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Combat Hospital

Por: em 24 de junho de 2011

Combat Hospital

Por: em

Produzida pelo canal canadense Global e exibida simultaneamente pela rede de TV americana ABC, foi ao ar essa semana o primeiro episódio da série médica Combat Hospital. Situada em Kandahar (Afeganistão), no ano de 2006, a trama médica explora as dificuldades da prática deste ofício no meio de um campo de batalha e todas as implicações que isso traz para a vida de cada um dos médicos/oficiais que lá trabalham. Ainda longe de ser uma obra prima, a série tem grande potencial, e para os muitos que achavam essa ser apenas mais uma variável da já cancelada Off The Map, podem ter certeza: a produção está longe desse nível de clichê.

No centro das atenções está a Major/Cirurgiã Rebecca, que recentemente terminou um relacionamento e foi escalada par ao campo no Afeganistão. Uma personagem que tem muito potencial a ser explorado, graças a sua personalidade forte e seu grande poder de comando. Bastante interessante notar também os grandes cargos em hierarquias dominados por mulheres nessa série. A todo o momento víamos personagens femininas tomando a frente das decisões, algo bastante interessante para descaracterizar a sociedade machista que ainda existe. Rebecca, apesar de muita competência, parece esconder algo durante o episódio inteiro, no caso o fato de estar grávida ou não, já que isso seria um fator determinante na sua carreira e nessa sua nova empreitada. O foco dado para o assunto foi sutil e bem trabalhado, o que não despendeu tempo demais do episódio, nem chegou a tornar o assunto um clichê, sendo realmente bem dosado.

Junto com Rebecca, chega também o Capitão/Doutor Bobby Trang, este um pouco mais atrapalhado e despreparado para o serviço que a primeira, mas que tem dentro de si a competência de um excelente médico. Apesar de seu primeiro paciente ter sido um grande momento de tensão, o doutor consegue manter a calma dai pra frente e mostrar que está em tal cargo por merecê-lo. E assim fomos apresentados aos personagens um a um. Queria destacar o neurocirurgião civil Simon Hill, que aparentou ser um excelente personagem, com pitadas de ironia sensacionais e que promete ser o par amoroso de Rebecca na série (apesar da série não se propor muito a isso neste primeiro episódio). Merecem destaque também a Major Ada Pedersen, que é psiquiatra e pareceu ser uma personagem interessantíssima, que pode levantar algumas discussões sobre o uso dos suprimentos sem autorização do governo, e também o Coronel Xavier, que faz um excelente trabalho no comando e demonstrou ética em seu serviço.

Claro, momentos absurdos sempre acontecem nessas séries, tal como a cobra sendo morta por uma bala de fogo dentro de um centro cirúrgico, mas é o tipo de ‘apelação’ que eles precisam fazer para mostrar a realidade da situação. Séries médicas realmente existem em demasia na televisão americana, mas poucas se propõe a mostrar o mundo médico além do hospital de maneira real como Combat Hospital fez. A parte dos ataques foi bem interessante e pode gerar grandes situações no decorrer desta temporada. Se a série não apelar para os exageros e seguir com uma linha de história coerente, mostrando o dia a dia do campo, as dificuldades dos médicos e como é difícil servir o próprio país, com certeza será uma boa opção de entretenimento durante este Summer Season tão decadente.

Com isso, o que me resta a dizer é: sejam bem vindos a Kandahar!

 


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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