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How to be a Gentleman

Por: em 6 de outubro de 2011

How to be a Gentleman

Por: em

 

 

Inspirada em um livro homônimo, How to be a Gentleman estreou na CBS na quinta feira passada, sem repercussão e sem briho. Na teoria, a série parecia funcionar bem. O canal tem um bom bloco de comédias e a história do encontro entre um escritor refinado e um personal trainer que são colegas de escola soava interessante. Era quase impossível se errar em uma trama tão simples como choque entre personalidades distintas, mesmo que, aqui ou ali, um clichê acabasse aparecendo. Pois bem, quase. Não sei se a série irá melhorar com o tempo – e nem tenho como, porque depois desse piloto chatíssimo, minha experiência com ela acaba aqui.

O que mais pesa contra todo o episódio é baseado no que eu falei acima: Era difícil errar com uma trama tão cotidiana e que a gente está acostumado a ver em filmes e mais filmes todo ano, mas ainda assim, a série conseguiu. O roteiro aposta em situações corriqueiras e as vezes até um pouco bizarras – tomem por exemplo o cara tomando leite na caixa sem parar (!) – , que poderiam fazer rir, não fosse o mal aproveitamento das mesmas. É como se as ideias tivessem simplesmente surgido na cabeça dos escritores e tudo o que eles fizeram foi sobrepor uma por cima da outra, sem qualquer tipo de preocupação com alinhamento ou qualidade.

O nível das piadas também é baixo. Em 20 minutos, eu não consegui sorrir com uma sequer – o que eu acredito que seja exatamente o objetivo de uma série de comédia. Nem mesmo aquelas risadas de canto. Elas sofrem do mesmo problema do roteiro: Não fazem sentido e parecem estar ali apenas para tentar levar o telespectador ao riso. O uso das claquetes é abusivo e por isso termina por destoar o episódio e deixá-lo totalmente fora de ritmo.

A apresentação da storyline central também é mal conduzida. Ela só acaba ficando clara após 10 minutos decorridos, onde os demais personagens como Janet (Mary Lynn Rajskub), irmã de Andrew (David Hornsby, que é também roteirista, criador e produtor do show) – o escritor – e seu marido Mike são apresentados, sem muito sucesso. Há que se dizer, contudo, que Mike, talvez, tenha sido o único personagem da trama que conseguiu fazer com que eu não dormisse totalmente durante o episódio – sim , suas falas eram tão vergonhosas quanto as do restante do elenco, mas algo na atuação de Rhys Darby deixou o personagem mais suportável.

Mas o grande problema de How to be a Gentleman se encontra em um ponto simples e direto: A falta – ou melhor dizendo, total inexistência – de química entre Andrew e Bert (Kevin Dillon , da falecida Entourage– o personal trailer ­-, que supostamente deverão carregar a série pelo número de episódios que ela durar. Os dois não pareciam à vontade em nenhum momento do episódio e o roteiro não conseguiu criar uma conexão nem entre um e outro e nem entre ambos e o público. Supondo-se que a premissa parte do encontro entre eles, isso é um erro gravíssimo.

Tamanhos erros amontoados acabaram por transformar o episódio em um fortíssimo remédio contra a insônia. Por diversas vezes, eu senti vontade de fechar o player, mas me obriguei ir até o final. Talvez eu tenha parecido um pouco cruel demais, mas assisti ao episódio duas vezes, em dois dias diferentes, pra não deixar que meu humor eventual atrapalhasse algo, mas não deu. Como comédia, How to be a Gentleman falhou. E falhou feio.

Mas, claro, isso é minha opinião e em nenhum momento ela é verdade absoluta… E você, gostou da série? O espaço aí embaixo está aberto, discute com a gente!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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