Apesar de não ser um dos maiores fãs do gênero policial, topei ver Chicago P.D. desde o começo por uma só razão: Sophia Bush. Órfão de Brooke Davis (personagem de Bush em One Tree Hill) fazem dois anos, qualquer tentativa da atriz de emplacar uma série nova merece uma oportunidade na minha watchlist. Também nunca vi Chicago Fire, então qualquer referência a série provavelmente passara despercebida por mim (para quem não sabe, Chicago P.D. é um spin off da série anteriormente citada). Tendo em vista estas devidas considerações, vamos ao que interessa.
A sinopse da série se assemelha a outras do gênero, o que não é de fato uma surpresa. O departamento de polícia de Chicago é dividido em dois grupos distintos. Os policiais que vão para a frente de ação e a unidade de inteligência, que é um time especializado em combater os maiores delitos da cidade, envolvendo crime organizado, tráfico de drogas, assassinatos e coisas do gênero. No comando dessa unidade de Inteligência temos o Sargento Voight, interpretado por Jason Beghe. Voight faz o estilo policial com um passado obscuro e que utiliza dos próprios métodos para resolver seus casos, pontos típicos da personalidade de personagens do gênero. Claro que como estamos só vendo o primeiro episódio, muita coisa fica subentendida: Como foi que Voight conseguiu o cargo de sargento de uma das principais unidades da polícia? Por que ele não se dá com os chefes dos outros departamentos? Qual a sua relação com Lindsay?
Lindsay, vivida por Bush, parece vir como mais um personagem forte na vida da atriz. Apesar de pouco influenciar na ação principal do episódio, a policial tem uma relação direta com o sargento que parece gerar uma certa curiosidade dos demais parceiros de trabalho. E assim, pouco a pouco, fomos vendo algumas facetas de cada um dos personagens que vamos conhecer e se afeiçoar com o tempo. Temos o pai de família que parece acreditar que ser policial garante a segurança daqueles que ama, temos o ex-militar que acabou de chegar na unidade e não viu problemas tão tensos quanto os que enfrentará dentro da polícia, a mãe de família que concilia casa e a vida arriscada de uma policial. Estereótipos que apesar de um pouco batidos, convencem bastante devido ao roteiro envolvente.
A escolha do caso para esse primeiro episódio foi uma cartada inteligente do roteiro. A brincadeira de gato e rato entre a polícia e o traficante, que permeou o episódio todo, teve pontos altos que uma série do gênero não pode deixar de lado – como a perseguição de carro, seguida da prisão de Pulpo. Acredito até que esse caso envolvendo Pulpo dure por mais alguns episódios visto os acontecimentos finais do episódio – o que é um ponto bastante atraente pelo menos para mim, já que tenho dificuldades em me apegar a séries que exploram somente casos semanais. Ousada foi a escolha do roteiro em eliminar um dos personagens logo nesse piloto, o que mostra a vulnerabilidade que a profissão tem e que devemos estar preparados para qualquer coisa daqui para frente – um aviso de que ninguém está a salvo.
O grande cliffhanger soou meio óbvio demais para mim, mas ainda assim fiquei curioso para saber o que vai ser feito para contornar a situação. Não posso dizer que a série tenha algo de fenomenal. Vamos dizer que tudo que você espera de uma série policial está ali e está sendo “bem feito”. Com o tempo, poderemos ver se a série ganha uma profundidade ou permanece rasa e abordando casos independentes.
E você? Conferiu a estreia de Chicago P.D.? O que achou?
