O protagonista da trama é Maddux Donner, um experiente astronauta, que se culpa por ter obedecido a ordem de abandonar dois membros da equipe numa missão a Marte, dez anos antes. Ele e Ted Shaw participaram do treinamento durante cinco anos dos candidatos, e foram incorporados a equipe na última hora, na estranha substituição de Rollie Crane e Ajay Sharma, que aparentemente tiveram problemas cardíacos. Aliás, na primeira parte do piloto, a melhor cena é o surto de Ajay que veste o traje especial e abandona a nave, sendo resgatado por Donner, e depois a nave seguindo viagem com o deus dos obstáculos, Ganesha, acoplado a nave.
A segunda metade do episódio fica centrada em Donner e Zoe Barnes, geóloga que numa noite de bebedeira, ainda antes de saber que havia sido selecionada para o programa, dormiu com Donner (ok, isso soou tão Meredith/Derek?!), ficou grávida e fez um aborto (sem Donner saber) para não sair da missão, fato que trás alguns aparentes distúrbios a ela. Os dois ficam tendo esse sonho, onde ela sai da nave, e Donner tenta salvá-la, o que acaba realmente acontecendo, e no final tudo acaba bem.
Entre os personagens o que conquistou minha simpatia instantânea foi Zoe, e no embalo veio Jen Crane, que tornou-se durante o treinamento sua melhor amiga, e Donner, que mesmo em meio aos seus traumas e problemas com o pai (tão bêbado ao se despedir do filho que esse duvidava que o encontraria vivo em seis anos), tem sempre um tom esperançoso em seus diálogos e pensamentos.
Quanto ao enredo, os sonhos com o portão 4, o mesmo ao qual Ted tem acesso no final do episódio, as substituições na tripulação, a dispensa de Ajay, e o tal segredo guardado por Ted e o comando de Terra da missão, acredito que se trabalhados com coerência poderão desencadear num enredo interessante a longo prazo. Resta saber se Defying Gravity ficará tanto tempo no ar quanto seus astronautas no espaço.