos pela repentina amizade com Olivia, que se interessa muito na garota.

Além disso, há ainda um outro casal morador do prédio explorado no piloto, o escritor Brian (Robert Buckley, de One Tree Hill) e  Louise (Mercedes Masöhn, de The Finder). Ela trabalha em uma revista de moda, e ele, trabalha em casa, na tentativa de escrever seu próprio livro. Porém, da janela do apartamento, Brian observa uma vizinha sensual que mora no prédio ao lado. De repente, a assistente de Louise pede demissão e é estranhamente substituída pela… vizinha com sex appeal.

Mesmo enrolada em uma tentativa frustada de incrementar a “magia de domingo” da ABC (666 é seguida por Once Upon a Time e Revenge), a série tem o ponto positivo de ter bastante história pra contar, caso os próximos episódios mudem o padrão e tentem focar mais na história do prédio, sem muito apelo ao horror. Os personagens são misteriosos, o que também dá pra render bastante. O que salva a série, mesmo, é a volta de Terry O’Quinn em um personagem cheio de segredos e tiradas para insanidade, o que é claramente uma área que o ator domina, sem discussões, desde Lost. A química entre os casais também funciona bem. Resta saber se não se tornará enjoativo, já que os protagonistas são formados em duo.

A série não obteve o desempenho de audiência esperado, mesmo tendo sido divulgada como uma das principais apostas da ABC para a Fall Season. Entre os 11 milhões de Once Upon a Time e 9.5 de Revenge, 666 marcou pífios 7 milhões. Como se já não bastasse ter ido mal, a série foi ainda pior em comparação à 2011: Pan Am – que foi cancelada quase que de imediato – marcou 11. Ainda assim, é cedo para falar que a série já tem o cancelamento como destino, mesmo sendo bem possível.

666 Park Avenue é mais uma série que começa de um jeito convencional, uma história quase clichê e uma tentativa do canal de implantar o gênero em sua grade. Pela falta de cuidado na construção do piloto, é possível que a série não tenha um futuro promissor, infelizmente. O elenco é agradável e a história pode ser bem explorada.

Acho que essa opinião não é só minha! O que vocês acharam de 666?

 


Fabio Ghisi

Florianópolis/SC

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: Glee

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